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Escrito por José Joaquim

Todos os dias tomamos conhecimento dos débitos dos clubes que são escondidos em suas caixas pretas. As noticias só chegam aos torcedores quando as dividas já estão na Justiça.

Não existe a menor transparência.

A Lei de acesso às informações foi sem duvida uma conquista da sociedade brasileira, que hoje pode tomar conhecimento de todas as atividades dos mais diversos setores da República.

No futebol infelizmente o regime é totalmente diferente, desde que o quesito transparência é ignorado pela maioria dos clubes, que se fecham hermeticamente quando ignoram os seus consumidores com relação aos seus dispêndios financeiros, em especial as negociações com jogadores.

Certamente ao esconderem informações não estão ferindo nenhuma legislação, pois são privados e com uma única obrigação, a de publicarem um balanço anual na última semana de abril, e que pouco servem para quem os analisam.

Não entendemos como pode se esconder do consumidor os custos das contratações de jogadores, ou a venda dos direitos econômicos, assim como as comissões que foram pagas aos agentes.

Um verdadeiro retrocesso, pois se fecham em um pequeno grupo de ungidos, e escondem aos que sustentam as suas receitas, de tudo que acontece em seu entorno. Por que não sabemos do valor global dos contratos? Se isso que estará sendo dispendido terá o seu retorno, e assim procedermos com uma avaliação concreta se tal fato, valeria a pena.

Tudo é tratado com sigilo, os seus sites só servem para reverenciar os dirigentes ou colocar fotos de jogadores, com o grotesco ritual do beija-camisa.

Abrindo-se as portas para as informações, a credibilidade aumenta e com isso a participação do consumidor.

Exemplos bem claros temos em nosso futebol local com referência aos endividamentos dos clubes, que ficam escondidos e só tomamos conhecimento quando da publicação dos seus balanços. Se isso fosse aberto em todos os meses, o consumidor poderia interferir sobre o tema.

Quando se informa que um jogador foi negociado, tanto na compra como na venda, as informações deveriam ser abertas, inclusive os valores pagos aos empresários.

Caixa preta é um componente do avião, pois quando temos uma tragédia, na maioria dos casos só sobra esse equipamento, que serve para elucidar as causas do acidente, mas nos clubes de futebol, só servem para esconder algo que esses não desejam que cheguem ao conhecimento da sociedade.

Temos a certeza de que se houvesse a transparência, teríamos um ambiente mais salutar, limpo, e com um ótimo retorno para todos os interessados.

Não custa nada tentar, pois sigilos abrem um precedente perigoso para encobrir os desmandos que porventura estejam acontecendo, ou a incompetência dos dirigentes. 

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- A VITÓRIA DO COLETIVO

* A Copa do Mundo realizada na Rússia foi encerrada ontem com um grande legado, o da vitória do coletivo contra o individual.

O Bloco do Eu Sozinho deu o adeus para dar o seu lugar ao futebol de todos.

Nos lembramos das manchetes publicadas em nosso país afirmando que essa Copa seria de Neymar. Erraram feio como sempre, o craque sumiu e foi substituído pelos ¨Maravilhosos Negros da França¨, que tem um jogador excepcional em seu elenco, Mbappé, que atua no conjunto e não para si.

Não temos duvida que essa Copa foi a melhor de todos os tempos, pela sua organização, por mostrar a cara da Rússia e de suas belas cidades, e sobretudo por iniciar uma nova era do futebol, a de todos  e não apenas de um personagem.

Temos uma convicção firmada que a melhor seleção foi a da Bélgica, sem duvida um colírio para os olhos, mas a França fez por merecer por ter um time bem equilibrado, jovem e com alto nível.

Sete desses jogadores foram formados no extraordinário Centro de Treinamento Clairefontaine, que é hoje uma das instalações mais sofisticadas e completas de uma federação de futebol nacional pode possuir. 

Esse teve um papel fundamental no processo de formação dos Blues.

O jogo final foi de seis gols, com a vitória francesa por 4x2 frente a um brilhante adversário que pelo novo sistema, um país de um pouco mais de 4 milhões de habitantes conseguiu chegar a um patamar mais alto, como vice-campeão.

Teve até apito amigo. 

