* Em um jogo fraco, amarrado, o Náutico conseguiu uma boa vitória por 2x0, no seu encontro contra o Brasil de Pelotas, que teve um jogador expulso no final do primeiro tempo. Logo após o lance da expulsão, o alvirrubro marcou o seu primeiro gol.
No segunda etapa nada mudou, o jogo continuou no mesmo ritmo, e aproveitando-se da superioridade numérica, a equipe pernambucana ampliou o marcador.
A arbitragem foi confusa, inclusive no lance do cartão vermelho para o jogador do time gaúcho, que só aconteceu por conta do goleiro alvirrubro Julio Cesar, que orientou o apitador do Amazonas, e esse lhe atendeu.
O público melhorou para 11.299 pagantes, mas ainda é pouco com relação a campanha de recuperação do Náutico após a chegada de Givanildo Oliveira, que manteve a sua boa sequência de vitórias, e de sete partidas sem perder.
Com esse resultado, o clube da Rosa e Silva dormiu no G4, e poderá permanecer desde que os seus adversários na luta pelo acesso tem partidas difíceis.
Nos outros dois jogos, o Criciúma que continua sonhando com o G4, derrotou o Vila Nova por 1x0, e o Goiás ficou longe da degola com uma vitória contra o Bragantino pelo placar de 2x1.
Na noite de ontem tivemos um fato bem importante para o futebol do Nordeste, com a vitória do ABC de Natal frente ao Botafogo-SP, pelo placar de 1x0, tornando-se o primeiro clube a ter a classificação para a Série B de 2017.
NOTA 2- A OCUPAÇÃO DA OCIOSIDADE
* Em um artigo postado nesse blog mostramos a ociosidade dos estádios em todas as competições nacionais.
No geral temos uma média de 68% de assentos vazios por jogo, e 32% de ocupação. Por outro lado o Sport tem 35% de ocupação, enquanto o Santa Cruz apresenta um percentual grotesco de 15%.
O que fazer para ocupar esses espaços?
Além do que acontece normalmente através de promoções, e redução nos preços dos ingressos, outros projetos poderão ser adotados, que devem ser aliados a melhores performances dos clubes.
Em uma conversa com o jornalista Claudemir Gomes, esse levantou um tema bem interessante, que seria a ocupação de uma parte ociosa com alunos das escolas públicas, através de um convênio com os governos municipal e estadual.
Sem dúvidas uma boa ideia, que irá juntar o útil ao agradável, ou seja trazendo para os estádios uma geração que está afastada do futebol, e ao mesmo tempo dando-lhe uma aula de convivência com os rivais.
Os alunos iriam assistir os jogos no mesmo local, com as camisas de seus clubes, misturados, retornando aos tempos antigos quando isso acontecia com os torcedores.
Trata-se de algo que poderia ser analisado pelos dirigentes dos nossos clubes, que é muito importante para o futuro desse esporte no país, que aos poucos vai perdendo a sua demanda.
NOTA 3- SOBRE A COPA DO NORDESTE
* Recebemos muitas mensagens, inclusive no ¨Fale Conosco¨ do blog, cujo tema estava relacionado a postagem que publicamos no dia de ontem sobre a Copa do Nordeste.
Na verdade respeitamos a todos que não concordaram, mas continuamos com o mesmo pensamento, de que essa competição foi violentada por conta de suas alterações.
O futebol hoje funciona como um negócio. O romantismo não existe mais, e sim uma realidade global, que tem a demanda como fator mais importante para as vendas desse produto.
Quando essa competição foi realizada pela primeira vez em Maceió, alguns parâmetros foram acordados, e entre esses a presença de alguns clubes fixos, por conta dos seus potenciais de torcedores e demandas.
Uma competição para se tornar viável, tem que contar com Sport Recife, Santa Cruz, Náutico, Bahia, Vitória, Ceará e Fortaleza, que formariam a sua força motriz.
As demais vagas seriam preenchidas entre os outros seis estados, com seus campeões, e os melhores ranqueados.
Não trata-se de uma reserva de mercado, mas quando a competição foi aprovada, houve uma unanimidade com relação aos clubes cativos, que dariam a força financeira tão necessária. Na verdade os fundadores estavam certos.
Futebol é coisa séria e tem que ser tratado como tal.
NOTA 4- UM TETO MÍNIMO PARA O PÚBLICO DO FUTEBOL
* Quando assumimos o Setor de Futebol da Federação local na década de 90, introduzimos algumas modificações no Regulamento das Competições, entre elas, a introdução de um artigo que punia um clube com o rebaixamento se esse por dois anos seguidos não tivesse uma média mínima de público de dois mil pagantes.
Deu certo e ninguém foi eliminado.
Uma Divisão Maior não pode comportar participantes que há anos não vem mostrando evolução nesse quesito, e jogando com estádios vazios, tirando o lugar daqueles que tem demanda.
Na vida tudo se renova, menos no futebol.
Entendemos que para um Campeonato da Série B, o púbico médio mínimo deveria ser de 3 mil torcedores por jogo, e na Série A de 5 mil.
Na última rodada da Segunda Divisão, tivemos públicos ridículos, tais como Bragantino x Náutico (481), Tupi x Criciúma (102) e Luverdense x Paraná 711.
Para que se tenha uma ideia, seis clubes dessa Divisão receberiam o aviso prévio para o ano de 2017, desde que não alcançarão o teto estipulado. Brasil de Pelotas (2.835), Paraná (2.511), Oeste (1.486), Tupi (1.420), Luverdense (1.120) e Bragantino (1.045).
Na Primeira Divisão apenas Ponte Preta (4.631) e America-MG (2.156), não atingiriam os 5 mil necessários.
Na verdade quem não tem competência não se estabelece, e sem público não existe o futebol.
NOTA 5- INTERNACIONAL MELHORA E O SPORT PIORA
* Embora a 29ª rodada do Brasileirão não tenha encerrado, os jogos já realizados deram uma mexida na tabela das chances de rebaixamento.
Com a vitória contra o Coritiba, o Internacional melhorou e passou a ter 46% para ser degolado, e o Sport Recife, pulou de 24% para 34%.
América (99%) e Santa Cruz (98%) são os líderes desse nefasto ranking. Figueirense conta com 56%, Cruzeiro(24%), Vitória (23%), São Paulo (10%) e Coritiba (10%).
O momento é de reza e sofrimento, desde que a competição entrou em seu momento final.