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Escrito por José Joaquim

Gostaríamos de saber quando iremos assistir um clube de fora do Sudeste conquistar o troféu do Brasileirão?

Uma pergunta que ficará sem uma resposta, desde que isso faz parte do impossível.

Os clubes de outras regiões se contentam apenas com uma vaguinha na Libertadores, ou na Copa Sul-Americana como premio para as suas participações.

Qual o dia que uma torcida do Paraná irá comemorar as vitórias do Coritiba e Atlético que já conquistaram o Brasileirão? Ou de outro time do estado?

E os torcedores do estado da Bahia que já assistiram o tricolor ser campeão, como os de Pernambuco com o Sport que em 1987 também tiveram essa alegria?

Na era dos pontos corridos, que começou em 2003, o Corinthians ganhou o titulo quatro vezes, São Paulo e Cruzeiro, três, Fluminense, duas, Santos, Flamengo e Palmeiras, uma.

O troféu ganho pelo Corinthians nessa temporada foi o nono de uma equipe paulista, ou seja 60% do total, e que representa quase duas vezes superior ao período com o formato anterior.

Segundo os dados da ESPN-Brasil, nas 32 edições do Brasileiro entre os anos de 1971 a 2002, foram 12 títulos dos times de São Paulo, com um percentual de 37,5%, bem menor do que o atual (60%).

Obvio que o peso dessa supremacia se dá por conta das diferenças financeiras, desde que o Sudeste contempla quase 50% do PIB Nacional, além da decadência do futebol carioca, que repete o que acontece no estado. O Rio de Janeiro pelo sistema era o único estado que poderia concorrer com o seu vizinho do Sudeste.

Com receitas maiores, os investimentos crescem e isso os distanciam daqueles de outras regiões.

Em 2016, três das quatro maiores receitas do futebol brasileiro foram de clubes paulistas, Corinthians que só perdeu para o Flamengo, Palmeiras e São Paulo pela ordem.

Desde que o Brasileirão deixou de ser decidido no sistema de mata-mata, só um outro estado conseguiu ganhar o troféu, Minas Gerais, com o Cruzeiro em 2003, 2013 e 2014 com 20% de participação.

Antes dos pontos corridos, 11 títulos ficaram com clubes do Rio de Janeiro, 37,5%. Depois de 2003 foram apenas 3 (20%).

No atual Brasileirão além do titulo, Palmeiras e Santos estão entre os quatro primeiros colocados. 

Um pais com 27 unidades da Federação, em seu campeonato maior apenas três estados levantaram a taça é algo que exige uma análise profunda.

Obvio que o sistema de pontos corrido é bom, ao premiar o mérito, mas existe a necessidade de um maior equilíbrio, e isso passa por uma melhor distribuição de receitas.

As diferenças são constrangedoras, inclusive para um grande centro como o Rio Grande do Sul, cujo último título foi ganho pelo Grêmio em 1996.

Na verdade isso é preocupante para o resto do Brasil, cujo sonho por um título há muito foi enterrado.

Estamos vivendo a era da paulistização, e o exemplo maior está no Circo, que é composto na sua maioria de paulistanos, ou seja raposas no galinheiro do futebol. 

Comentários   

0 #1 O Futebol Brasileiro Escafedeu-seBeto Castro 20-11-2017 12:27
Se estamos na era da Paulistização do futebol, o futebol brasileiro acabou-se, morreu, se escafedeu. Há 30 anos que o futebol paulista vem sendo asfixiado pelos três grandes de São Paulo e o Santos. O mesmo veneno que foi administrado às centúrias lagartixas do norte, nordeste e centro-oeste, também ocorreu na região sul e parte do sudeste, pois o Espírito Santo é um Estado inexistente no futebol, o Rio está falido e Minas Gerais só tem dois clubes. Enfim, a destruição do futebol brasileiro foi planejada e cirurgicamente implementada a partir de conspiração da Revista Placar. Até o fim do futebol de Campinas está nos seus últimos dias. Quem não se lembra da Lusa, do São Caetano, Santo André, Juventus, Marília, Paulista, XV de Jaú, Inter de Limeira, América de Rio Preto e tantos outros clubes assassinados? Paulistização é sinônimo de morte no futebol. O Flamengo vencer o Campeão do Brasileirão por 3x0 quatro rodadas antes do seu final é de uma imoralidade vergonhosa. A degolação sistemática dos clubes ioiôs é algo cínico e acachapante. O fracasso é inevitável. Está tudo dominado e faz tempo! Tudo não passa de uma farsa bem esquematizada e aparelhada por poucos. Defender os pontos corridos é o mesmo que fazer apologia da exclusão da maioria. O futebol brasileiro não cabe neste caixão de defunto depositado nesta cova de sete palmos medidos.
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