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Escrito por José Joaquim

No próximo domingo, a temporada futebolística do ano de 2017 será finalizada, e começam as férias dos profissionais da bola.

O retorno dar-se-á no dia 4 de janeiro para uma mini pré temporada.

Dois clubes poderão encerrar as suas atividades nos dias 14 e 16 de dezembro, no caso da classificação do Flamengo para a final da Sul-Americana, e da conquista do título pelo Grêmio na Copa Libertadores que levará ao Mundial.

Nesses dez meses com várias competições não conseguimos detectar nada que possa ser destacado.

Os clubes patrocinando um futebol abaixo da mediocridade nas duas maiores divisões. Essas não deixarão saudades, e sim um alivio ao torcedor por conta das mesmices patológicas que tomaram conta desse esporte.

Não existe nada mais complicado para uma escolha do craque do Brasileirão, desde que o nível apresentado pelos jogadores, estão mais baixos do que os reservatórios do Nordeste.

Não existe uma simples revelação.

Os mais novos seguem o mesmo rumo dos antigos, muito marketing pouco futebol.

Os clubes com fracos gestores, as Federações são cartórios e pouco ou nada produzem para o esporte, enquanto a Confederação tem nas páginas policiais por conta dos ex- presidentes, e do atual, Marco Del Nero o seu boletim informativo.

O ano de 2017 não tem um único legado no seu setor esportivo, e pelo andar da carruagem tudo irá continuar como dantes no Quartel de Abrantes.

Na realidade está cada vez mais difícil de assistir, pela manhã e início da tarde campeonatos como o inglês, espanhol e alemão, em seguida encarar as peladas brasileiras jogadas por aqui.

Por conta disso que cada vez se vê pelas ruas crianças, adolescentes e até marmanjos com camisas dos times europeus. A diferença de qualidade desses (e mesmo alguns não tão poderosos, como Real Madrid, Manchester United, Barcelona e Bayern de Munique, entre outros), e os nossos é trágico e cada vez mais se amplia.

O que foi feito para mudar o sistema? Nada.

O futebol brasileiro se contenta apenas com as fotos da namorada de Neymar, ou destacar que Adriano deseja retornar ao Flamengo.

Aqui na terra tupiniquim o roubo de uma bicicleta de Mauro Shampoo é destaque nas páginas esportivas, e nenhuma analise sobre a razão do falecimento desse esporte no estado.

O ano esportivo está chegando ao seu final, e o calendário insano será repetido com maiores dificuldades por conta da Copa do Mundo, e perdendo-se datas com os falidos estaduais.

Em Pernambuco os clubes irão jogar duas vezes em 24 horas, que é sem duvida algo que passa da racionalidade e entra no grotesco.

Obvio que a culpa não está apenas na conta da Federação local, e também deve ser cobrada dos clubes que aprovaram o Regulamento.

No Rio de Janeiro se o Flamengo chegar à final da Sul-Americana, os jogadores irão entrar de férias no dia 15 de dezembro, só retornando em 15 de janeiro, e no dia 17 começa o estadual local.

São uns destruidores de plantão.

Os clubes extrapolaram na quantidade de jogos, alguns chegando a 80 partidas na temporada, e obvio que se não tivesse os estaduais nesse modelo autofágico com suas 17 datas, esse numero seria reduzido para 63, que seria o ideal.

Essas competições poderiam ser disputadas pelos aspirantes.

A contradição maior é que maioria joga 17 partidas, e a minoria 80.

O futebol brasileiro vive sob uma ditadura imposta por uma minoria, contra a maioria, que se cala por conta de algumas benesses, como acontece com uma parte de nossa sociedade.

Será que essa gente não visualizou que o futebol brasileiro se apequenou, por não contemplar 10 meses para a participação de pelo menos 12 mil atletas, que ficam hibernando na espera do próximo ano?

Com essa ausência o número de jogadores ofertados no mercado é bem reduzido, e com os mesmos personagens. Contamos com os dedos das mãos.

Será que os cartolas não entenderam que os clubes sem jogar não criam condições de uma maior estrutura, para um desenvolvimento sustentável, e sobretudo, terem um fortalecimento econômico?

O ano de 2017 se vai, e será lembrado pelo que de pior aconteceu, e 2018 se avizinha sem nenhuma esperança para um esporte que um dia foi a paixão nacional, e que se transformou hoje uma peça de um humor de baixa qualidade.

Comentários   

0 #2 RE: MAIS UM ANO PERDIDO NO FUTEBOL BRASILEIROPLINIO ANDRADE 28-11-2017 12:03
JJ: O artigo está correto e bem focado. Achar o melhor jogador desse campeonato é procurar uma agulha no palheiro.
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0 #1 RE: MAIS UM ANO PERDIDO NO FUTEBOL BRASILEIROCARLOS ALFREDO 28-11-2017 11:09
JJ: Uma análise correta, simples e que mostra o que aconteceu no ano de 2017, que foi a continuidade de 2016. Nada mudou, piorou. O futebol brasileiro sente a necessidade de uma revolução, e uma vassourada nessa gente que o domina. Vou repetir algo que você sempre cita quando escreve um artigo: Não temos Pep Guardiola mas temos o seu blog para nos tirar das trevas.
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