Temos uma longa vida dedicada aos esportes, que tornou-se parte de nossa existência.
O currículo é vasto, e experiência adquirida em vários segmentos nos levou a uma maturidade para análises dos acontecimentos, sobretudo para que possamos ter uma maior visão do futuro.
O futebol optou pela ganância financeira que tomou conta da prática esportiva no mundo, e em especial no Brasil, ao tornar-se um esporte que deixou de lado as emoções e paixão, lançando-se na busca dos ganhos fáceis e de milhões para os seus participantes.
Esse sonho de muitos milhões contaminou uma geração de jovens, com o desejo de se tornarem craques, aliado a empresários em busca desses talentos e fortunas.
Um sonho que é pouco concretizado, quando a absoluta maioria não é contemplada.
Ao assistirmos à trágica overdose de partidas que estão matando o futebol brasileiro, e observando a participação dos atletas, ficamos convictos que os antigos jogadores eram felizes quando estavam em campo, com apenas um compromisso: A BOLA.
O jornalista José Cruz no seu blog que era publicado no portal UOL, e que de forma lamentável deixou de sê-lo, há um bom tempo postou um artigo que trazia um texto que bem retrata a realidade.
¨Se traçarmos um paralelo entre a prática esportiva atual e aquela dos meados do século passado, veremos além da imaginável diferença física entre os atletas dos dois períodos, uma assombrosa alteração na percepção de realização e felicidade das equipes. Nítido prazer e sobretudo paixão com que se praticava o futebol e os demais esportes¨.
Tal analise contextualiza o atual momento do nosso futebol, quando os jogadores perderam o importante sentimento de que o esporte é a sua primeira e única paixão.
O amor pela camisa desapareceu.
Hoje um profissional beija o escudo de um clube quando contratado, e amanhã estará com o mesmo procedimento beijando o do rival, e com as mesmas promessas de amor.
A cobrança para os mais jovens extrapola a logica racional. Não se pratica esportes por prazer e sim para ganhar dinheiro, verdadeiras fortunas, que transformam os atletas em celebridades, e sobretudo como profissionais de marketing.
As partidas são violentas.
As contusões foram incrementadas. Jogadores buscam resultados, que trarão o sucesso, mas tal procedimento deixa de lado o bom jogo, que é a essência maior do futebol.
O esporte é um negócio e deve ser tratado como tal, mas não deve deixar de lado a paixão e a emoção pela busca de lucros mais fáceis, lavagem de dinheiro, compra de resultados e outras coisas.
O futebol moderno tem como característica a parte física, esquecendo a técnica. O número de faltas em cada jogo assustam, e mostram a qualidade de cada equipe disputante, com um agravante, os craques desapareceram para dar os seus lugares aos novos gladiadores, que deveriam estar em uma arena do UFC.
No último final de semana, assistimos diversos jogos e verificamos algo que exemplifica tudo que escrevemos. Partidas fracas, jogadores esforçados, correndo mais do que a própria bola, e sobretudo de uma pobreza técnica franciscana.
Além da mudança do calendário pornográfico, o assunto felicidade de jogar teria que ser um tema obrigatório no esporte nacional, desde que isso iria trazer certamente outros parâmetros para esse.
Sem felicidade não existe futebol.
Comentários
0#3Falta felicidade ao futebol —
André Ângelo20-10-2017 09:50
Ótimo texto de Beto Castro.
