Nada melhor do que ouvirmos as vozes das ruas com os seus sábios ensinamentos.
Aos sábados sempre encontramos pessoas que ainda pensam nesse país, que é um fato raro, e sai de tudo um pouco nas conversas.
Nas de ontem surgiu uma pergunta bem interessante: ¨O que aconteceu com o futebol brasileiro?¨.
Pegamos o mote e resolvemos analisar a questão.
Sabemos que o esporte faz parte do sistema nacional, e esse na realidade apodreceu por conta de uma corrupção sistêmica que foi implantada no país, e que apesar do combate sendo efetuado, ainda tem os seus tentáculos.
O futebol foi impregnado com esse vírus.
Apesar da bandalha o Brasil cresceu, ingressou na era da tecnologia e da globalização, mas vários dos seus segmentos tornaram-se decadentes, como a música, literatura e em especial a politica, sendo que essa última debandou para tudo de pior que existe.
Salvam-se poucos.
A nova geração que acompanha o futebol brasileiro, desconhece o quanto o nosso país era importante no segmento. Sem nenhuma duvida éramos os melhores do mundo.
Uma escola respeitada por todos, e que transportou a sua maneira de jogar para o planeta.
Nessa época o mundo era redondo, e as comunicações eram mais restritas, mas o poderio do nosso futebol chegava a todos os rincões.
O interessante é que os recursos eram precários, não haviam as estrelas milionárias, com seus contratos mirabolantes, mas tínhamos craques que levavam os torcedores aos estádios.
O Maracanãquando era o Maracanã colocava 170 mil torcedores em um FlaxFlu. Hoje o público quando chega aos 50 mil é uma festa, e uma raridade.
A decadência aconteceu, com todos presenciando e fingindo que tudo estava muito bem, como na Ilha da Fantasia.
De repente, a Europa descobriu o jeito de jogar do brasileiro, e adaptou-o ao seu futebol, que somado a uma organização impecável e sobretudo com times com alto nível técnico que encantam a todos os que assistem aos seus jogos.
O nosso fez o inverso quando importou os chutões e as bolas aéreas que eram as marcas principais do esporte praticado no Velho Continente.
Os bons jogadores migraram para o novo paraíso.
Os talentos que surgem no futebol brasileiro sequer jogam uma temporada no país e são negociados com os clubes da Europa. Vão embora cedo por conta da mediocridade nacional.
O atleta brasileiro perdeu a sua qualidade. Os jogos tornaram-se violentos, os chutões imperam, os erros de passes batem recordes, as faltas e simulações paralisam as partidas de maneira que os minutos jogados chegam a menos de 50%.
Na última sexta-feira assistimos um jogo da Série B e esse teve apenas 45 minutos de bola correndo, que na verdade é algo grotesco.
Não existe planejamento.
As arbitragens também adotaram a mediocridade, são confusas, muitas vezes irresponsáveis, e a sua maioria atua sob pressão da cartolagem.
Por outro lado os treinadores continuam no século passado. Poucos entendem de uma boa tática, e com um agravante são auto-suficientes e não se atualizam.
A dança das cadeiras no Brasil é recordista mundial.
Muda-se de treinador, da mesma forma que muda-se de camisa.
Fechando o ciclo vicioso, a cartolagem é despreparada, amadora, apaixonada, esperta para outros assuntos, e fala muita bobagem, nada produzindo para melhorar o nível desse esporte.
Com tais ingredientes só existia um caminho e que foi seguido, o de entrar em uma curva descendente, e isso refletiu no público que abandonou os estádios, fazendo que esses fiquem ociosos, mesmo com uma melhora acentuada de qualidade nos equipamentos.
Vários elefantes albinos foram construídos.
O problema é que os cartolas sabem de todos esses defeitos, e nada fazem para conserta-los.
Na verdade a preferencia está sendo oferecida para a mediocridade, e sem nenhum interesse de voltarmos ao que erámos, os donos do futebol mundial.
O futebol brasileiro foi bom e não sabia.
A cartolagem, e uma boa parte da mídia o destruiu.
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0#1Ladainha do que já era —
Beto Castro29-10-2017 13:45
As verdadeiras causas da Ladainha do que já era, são a invasão dos turcos no futebol em 1987, a redução do tamanho do funil de um tonel para uma garrafa de cerveja vazia, a Rede Golpista da Desgraça, as doze pragas do Egito, os pixulecos da Copa Vários Brasis, os centuriões lagartixas assalariados eunucos do harém dos crescentes minguantes, os escribas papa tocos, os comedores de bolas do Chaco do Bico do Funil, a gangue dos Zés, os capitães do mato atravessadores da escravatura e as cambadas da bola no Congresso Nacional, nas Assembleias e Câmaras de Vereadores. Portanto, a decadência dos defuntos assassinados através de homicídios dolosos qualificados e premeditados por motivos fúteis e sem defesa das vítimas tem autores e provas materiais e testemunhais robustas e vários processos de CPIs com relatórios, laudos técnicos do Departamento de Estado dos EUA, campanas e prisões pelo FBI, delatores juramentados como Zé das Placas, mais de 40 ladrões comebolas presos e banidos que alcançaram até o quadrilhão do Baú da Zurica. Até nomes foram tirados de Estádio e de Prédio Superfaturado com indicativo das chefias mafiosas. Então, porque não se melhora a organização do aterro sanitário? Primeiro por incompetência e ignorância, depois porque os grandes ladrões continuam roubando na maior cara de pau e por fim os pequenos gatunos da periferia continuam afanando os seu pequenos roubos periódicos. Enfim, o câncer em metástase não é curado porque os médicos torcedores recebem os seus diplomas nas Universidades das torcidas organizadas de meliantes agressores e assassinos e são os "especialistas" na área. São milhões de especialistas que não entendem patavinas, nem de futebol, nem da organização mínima do que seja desenvolvimento de qualquer coisa. O futebol é repositório dos picaretas da política partidária e candidatos à ladrões. Uma Sodoma e Gomorra de Chumbo que só deixa passar em termos de transparência, partículas de nêutrons invisíveis. O futebol não guarda qualquer relação com a economia das coisas, o PIB, a democracia e o tamanho dos territórios. Os países mais ricos do mundo ( EUA, China, Rússia, Brasil, Canadá, Indonésia, Austrália e outros gigantes da economia) tem o mesmo peso do sovaqueiras Haiti, Síria destroçada, Somália ou o Qatar Coquinhos. Cada clube amador recebe o seu sagrado pixuleco por um voto de cabresto do curral dos sequestrados em dia de eleição.
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