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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- A VITÓRIA DO PREVISÍVEL  

* O imprevisível no futebol faz parte do passado, e hoje participa nos jogos com 15%.

As diferenças nas finanças entre os times disputantes nas mais diversas competições, motivam as diferenças técnicas e influenciam nos resultados.

O maior exemplo vem da Copa do Brasil quando os confrontos foram distribuídos pelo ranking do Circo, com aqueles de menor pontuação jogando em casa.

No dia de ontem foram realizados 16 jogos, e 13 visitantes passaram para a segunda fase, e 3 mandantes obtiveram sucesso, sendo que dois desses foram os pernambucanos Náutico e Salgueiro.

O alvirrubro conseguiu empatar com o Cordino (1x1), e o time do Sertão Central derrotou o Novooperário do Mato Grosso (3x2).

Quem acessou o nosso blog no dia de ontem e leu a Nota sobre os jogos de nossos times na rodada inicial, observaram que colocamos tanto o Náutico e Salgueiro com chances de passar adiante, e o Santa Cruz teria mais dificuldades por conta do adversário.

Acertamos mais uma vez.

Assistimos o jogo que foi realizado em Feira de Santana com o som da televisão desligado para fugirmos da mesmice, e por conta disso fazermos uma análise fria do que ocorreu no gramado.

O Santa Cruz fez o seu último jogo do mês de janeiro no dia 31, sem uma única vitória, e era previsível que não seria o Fluminense de Feira que iria permitir.

A vitória de 2x0 do time baiano foi justa pelo que apresentou.

Aliás pensávamos que era o Salgueiro que estava jogando, desde que quase a metade do time baiano, inclusive o treinador, foi o que disputou o estadual de 2017, e que deveria ter sido campeão, mas o apito amigo não permitiu.

A equipe do Santa Cruz é fraca, o time é desorganizado em campo, e mesmo com os 15 minutos finais do jogo com o adversário com 10 homens não conseguiu empatar, pelo contrário esse é que marcou o segundo gol matando a partida.

O clube do Arruda fez algumas contratações equivocadas e isso está refletindo no gramado.

O técnico Junior Rocha já teve tempo de mostrar algum resultado e tem que ser cobrado por conta da seca de conquistas.

O Fluminense de Feira continua nessa competição e o Santa Cruz deu um adeus melancólico com o prejuízo de R$ 600 mil que iria receber na segunda fase, e que irá fazer falta.

NOTA 2- ESTÁDIOS OCIOSOS NA COPA DO NORDESTE

* A Copa do Nordeste no seu retorno em 2013 colocou em seus jogos uma média de 8.487 pagantes.

Foi um sucesso na época.

Em 2014 houve uma queda para 7.602 pagantes, uma pequena melhora no ano de 2015, com 7.819, caindo de forma vertiginosa em 2016 com 5.873, e 2017 com 5.973.

Nesse ano de 2018 foi criada uma fase preliminar com 8 disputantes.

Nessa foram disputadas 8 partidas, com um público total de 14.459 pagantes, uma média de 1.807 por jogo.

Na fase de grupos a primeira rodada somou em 8 jogos 30.321 torcedores, com uma média de 3.790 que está bem longe da pior que aconteceu em 2016 (5.873). 

Somando-se a pré-Copa do Nordeste com a fase de grupos, o total de torcedores presentes aos estádios da região foi de 44.779, com uma média de 2.798.

Tais números poderão melhorar na fase de mata-mata, mas pela tendência não superará o do ano anterior.

Na verdade quem afasta os torcedores dos estádios é a falta de qualidade técnica de alguns participantes, sobretudo aqueles clubes sem torcida, e os horários indecentes dos jogos. 

Uma nova formatação da competição e a criação de uma segunda divisão seria o caminho para a extinção dos estaduais, posto que esses perderam os seus seguidores.

A queda de público dessa Copa é um claro recado para os dirigentes de que a competição vem rolando a ladeira por três anos seguidos, e que pede que seja feito algo para que estanquem a sua descida. 

NOTA 3- OS TALIBÃS DO FUTEBOL

* Entra ano e sai ano e ainda existem torcedores agindo como bandidos.

Na realidade esses se transformaram nos talibãs do futebol.

Na última terça feira, 150 membros de uma torcida organizada invadiram a sede do Fluminense sediada nas Laranjeiras, em plena noite de eleição dos dirigentes do Conselho Deliberativo.

Com faixas e gritos de guerra pediram a saída do presidente Pedro Abad e da Flu Sócio, grupo politico que dá a sustentação ao atual poder diretivo do clube.

Os talibãs tricolores soltaram morteiros e bombas na porta da sede do clube, como nas ruas nos arredores das Laranjeiras.

A policia foi acionada.