A Europa conquistou o seu quarto título sucessivo, e irá continuar seguindo o mesmo caminho, desde que os outros Continentes estão muito longe de sua realidade.

Quanto ao Brasil, enquanto o país não se livrar da cartolagem que manobra o futebol nacional, não existe nenhuma esperança de uma melhora.

O trabalho de formação europeu está cem anos à frente do nosso, e isso reflete no produto final.

Fim de Copa, e o retorno de nossas competições sofríveis, mas é o que temos.

NOTA 2- NÁUTICO E SALGUEIRO COM OBJETIVOS DIFERENTES

* O último jogo da 14ª rodada da Série C será realizada na noite de hoje em Salgueiro com o encontro do time que tem o nome da cidade sertaneja e o Clube Náutico Capibaribe.

Os dois times estão em situações bem diferentes na competição.

O alvirrubro é o 2º lugar com 22 pontos, 7 vitórias, 1 empate e 5 derrotas, aproveitamento de 56%.

Enquanto isso, a equipe sertaneja é a 9ª colocada, com 15 pontos, 3 vitórias, 6 empates e 4 derrotas, aproveitamento de 38%.

Nos últimos cinco jogos, o Náutico venceu todos, com 100% de aproveitamento, enquanto o Salgueiro obteve 4 empates e 1 derrota, somando apenas 4 pontos, aproveitamento de 26%.

Com a vitória o time alvirrubro ficará numa excelente posição para a classificação final do G4, e uma derrota do Carcará irá leva-lo para as portas do inferno.

Pelo que vem apresentando a equipe da Rosa e Silva é favorita, mas sempre nos confrontos com os times da capital o Salgueiro tem sido um duro adversário. Será uma partida do tudo ou nada para esse.

NOTA 3- RICARDO TEIXEIRA ENTRA COM REPRESENTAÇÃO CONTRA JUÍZA DA ESPANHA

* Vivemos no mundo surreal, principalmente no Brasil.

Ricardo Teixeira procurado por dois países por conta de suspeitas de corrupção, um ano depois da Espanha e Estados Unidos terem pedido a sua prisão, resolveu reagir contra o feito.

Há uma semana, seu advogado Michel Assaff Fiho, entrou com uma representação na Justiça Espanhola contra a juíza do caso, Carmela Diaz.

Argumentou que embora tenha sido investigado, não havia denuncia no caso em que ele é acusado.

Até o final do mês, Asseff impetrará outra ação, desta vez nos EUA.

Nela dirá que não havia fundamentos para indiciar Teixeira e pedirá arquivamento do processo.

Na realidade esse advogado deve acreditar em Papai Noel.

NOTA 4- O APITO AMIGO PORTENHO

* O VAR melou a final da Copa do Mundo com a marcação de um pênalti para a equipe francesa aos 38 minutos do primeiro tempo quando o placar estava em 1x1.

Deixamos para focar esse tema de forma separada da Nota 1, para que as análises fossem especificas.

Não somos especialistas de arbitragem mas temos a plena convicção de que o jogador da Croácia não teve a intenção de tocar na bola.

Na verdade ao vermos o lance mais de uma vez, esse estava muito próximo do adversário, e é obvio que não poderia ter uma pronta reação.

A bola bateu em seu braço, e não o inverso.

O apitador argentino que tinha desconsiderado o lance, atendeu o chamado do Var e terminou marcando o pênalti.

Por outro lado, Nestor Pitana marcou uma falta inexistente favorável ao time francês, quando o atacante Griezmann clonou Neymar com uma simulação grotesca que foi engolida por esse, e que resultou no primeiro gol de sua seleção.

Embora tais fatos tenham acontecido, a vitória da França não pode ser contestada, mas certamente não seria tão fácil como foi.

O árbitro de vídeo errou, mas de qualquer forma foi o craque da Copa do Mundo.

As vaias dos torcedores croatas contra a arbitragem foi a primeira que aconteceu na competição.

Foram merecidas.

NOTA 5- O BANCO NOMURA FOI O UNICO A CRAVAR A FRANÇA COMO CAMPEÃ

* Numa postagem anterior mostramos que somente dois bancos ainda estavam na disputa do acerto sobre qual seleção seria campeã da Copa do Mundo da França.