A análise do mundo atual não pode ser baseada no saudosismo dos tempos imemoriais do amadorismo. As estruturas econômicas e sociais da atualidade caminham duplamente em direções opostas da história. De um lado, uma corrente minoritária toma medidas para a concentração de renda, por outro, a população excluída se multiplica no sentido oposto. Éramos 70 milhões em ação, hoje somos 207, enquanto as classes dominantes desejam retroceder ao final do século 19 nas estruturas sócios-econômicas. O mundo atual de 7 bilhões de seres com 1 bilhão de marginalizados tende para 9 bilhões com 2 bilhões de excluídos. No sentido contrário dessa tendência demográfica explosiva, as doze tribos da iniquidade estão sendo reduzidas a duas pelos psicopatas do entesouramento esquizofrênico dos alienados. A luta pela sobrevivência biológica forçada remete esse 1/7 dos famintos a se filiarem às atividades marginais como o terrorismo, aos bandos assombrosos das Ocrims, às milícias corrompidas de uma lado e às falanges da corrupção e da ladroagem sistemática do dinheiro público, incluindo os cinco poderes da sociedade (Executivo, Legislativo, Judiciário, Empresários e Midiáticos). Somente um esforço espantoso de engenharia científico-tecnológica e heurística pode atenuar essa tendência fratricida niilista. Essa peleja do instinto de preservação biológica da espécie de largas parcelas da humanidade contra o conservadorismo e até a regressão das elites dominantes acabará em dores e lágrimas, tanto no Brasil quanto no mundo. No caso do futebol, uma gota no oceano de tez poluída, a reengenharia do setor é de fácil implantação, bastando para isto a vontade política das quadrilhas aboletadas no poder vitalício e ilegítimo. No caso do Brasil, o colonialismo dos capitais vadios e desumanos do neoliberalismo retrógrado levará a Nação ao paroxismo dialético do caos social e dos entes federativos falidos e conflagrados como o Rio de Janeiro. Urgem mudanças de curso, tanto no futebol quanto na barbárie das falanges do mal em níveis nacionais e mundiais. Apenas o saudosismo do passado não resolve - como diria o Mestre Zé Ramalho: Filhos de Freud (filhos de Freud), filhos de Marx (filhos de Marx) Filhos de Brecht (filhos de Brecht), filhos de Bach (filhos de Bach) Filhos do câncer (filhos do câncer), filhos de Getúlio (filhos de Getúlio) Filhos do carbono (filhos de carbono), filhos de Lampião Filhos do carbono, filhos de Lampião. Hoje quero sentir-me, quando deitar-me nas pedras Como um lagarto que dorme, na incoerência das eras Sentar-me-ei entre feras e sentirei no seu hálito A solução das esperas e um sofrimento esquálido Adormecendo as uvas, reconstruindo em favas Aconteceram as chuvas, redespertaram em lavas Compareceram em chamas, estrangularam as falas Carbonizaram miúdos, perpetuaram-se em galas Se fosse fácil todo mundo era Se fosse muito todo mundo tinha Se fosse raso ninguém se afogava Se fosse perto todo mundo vinha Se fosse graça todo mundo ria Se fosse frio ninguém se queimava Se fosse claro todo mundo via Se fosse limpo ninguém se sujava Se fosse farto todos satisfeitos Se fosse largo tudo acomodava Se fosse hoje todo mundo ontem Se fosse tudo nada aqui restava Se fosse homem junto com mulher Se cada bicho fosse como vou Se fosse tudo claro pensamento Nesse momento nada se criou
0#2RE: FALTA FELICIDADE AO FUTEBOL —
Beto Castro18-10-2017 11:50
