O Brasil de tanto ser embalado em berço esplêndido, gostou, dormiu e estagnou. Deixou a corrupção tomar conta do sistema.

Com o futebol está acontecendo a mesma coisa.

Ficou famoso e orgulhoso com o título de melhor do mundo, dormiu, e agora encontra-se em estado decadente.

Quando nos referimos a esse esporte, estamos fazendo para todos os segmentos que os envolvem, e que são os mais dorminhocos, por não conseguirem observar a gravidade do estava acontecendo no tocante a penetração internacional entre os seus torcedores.

No silêncio essa dominou.

Quando deveríamos nos internacionalizar, aconteceu o contrário, com os clubes europeus chegando com grande força e captando uma nova geração para as suas bandeiras.

Só os anestesiados não perceberam, ou então fingiram não perceber aquilo que acontecia em seu entorno.

Bastaria para tal que visitassem os shoppings de São Paulo, com a maior demanda do Brasil, e observariam de perto as camisas dos clubes europeus sendo utilizadas por uma nova geração no lugar dos clubes locais.

O efeito da TV por assinatura, que cresceu de forma rápida no Brasil, está sendo sentido quando a demanda busca eventos internacionais, em especial os europeus.

São os maiores campeonatos do mundo exibidos pelas telinhas, e com milhões de espectadores.

Bem longe das nossas fracas competições.

Fizeram do Campeonato Francês, que é do tamanho do nosso, como um grande evento por conta da presença de Neymar, e todos os jogos do PSG são transmitidos tanto pela TV aberta, como nas fechadas.

Na verdade existe uma enorme empatia do torcedor brasileiro, com os jogos do Velho Continente.

A TV por assinatura é sem duvida o principal veículo dessa transformação, que está determinando o presente e o futuro de nossa demanda, quando o número de jogos internacionais que são transmitidos batem com larga margem os locais.

Não somos contra esse processo, desde que faz parte do mundo plano, mas a cartolagem brasileira não entendeu o problema, e nada fez para melhorar o nível de nossas competições.

O futebol europeu é um produto muito bem elaborado, embrulhado em papel fino de qualidade, amarrado com uma bonita fita, enquanto o brasileiro é enrolado numa folha de um jornal, como nas antigas peixarias.

Como poderemos fidelizar o torcedor tupiniquim quando não existe organização nas competições, e credibilidade entre os que dirigem o nosso futebol?

Não irão trocar jogos modorrentos por aqueles de boa qualidade.

Ns verdade a Confederação, Federações e clubes nada fizeram para enfrentar os acontecimentos, e deram a preferência por um BELO BERÇO ESPLÊNDIDO.

São coisas do Brasil bem brasileiro.