No pós jogo do Santos e Grêmio, Ricardo Oliveira, do time santista na sua entrevista criticou o calendário do futebol brasileiro, afirmando que esse estava matando os atletas por conta da overdose de jogos.
Na realidade alguns times estão se arrastando nos gramados, com os seus profissionais no limite máximo das condições físicas e mentais para um jogo em alto nível.
Críticas como essa são constantes e nada se faz para modificar esse vilão que assombra o nosso futebol.
O mais grave é que o próximo calendário será mais contundente, com o encurtamento da pré-temporada, e o inicio das competições no mês de janeiro.
Falar nas mídias não resolve o problema, desde que é necessário uma ação de todos os segmentos envolvidos no sistema.
Há anos que debatemos esse tema, e tudo continua como dantes.
Para atender o nosso calendário necessário se faz o aumento de dias do modelo gregoriano de 365, para 400, para atender a insanidade de competições simultâneas, como Estaduais, Copas Regionais, Copa do Brasil, Copa Libertadores e Copa Sul-Americana, com deslocamentos constantes dos times, inclusive para grandes altitudes, com relação aqueles que disputam os torneios continentais.
É impossível um clube atuar em 80 jogos durante uma temporada.
Sem duvida é um massacre para todos, contribuindo para lesões, e com pouco espaço de tempo na recuperação dos atletas.
O Departamento Médico dos clubes é o setor que mais trabalha. A qualidade do jogo é afetada.
Um ponto que é pouco discutido com relação ao Calendário é sem duvida a grande evasão do publico, que pela quantidade de jogos tem que optar por alguns em detrimento dos demais.
O sistema vigente é trágico, sacrifica tanto os clubes que disputam as maiores competições, como aqueles de Séries Menores.
O Brasil é um dos poucos países do mundo que não acompanha o calendário europeu que é sem duvida o ideal, mas os interesses de grupos que dominam o futebol não permite que esse seja adotado.
Precisamos de um calendário em que os clubes joguem no máximo 60 partidas, que tenham 10 meses de atividades durante o ano, e com a extinção dos sazonais, que hibernam a maior parte do ano.
Sem um amplo debate jamais iremos sair dessa mesmice patológica, com os treinadores e jogadores com as suas lamentações, enquanto a cartolagem continua passiva.
Lamentável.
Comentários
0#3RE: O ETERNO VILÃO —
PEDRO CORDEIRO21-11-2017 16:53
JJ: Nada mais lógico do que um calendário universal, inclusive para as janelas anuais que interferem em muito no Brasil. Por outro lado clubes em hibernação fazem parte da tragédia do futebol brasileiro. Seu artigo esclarece a realidade.
0#2RE: O ETERNO VILÃO —
CLAUDIO LEITE21-11-2017 12:07
JJ: O Sport está na casa de 80 jogos com um elenco limitado. Como pode suportar a viagens, inclusive internacionais e praticar um bom futebol? Essa é a pergunta que a cartolagem não responde.
Cada país tem as suas próprias peculiaridades e idiossincrasias culturais, étnicas, demográficas, territoriais e econômico-sociais. O Brasil com 8,5 milhões de quilômetros quadrados, uma federação político-administrativa com 27 unidades, 204 milhões de habitantes e riquíssima, não poderia jamais ser tratada como se fosse Portugal, Suíça, Suécia, Dinamarca, Croácia e outros países nanicos europeus ou mesmo, os medianos Inglaterra, França, Itália e Alemanha. Equiparar um país continental como o nosso à simulacros de países como a Síria, Bangladesh, Haiti ou mesmo às Repúblicas Bananeiras da América Latina, então, é um verdadeiro despautério. Entre João Pessoa e Rio Branco são 5 mil quilômetros, mas o Botafogo está numa mesma chave do Atlético do Acre na Série C de 2018. Os voadores do circo dos horrores não fazem qualquer estudo sobre a viabilidade econômica de um certame e tudo no Edifício sem Nome é na base da politicalha do curral de eleitores e do aparelhamento das 12 tribos sem pé e sem cabeça. O único objetivo maior é desviar os recursos financeiros da TV para os conspiradores de 1986, de modo a que se mantenha o monopólio do Camelódromo Monopolista com todas as doenças congênitas da corrupção galopante em delação pela justiça norte-americana. As gangues que dominam o futebol brasileiro não tem qualquer senso de equidade, saúde dos atletas, seriedade organizacional, cálculos das disparidades, equilíbrio, sub-dimensão de potencialidades econômicas, distâncias, regionalidade, etc. Quando um dos diretores do nada para acabou-se se dirige a uma das satrápias dos centuriões lagartixas a cada morte de Papa, vão a esses redutos da esculhambação fazer proselitismo político, propaganda enganosa ou disseminar as heresias do cipó titica da Rede da Desgraça, pura lavagem cerebral. Nenhum, tem qualquer noção do que sejam a vida dos atletas, dirigentes, conselheiros ou a organização, tradição e história dos centenas de clubes gloriosos e tradicionais dos Estados e muito menos dos clubes sovaqueiras e barrigas de aluguéis. Em seus cérebros enfermos só existem os critérios de pixulecos, corrupção desvairada, manipulação de campeonatos, aprovação de contas falsificadas, casuísmo com os estatutos aparelhados, eleições fraudadas e outras sementes do mau emanadas do antro do Baú da Zurica. A situação dramática das Federações e clubes regionais em bancarrota sistêmica, o calvário dos atletas estropiados, os certames acintosos contra o Código do Consumidor, o planejamento para a extinção de mais 200 clubes já contados, o esvaziamento do futebol dos Estados e cidades e outras dezenas de práticas nefastas para entidades de classes, já denuncio desde o final dos anos oitenta e mais recente em meu Blog. Mesmo como o seu viés colonial de imitação caricata dos covis da lavagem europeia, como os certames da cobra de duas cabeças, os pontos aparelhados, a asfixia e a extinção das federações e outros "Status Quos" dos levianos das linhas de passes errados, o escriba registra cotidianamente o Diário de Bordo do Barco à Deriva de Barba Negra e outros piratas, há anos. O colonialismo cultural é sem sombra de dúvida o grande problema do país em todos os setores econômicos e culturais. Aqui nada se cria e nada se inova. Diante da mesmice, da omissão e da paralisia cerebral, tudo aqui orbita em torno da imitação do colonizador e dos desvios de finalidades.
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