A análise do mundo atual não pode ser baseada no saudosismo dos tempos imemoriais do amadorismo. As estruturas econômicas e sociais da atualidade caminham duplamente em direções opostas da história. De um lado, uma corrente minoritária toma medidas para a concentração de renda, por outro, a população excluída se multiplica no sentido oposto. Éramos 70 milhões em ação, hoje somos 207, enquanto as classes dominantes desejam retroceder ao final do século 19 nas estruturas sócios-econômicas. O mundo atual de 7 bilhões de seres com 1 bilhão de marginalizados tende para 9 bilhões com 2 bilhões de excluídos. No sentido contrário dessa tendência demográfica explosiva, as doze tribos da iniquidade estão sendo reduzidas a duas pelos psicopatas do entesouramento esquizofrênico dos alienados. A luta pela sobrevivência biológica forçada remete esse 1/7 dos famintos a se filiarem às atividades marginais como o terrorismo, aos bandos assombrosos das Ocrims, às milícias corrompidas de uma lado e às falanges da corrupção e da ladroagem sistemática do dinheiro público, incluindo os cinco poderes da sociedade (Executivo, Legislativo, Judiciário, Empresários e Midiáticos). Somente um esforço espantoso de engenharia científico-tecnológica e heurística pode atenuar essa tendência fratricida niilista. Essa peleja do instinto de preservação biológica da espécie de largas parcelas da humanidade contra o conservadorismo e até a regressão das elites dominantes acabará em dores e lágrimas, tanto no Brasil quanto no mundo. No caso do futebol, uma gota no oceano de tez poluída, a reengenharia do setor é de fácil implantação, bastando para isto a vontade política das quadrilhas aboletadas no poder vitalício e ilegítimo. No caso do Brasil, o colonialismo dos capitais vadios e desumanos do neoliberalismo retrógrado levará a Nação ao paroxismo dialético do caos social e dos entes federativos falidos e conflagrados como o Rio de Janeiro. Urgem mudanças de curso, tanto no futebol quanto na barbárie das falanges do mal em níveis nacionais e mundiais. Apenas o saudosismo do passado não resolve - como diria o Mestre Zé Ramalho: Filhos de Freud (filhos de Freud), filhos de Marx (filhos de Marx) Filhos de Brecht (filhos de Brecht), filhos de Bach (filhos de Bach) Filhos do câncer (filhos do câncer), filhos de Getúlio (filhos de Getúlio) Filhos do carbono (filhos de carbono), filhos de Lampião Filhos do carbono, filhos de Lampião. Hoje quero sentir-me, quando deitar-me nas pedras Como um lagarto que dorme, na incoerência das eras Sentar-me-ei entre feras e sentirei no seu hálito A solução das esperas e um sofrimento esquálido Adormecendo as uvas, reconstruindo em favas Aconteceram as chuvas, redespertaram em lavas Compareceram em chamas, estrangularam as falas Carbonizaram miúdos, perpetuaram-se em galas Se fosse fácil todo mundo era Se fosse muito todo mundo tinha Se fosse raso ninguém se afogava Se fosse perto todo mundo vinha Se fosse graça todo mundo ria Se fosse frio ninguém se queimava Se fosse claro todo mundo via Se fosse limpo ninguém se sujava Se fosse farto todos satisfeitos Se fosse largo tudo acomodava Se fosse hoje todo mundo ontem Se fosse tudo nada aqui restava Se fosse homem junto com mulher Se cada bicho fosse como vou Se fosse tudo claro pensamento Nesse momento nada se criou
0#1RE: FALTA FELICIDADE AO FUTEBOL —
RUBRO-NEGRO18-10-2017 10:50
JJ: O artigo analisou de forma correta algo que acontece hoje no futebol brasileiro. Falta felicidade aos nossos atletas, que tornaram-se figuras das páginas de celebridades do que as das esportivas.
