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Escrito por José Joaquim

A maioria dos clubes brasileiros que disputam o Brasileirão já ultrapassou a casa dos 60 jogos, ou estão bem próximos dessa marca, na atual temporada.

Como exemplo o São Paulo que disputou a Libertadores, no seu jogo contra o Sport Recife completou exatamente 62 entradas nos gramados, o adversário chegou a 58. No final da competição irão atuar por 72 vezes e 68 respectivamente, ou seja 7,2 jogos, e 6,8 por mês.

Alguns clubes que disputaram a Primeira Liga irão alcançar 78 partidas em um ano. O problema maior não é o de jogar uma quantidade como essa, e sim as distâncias que percorrem nas competições como Brasileirão, Libertadores e Sul-Americana. São viagens longas, e cansativas. 

O reflexo está na quantidade de profissionais nos Departamentos Médicos. No dia de hoje são 72, seis times e meio. Por outro lado em quase todos os jogos atletas sofrem lesões musculares. Não é coincidência e sim a realidade insana em que vivemos.

Os dirigentes fingem que não enxergam os fatos, e ajudam a pintar o quadro com mais intensidade, e a decisão da ampliação da Libertadores e Sul-Americana é algo que poderia leva-los a um Sanatório, e saírem no bloco do Sanatório Geral.

O calendário atual é um suicídio, e prejudicial as agremiações.

A 29ª rodada do Brasileirão teve 19 desfalques causados não somente pela Seleção do Circo, como das demais Sul-Americanas. Se tivéssemos datas haveria uma paralisação da competição.

Não somos contra as mudanças, e sim pelo açodamento de implanta-las. Em uma entidade séria não se aplicaria um novo regulamento durante uma temporada vigente. Tais mudanças só poderiam começar em 2018, quando os participantes das competições estivessem preparados para tal.

De repente o Regulamento do Brasileirão que está na reta final teve que ser modificado para atender o que irá acontecer daqui há três meses, quando o G4 foi inflado para G6.

Um planejamento para montagem do elenco não é algo que se faz do dia para a noite, e todos já estavam preparados para o término dessas competições no final do primeiro semestre do próximo ano.

Muitos contratos terminam em julho de 2017, e terão que ser refeitos ainda no final dessa temporada, e com isso a obrigação de manter jogadores que poderiam não estar nos seus projetos.

Os ufanistas que comemoram com emoção a vitória da Seleção do Circo contra uma equipe mambembe e grotesca, não observaram esse lado oculto de uma medida que parece ser motivo de festa, e que na verdade preocupa.

No carnaval de 2017 o Bloco do Sanatório Geral estará nas ruas, tendo Marco Del Nero como porta-bandeira, e todos cantando o refrão da música ¨VAI PASSAR¨do compositor Chico Buarque:

Ai, que vida boa olerê,

Ai, que vida boa olará,

O estandarte do Sanatório Geral vai passar.

O futebol brasileiro necessita de uma varredura como a que aconteceu nas eleições municipais. Só assim irá evoluir.

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