Com a queda da Inglaterra restou apenas um que foi para o jogo final apostando na França.

O torneio derrubou os especialistas de diversos bancos de todo o mundo, inclusive o BBA Itáu.

Com exceção do Banco Nomura do Japão, os demais apostaram em ouras seleções, e a maioria apontavam a do Circo.

Os seus computadores falharam e apenas os do Nomura acertaram ao indicar a França, fato esse que concretizou-se ontem.

É muito fácil fazer prognósticos em uma competição longa, mas uma de sete jogos apenas é quase impossível. Qualquer previsão era feita por um belo chute.

O troféu ficou com o Banco japonês cujos estatísticos acertaram em cheio.

NOTA 6- A VITÓRIA DA FRANÇA FOI UMA RESPOSTA PARA AQUELES QUE SÃO CONTRA A IMIGRAÇÃO

* A conquista do titulo mundial pela seleção da França serviu para dar um ótimo recado aos racistas, e para aqueles que são contrários aos imigrantes.

Dos 23 jogadores que integraram o time francês na Copa, 14 desses são descendentes de imigrantes africanos.

A África foi a alma dessa final através de:

1- Umiti,

2- Kimpembe,

3- Sidibe,

4- Mandanda,

5- Fekir,

6- Pogba,

7- Tolisso,

8- Mendy,

9- Nzonzi,

10- Rami,

11- Kanté,

12- Dembelé,

13- Mbappe e,

13- Matudi.

A África deve ser reverenciada por ter ser mãe de tantos talentos.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- DOIS PONTOS QUE FARÃO FALTA

* O Santa Cruz perdeu na noite de ontem dois pontos que irão fazer falta no final da competição.

Embora o seu jogo contra o Globo fosse sofrido teve o seu domínio e após perder várias chances conseguiu o seu gol.

Isso aconteceu aos 35 minutos do segundo tempo, período em que o time potiguar não chutou ao gol coral nenhuma vez.

Após a abertura do placar o tricolor cometeu um erro ao tentar o segundo gol, dando chances para o contra-ataque do adversário que acordou e passou a procurar a sua meta.

No último minuto dos acréscimos, uma bola alçada chegou na cabeça do atacante Max que não apareceu nenhum minuto da partida, e esse balançou as redes do goleiro Thiago. Um castigo para quem jogou melhor.

Empate de 1x1 e o encerramento da partida.

No caso de uma vitória o Santa Cruz ficaria em uma boa situação na tabela de classificação, mas tornou-se complicada por conta do seu próximo jogo que será realizado fora de casa, contra o Botafogo-PB que poderá com uma vitória tomar a sua posição.

Na verdade a máxima de que o jogo só termina quando acaba, foi comprovada.

Um resultado ruim, fora do programado para a equipe coral.

Nos demais jogos, o ABC goleou o Confiança por 4x1, aproximando-se do G4, o Remo empatou em 0x0 no seu jogo contra o Botafogo-PB, aprofundando mais a sua crise, e o Juazeirense derrotou o time reserva do Atlético do Acre por 4x1.

A equipe acreana optou pelo descanso para enfrentar o Globo e garantir a sua classificação.

A luta pelo G4 será até o final da competição, assim como a da fuga da zona da degola.

NOTA 2- A MELHOR CAMPANHA DA BÉLGICA NUMA COPA DO MUNDO

* A seleção da Bélgica estava pronta para chegar na disputa da final da Copa do Mundo. A formatação do grupos originada pelo sorteio dos times, levou-a a disputar uma das semifinais com a França, e os Deuses do Futebol não ajudaram e apoiaram os seus adversários.

No dia de ontem o time belga fechou o torneio conquistando o terceiro lugar, com a melhor campanha de sua história em Copa do Mundo ao derrotar a Inglaterra pelo placar de 2x0.

A sua melhor posição foi o quarto lugar em 1986.

A geração belga bem que merecia mais do que o terceiro lugar, mas de qualquer forma foi premiada pelo seu trabalho em toda a competição.

