A média de público da Major Soccer League, a MLS, que foi objeto de um artigo publicado pelo blog no dia de ontem, chamou a atenção de alguns visitantes, o que nos levou ao presente artigo para mostramos o modelo esportivo norte-americano, que tem como base maior a interligação dos esportes com as escolas.
Existe uma divisão entre as escolas públicas e privadas, mas ambas trabalham com o binômio educação e esportes, que é um sonho nosso de muitos anos, mas que no Brasil está muito longe de acontecer.
Os atletas destacados nessa etapa escolar, a High School, tornam-se alvos das grandes Universidades Americanas para que possam atuar em suas equipes esportivas através de bolsas, e com campeonatos fortes e bem estruturados, que lhes dão garantias de suas passagens para as modalidades profissionais.
Tivemos a oportunidade de assistir às competições de basquetebol da High School, com ginásios lotados, com boa qualidade e alto nível.
O Campeonato da Liga Universitária é transmitido pelas Redes de televisão, e sem duvida é um dos eventos mais importantes na vida esportiva americana.
Os atletas escolhidos participam do draft que é procedido em todas Ligas Profissionais, com vários critérios de escolhas.
Procuramos nos aprofundar na Major Soccer League, que responde pelo futebol desse país, e essa também participa de tais escolhas, utilizado critérios bem interessantes para a locação de jogadores oriundos das bases universitárias.
A politica de contratação é submetida a critérios muitos restritos, que favorecem a cada temporada, os times com piores resultados na anterior.
É estabelecida uma lista com os novos jogadores aptos a serem contratados, classificados pela ordem de qualidade e preferência.
O primeiro a escolher é o último colocado, e assim segue até chegar ao campeão.
Como o país é altamente civilizado, tudo ocorre de acordo com o modelo já estabelecido. Não há corrupção.
Na MSL existe um limite salarial, que pode ser pago aos jogadores, com exceção de um único que tem salário livre.
As contratações internacionais de jogadores veteranos, fazem parte do contexto, mas dentro das regras. Esses servem como peças de marketing para cada franquia.
Outro fator por demais importante é o da igualdade na participação das receitas.
Os direitos são coletivizados e administrados pela Liga.
Nesse caso entram os direitos de transmissão, o merchandising, ou a marca das camisas dos times. Um sistema de um fundo, que é distribuído de forma igualitária para todos.
Tais procedimentos são aplicados nas demais Ligas, que as tornam poderosas no mundo esportivo.
Na realidade o chamado soccer americano vem crescendo, fato esse que não acreditávamos por conta da cultura do país que achava o futebol como um esporte sem emoções, pela falta de gols.
Hoje não existe mais duvida, que no máximo de duas décadas, o futebol dos Estados Unidos se transformará em um dos melhores do mundo.
Enquanto isso, a esperteza, o egoísmo e a corrupção tomam conta do nosso, que prefere distribuir recursos para uma minoria, enquanto sufoca a maioria, e cujas escolas sequer tem quadras esportivas.
Comentários
0#1Para pessoas civilizadas —
Beto Castro23-11-2017 16:58
A diferença entre os homens primitivos dos esportes no Brasil e os civilizados dos EUA é evidente. São simples inovações civilizatórias como esta que tornam os esportes grandiosos nos outros países, apesar dos currais eleitorais do Baú da Zurica e outras aberrações das demais organizações internacionais esportivas.
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