Comentários
A análise do mundo atual não pode ser baseada no saudosismo dos tempos imemoriais do amadorismo. As estruturas econômicas e sociais da atualidade caminham duplamente em direções opostas da história. De um lado, uma corrente minoritária toma medidas para a concentração de renda, por outro, a população excluída se multiplica no sentido oposto. Éramos 70 milhões em ação, hoje somos 207, enquanto as classes dominantes desejam retroceder ao final do século 19 nas estruturas sócios-econômicas. O mundo atual de 7 bilhões de seres com 1 bilhão de marginalizados tende para 9 bilhões com 2 bilhões de excluídos. No sentido contrário dessa tendência demográfica explosiva, as doze tribos da iniquidade estão sendo reduzidas a duas pelos psicopatas do entesouramento esquizofrênico dos alienados. A luta pela sobrevivência biológica forçada remete esse 1/7 dos famintos a se filiarem às atividades marginais como o terrorismo, aos bandos assombrosos das Ocrims, às milícias corrompidas de uma lado e às falanges da corrupção e da ladroagem sistemática do dinheiro público, incluindo os cinco poderes da sociedade (Executivo, Legislativo, Judiciário, Empresários e Midiáticos). Somente um esforço espantoso de engenharia científico-tecnológica e heurística pode atenuar essa tendência fratricida niilista. Essa peleja do instinto de preservação biológica da espécie de largas parcelas da humanidade contra o conservadorismo e até a regressão das elites dominantes acabará em dores e lágrimas, tanto no Brasil quanto no mundo. No caso do futebol, uma gota no oceano de tez poluída, a reengenharia do setor é de fácil implantação, bastando para isto a vontade política das quadrilhas aboletadas no poder vitalício e ilegítimo. No caso do Brasil, o colonialismo dos capitais vadios e desumanos do neoliberalismo retrógrado levará a Nação ao paroxismo dialético do caos social e dos entes federativos falidos e conflagrados como o Rio de Janeiro. Urgem mudanças de curso, tanto no futebol quanto na barbárie das falanges do mal em níveis nacionais e mundiais. Apenas o saudosismo do passado não resolve - como diria o Mestre Zé Ramalho: Filhos de Freud (filhos de Freud), filhos de Marx (filhos de Marx)
Filhos de Brecht (filhos de Brecht), filhos de Bach (filhos de Bach)
Filhos do câncer (filhos do câncer), filhos de Getúlio (filhos de Getúlio)
Filhos do carbono (filhos de carbono), filhos de Lampião
Filhos do carbono, filhos de Lampião.
Hoje quero sentir-me, quando deitar-me nas pedras
Como um lagarto que dorme, na incoerência das eras
Sentar-me-ei entre feras e sentirei no seu hálito
A solução das esperas e um sofrimento esquálido
Adormecendo as uvas, reconstruindo em favas
Aconteceram as chuvas, redespertaram em lavas
Compareceram em chamas, estrangularam as falas
Carbonizaram miúdos, perpetuaram-se em galas
Se fosse fácil todo mundo era
Se fosse muito todo mundo tinha
Se fosse raso ninguém se afogava
Se fosse perto todo mundo vinha
Se fosse graça todo mundo ria
Se fosse frio ninguém se queimava
Se fosse claro todo mundo via
Se fosse limpo ninguém se sujava
Se fosse farto todos satisfeitos
Se fosse largo tudo acomodava
Se fosse hoje todo mundo ontem
Se fosse tudo nada aqui restava
Se fosse homem junto com mulher
Se cada bicho fosse como vou
Se fosse tudo claro pensamento
Nesse momento nada se criou
Filhos de Brecht (filhos de Brecht), filhos de Bach (filhos de Bach)
Filhos do câncer (filhos do câncer), filhos de Getúlio (filhos de Getúlio)
Filhos do carbono (filhos de carbono), filhos de Lampião
Filhos do carbono, filhos de Lampião.
Hoje quero sentir-me, quando deitar-me nas pedras
Como um lagarto que dorme, na incoerência das eras
Sentar-me-ei entre feras e sentirei no seu hálito
A solução das esperas e um sofrimento esquálido
Adormecendo as uvas, reconstruindo em favas
Aconteceram as chuvas, redespertaram em lavas
Compareceram em chamas, estrangularam as falas
Carbonizaram miúdos, perpetuaram-se em galas
Se fosse fácil todo mundo era
Se fosse muito todo mundo tinha
Se fosse raso ninguém se afogava
Se fosse perto todo mundo vinha
Se fosse graça todo mundo ria
Se fosse frio ninguém se queimava
Se fosse claro todo mundo via
Se fosse limpo ninguém se sujava
Se fosse farto todos satisfeitos
Se fosse largo tudo acomodava
Se fosse hoje todo mundo ontem
Se fosse tudo nada aqui restava
Se fosse homem junto com mulher
Se cada bicho fosse como vou
Se fosse tudo claro pensamento
Nesse momento nada se criou
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