Um jogo bom, aberto com dois tempos diferentes: A Bélgica abriu o placar aos quatro minutos do primeiro tempo, e poderia ter feito mais, por conta de uma Inglaterra desfocada e com a mudança de cinco jogadores. Lukalu perdeu chances claras de gol, com duas belas assistências de De Bruyne. 

Na segunda fase o time inglês melhorou, passou a dominar a partida, tendo perdido várias chances de vazar as redes belgas.

No final da partida, Hazard em contra-ataque, aproveitando mais uma assistência de De Bruyne, marcou o segundo gol definindo a partida.

A grande figura do jogo foi o meia do City que voltou a jogar solto na frente, fato esse que não aconteceu contra a França, que na verdade foi um erro do treinador.

Hazard também esteve muito bem.

O terceiro lugar ficou em boas mãos, e a seleção inglesa deixou a Copa com o sentimento de dever cumprido e com uma nova geração que estará madura em 2022 no Qatar.

O jornalista Renato Mauricio Prado em poucas palavras refletiu o que foi o time belga: ¨Um colírio nos olhos¨. 

NOTA 3- UMA DECISÃO INÉDITA

* Nesse domingo a Copa do Mundo será encerrada com final jamais esperada, mas que o novo caminho do futebol mundial traçou.

França e Croácia irão se defrontar na busca do troféu de campeão.

O time croata está fazendo história, numa campanha de superação e com a alma no bico da chuteira como bem referenciou o jornalista Claudemir Gomes em um artigo do seu blog.

Uma superação jamais vista, de um time que joga pela pátria poderá no final do jogo se consagrar com o titulo de campeão.

Foi a grande surpresa dessa Copa, mas é um time forte que conta com bons talentos, em especial Luca Mondric e Mandzukic. Uma geração nascida no meio de uma guerra, forjada com aço.

Do outro lado a seleção francesa apontada como uma das favoritas ao titulo, confirmou os prognósticos  com a realização de uma bela campanha em todas as fases, contando com uma geração jovem do mais alto nível.

Passou por fortes adversários como a Argentina, Uruguai e Bélgica.

A França joga pelo seu segundo titulo de um mundial. O primeiro foi conquistado em 1998.

O seu elenco é o mais forte, jogando com qualidade, e levando uma vantagem sobre a Croácia no tocante ao tempo de jogo, desde que essa teve mais 90 minutos a mais, por conta de três prorrogações.

O time azul é favorito, mas não se pode jamais desprezar um grupo que joga com alma, e pelas cores de sua camisa.

Teremos um bom jogo, e que irá mudar os conceitos de uma Copa do Mundo, que de agora em diante deverá ser para todos.

NOTA 4- AMANHÃ SERÁ OUTRO DIA

* As cortinas serão fechadas nos palcos da Rússia e amanhã será um outro dia, com a bola rolando em nossos estádios, para dois jogos da Copa do Brasil.

Na realidade estávamos com saudades do pobre futebol brasileiro, das péssimas arbitragens e dos nossos narradores e comentaristas, e das belas e educativas entrevistas coletivas.

Na verdade é o que nós temos e ninguém se esforça em melhora-lo.

O torcedor brasileiro é componente do bloco carnavalesco recifense- ¨Nóis sofre, mas nóis goza¨.

Os jogos Séries B, C e D é que estavam matando a nossa fome, desde que a Copa por sua longevidade terminou cansando.

O Circo foi para as ¨cucuias¨, Neymar deve está caindo em um lugar do Brasil e a vida irá continuar.

Amanhã as cortinas de nosso futebol serão abertas para dois jogos da Copa do Brasil.

O Bahia que está caindo aos pedaços, sendo derrotado pelo Sampaio Correa na Copa do Nordeste, um time que está na zona da degola da Série C, jogará fora de casa contra o Vasco, outro clube em estado de inanição.

Na outra partida, o Cruzeiro receberá o Atlético-PR que vai mal das pernas, mas com um novo técnico após a saída de Fernando Diniz.

Os dois encontros servirão como aperitivo para os cinco jogos do Brasileirinho, que serão realizados na quarta-feira, e entre esses o do Velho Leão que só fez treinar nesse recesso da Copa, e que irá enfrentar no Presidente Vargas o lanterna e sem nenhuma vitória, o time do Ceará.

Pelo menos, ruim ou não, voltaremos a nos divertir com os encontros locais, com clubes com sérios problemas nos seus elencos, inclusive com desmanches.

Alguns voltam fortalecidos como o São Paulo, e outros na pindaíba.

NOTA 5- A CAMPANHA DO CSA NA SÉRIE B

* A Série B Nacional que é desprezada pelas mídias, está equilibrada, com pelo menos oito clubes brigando pelo G4.

O Fortaleza lidera de forma justa, mas a participação do CSA de Alagoas é o que mais nos chama a atenção.

Hoje é o vice-líder na tabela de classificação com  uma diferença de 1 ponto. O mais interessante é que esses dois times que estão na parte mais alta da tabela, vieram do acesso da Série C de 2017.

Um fato que é muito relevante, desde que estão disputando com clubes mais maduros, inclusive os que caíram da Série A, como Coritiba, Ponte Preta, Avaí e Atlético-GO.

A equipe alagoana em 15 jogos, somou 28 pontos, com 8 vitórias, 4 empates e 3 derrotas, um aproveitamento de 62%.

Assistimos na última sexta-feira o seu jogo contra o Sampaio Correa que vinha da conquista do titulo da Copa do Nordeste, e a equipe alvi-azulina conseguiu uma vitória por 1x0, com um bom futebol, em um encontro bem movimentado.

Entre os participantes podemos destacar a recuperação do Goiás, que após cinco vitórias saiu da zona da degola para a 10ª colocação, do Guarani que também vem de uma sequencia de vitórias, e hoje é o 7º colocado, como também o Vila Nova que está na terceira posição.

Quem vem decepcionando é o time do Coritiba (8º lugar), que não conseguiu ainda firmar-se na competição, apesar de ser o favorito ao retorno à Divisão maior.

Nesse futebol fraco, algumas partidas da Série B estão apresentando algo de positivo.

Vale a pena acompanha-las.

NOTA 6- O QUE NÓS TEMOS COM ISSO?

* As páginas esportivas se tornaram em espaços para futilidades.

O que é que nós temos com Fernanda Gentil visitando um bunker na Rússia? Essa visita irá resolver os problemas do futebol do país?

O que nós temos com Neymar jogando Poker com Gabriel de Jesus? Isso vai resolver o seu cai, cai? 

O que nós temos com Marquezine fazendo um tour no Instituto de Neymar? Isso vai melhorar a sua performance como artista?

O que nós temos com relação as tatuagens de Edilson, o Capeta e Vampeta, que escreveram os seus nomes nos braços, e fizeram juras de amizade?

Na verdade tal fato vai além do grotesco.

O mais interessante é que a divulgação nas redes sociais e nas mídias desse pacto fervoroso, saiu no exato momento em que a Segunda Vara da Família de Brasília decretava a prisão do Capetinha por 30 dias, ou até o pagamento de R$ 100 mil por conta de pensão alimentícia não paga, e que já ocasionou outras prisões.

Noticias como essas fazem parte da era da imbecilidade, e que tenta tornar o leitor em um imbecil de carteirinha. 

Nós que lemos diariamente os maiores jornais do mundo não encontramos esse modelo adotado em nosso pais.

São coisas do Brasil bem brasileiro.

Escrito por José Joaquim

A Copa do Mundo da Rússia será encerrada nesse domingo com o jogo entre as seleções da França e Croácia, deixando alguns legados, entre esses a afirmação da tecnologia através do VAR, e um outro que marcou o fim do ¨Bloco do Eu Sozinho¨.

Os atletas  chamados de carregadores de equipes que jogaram na Copa da Rússia foram eliminados precocemente.

Lionel Messi, Cristiano Ronaldo e Neymar arrumaram as malas mais cedo, e não cumpriram a profecia de que os craques resolvem de forma isolada o resultado de um jogo.

Tal fato não foi confirmado.

Já mostramos em uma postagem que o futuro do futebol mundial foi delineado nessa Copa, quando as seleções ficaram iguais, e o coletivo no lugar do individual prevaleceu.

Obvio que necessitam de craques, mas não como os salvadores da pátria, e as esperanças de vitorias.

Os caso de Maradona em 1986 que levou nos ombros o titulo mundial para a Argentina, e de Romário na Copa de 1994 que teve uma participação individual fundamental para a conquista, não terá mais espaços no novo caminho traçado para o futebol mundial.

O futebol apresentado no torneio da Rússia mostrou de forma clara que que esse esporte avançou, ao comprovar que o individual não poderia resolver pela eternidade.

As seleções disputantes, inclusive as da França e Croácia, mostraram que podem com uma tática em que todos os atletas participam, defendendo-se em bloco, e atacando da mesma forma, trazer o equilibro para uma competição.

Na verdade foi um retorno para o século XX, quando as seleções tinham seus craques, mas o jogo era coletivo, e isso trazia o equilíbrio para os encontros.

A seleção de 1970 que era ainda do Brasil, é o maior exemplo para o tema que estamos debatendo. Tinha jogadores de alto nível, mas não jogava apenas como o ¨Bloco do Eu Sozinho¨, e sim com a participação de todos.

Basta assistir os vídeos dessa conquista que mostram de forma clara que a participação dos atletas era geral.

Essa nova era que está sendo implementada na França é nada mais nada menos de um retorno à essência do futebol que é um esporte coletivo, e não individual.

Houve um equilíbrio de forças, e a final desse ano será a resultante de todo esse processo, quando uma seleção com um título, contra uma que nunca chegou à final estarão se defrontando.

São coisas do futebol.

Escrito por José Joaquim

No dia cinco desse mês de julho, completou-se 36 anos que o Brasil, quando a seleção ainda era do país, perdia para a Itália, na Copa do Mundo de 82, em jogo que valeria uma vaga na semifinal.

Tudo poderia ser normal, se essa não representasse um dos times mais espetaculares do futebol mundial, e que tinha tudo para sagrar-se campeão do torneio.

Os Deuses do Futebol iluminaram Paulo Rossi e esse com três gols destruiu aquilo que seria o futuro do futebol mundial, onde a qualidade e a arte iriam prevalecer definitivamente derrubando o futebol força então vigente, principalmente na Europa.

A seleção de 1982 sob o comando de Telê Santana, encantou a todos desde a sua formação em 1980. Os resultados surpreenderam e lançaram nos campos uma geração de craques, como Zico, Sócrates, Falcão, Cerezzo e tantos outros que deram um brilhantismo diferente nos gramados do mundo.

O time passou bem na primeira fase da Copa com 100% de aproveitamento. Na segunda atropelou a Argentina pelo placar de 3x1. Era uma máquina fazendo futebol. No segundo jogo dessa fase, o time jogava pelo empate com a Itália, devidos aos critérios, mas nesse dia os Deuses estavam ao lado do rival, e Paulo Rossi com seus gols, eliminou-o do torneio.

Tal fato repercutiu de forma negativa para o futebol brasileiro, fazendo que esse tomasse um caminho errado o de estigmatizar uma geração tão importante, para dar lugar a uma outra, que veio substituir o futebol arte pelo futebol resultado.

Os craques minguaram, e deram lugar aos brucutus, e isso não ficou isolado somente em nosso país, e espalhou-se pelo resto do mundo.

Começamos o ciclo de que se deve jogar para não perder, assim como para não ganhar. Os dribles, os toques de bola e o jogo ofensivo desapareceram do Brasil, dando lugar ao defensivismo. Os volantes tomaram conta e as equipes começaram a jogar recuadas, espremidas nas laterais dos campos, em jogos chatos e sem emoção, que continuaram até hoje.

A Copa da Rússia é um exemplo.

O Barcelona imitou o Brasil de 82, e tornou-se em um dos maiores clubes do mundo, com um futebol que encantou a todos, enquanto regredimos, nos fechamos nas defesas, e passamos a ter o slogan ¨quem joga bonito não ganha¨, que foi adotado pelo time de 1994, na conquista da Copa do Mundo desse ano.

Na verdade a derrota em Sarriá, prejudicou a evolução do futebol brasileiro, e hoje o sofrimento de quem assiste um jogo em nossos estádios é latente, por conta de uma pobreza técnica gigantesca.

Uma vitória seria a permanência de um novo modelo, com um futebol de alto nível, e não estaríamos penando.