Por conta da confusão e das ameaças os diretores ficaram trancados na sala do departamento jurídico.

Enquanto um grupo ameaçava fisicamente a diretoria, outro pichava as paredes da sede com frases pedindo a saída dos cartolas.

Os Talibãs também estão atuando em outros clubes, e a bola da vez foi o Flamengo que teve a sua sede pichada com frases solicitando a prestação de contas da negociação de Vinicius Junior.

Na realidade as pessoas sérias estão correndo cada vez mais dos seus clubes, e sobretudo dos cargos executivos, abrindo espaços para despreparados que usam as agremiações com fins promocionais, ou para coisas não institucionais.

Não existe solução para o nosso futebol que sofre com a violência que assola o país.

NOTA 4- O CRESCIMENTO DO SOCCER NOS EUA

* Uma pesquisa do Gallup Institute realizada no mês de dezembro do ano anterior em 50 estados norte-americanos, teve uma constatação de que o Football (Americano) perdeu pontos entre 2013 e 2017.

Segundo o próprio Gallup a queda se deu por conta da divulgação de um vídeo com um atleta desse esporte batendo na sua mulher, e depois arrastando-a já desacordada.

Outro ponto que foi detectado foi os das constantes concussões que acontecem durante os jogos, que vem influenciando na ausência dos fãs. 

Apesar disso ainda é o esporte favorito dos norte-americanos com 37%.

Por outro lado o soccer que é o nosso futebol vem mantendo uma constante evolução, apresentando 7% de seguidores, quando em 2013 esse percentual era de 4%.

Aproximou-se do Baseball que é o terceiro esporte nos Estados Unidos, que sofreu uma queda de 14% para 9%.

O segundo esporte na preferência dos torcedores é o Basketball, com 11%.

Mesmo som a seleção caindo nas eliminatórias da Copa do Mundo, tal fato não afetou o crescimento do soccer, que hoje já está entre as maiores médias de publico do mundo.

NOTA 5- NEM O MARACANÃ SALVA O FUTEBOL CARIOCA

* O Rio de Janeiro já foi a Cidade Maravilhosa, um cartão postal do país que hoje está sendo destruída pela violência, afetando inclusive o futebol.

Nas rodadas iniciais dos estaduais em 43 jogos só 66.476 torcedores estiveram presentes nos estádios (público pagante).

Nem o Maracanã salvou.

Para que se tenha uma ideia exata da realidade, a soma dos jogos do Botafogo  e Fluminense (23.847), é menor do que um único jogo no estadual paulista, entre São Paulo e Corinthians (34.167).

O Vasco com apenas dois jogos tem uma média de 11.456 pagantes (jogou duas vezes com portões fechados), o Flamengo com média de 8.734, Botafogo, 4.920 e Fluminense, 3.088.

O Cruzeiro é o que tem a melhor média de publico entre os que são chamados de grandes, com 21.727  pagantes por jogo, seguido pelo Palmeiras (21.525), Corinthians (21.089), São Paulo (17.057) e, Atlético-MG (11.820).

A média histórica do futebol do Rio de Janeiro fica entre 4.000 e 4.500 torcedores por jogo, a até o momento em 4 rodadas não chegou nem na metade.

O problema não é apenas a violência, e sim a falta de qualidade nos modorrentos estaduais.

NOTA 6- NEM A VIOLÊNCIA CONSEGUE PARAR O CITY

* O Manchester City é a nova caça no futebol inglês.

Sane foi para o estaleiro e ficará de fora por 30 dias, e é sem duvida uma grande perda para o jogo da Liga dos Campeões.

Um ponta dos velhos tempos.

Na noite de ontem assistimos mais uma aula de bom futebol, com o time de Pep Guardiola cada vez se firmando como o melhor do mundo.

Goleou o West Bromwich por 3x0 que apelou para a violência sob ás vistas grossas da arbitragem.

Mais uma vez o dono do jogo foi Kevin De Bruyne que foi o melhor no gramado, marcando um gol e com uma assistência para outro.

O belga irá brigar com Messi como o melhor atleta da  temporada, e se conseguir levar a forte seleção da Bélgica a um patamar bem alto na  Copa do Mundo da Rússia, tal fato poderá virar realidade.

Para quem gosta desse esporte no Brasil, assistir o City jogar sem duvida é um refresco para os olhos que sofrem com os jogos realizados em nosso país.

Ainda bem que temos Pep Guardiola.

Comentários   

0 #2 Copa com os dias contadosBeto Castro 01-02-2018 14:24
Nota 2 - A Copa do Nordeste no modelo adotado eliminando 4 clubes principais em tese, de 4 Estados tende para a sepultura. Sport (por opção própria e com razão), Moto Clube, River, Fortaleza, América, Campinense, ASA, Sergipe e Flu de Feira ficaram de fora. A maioria é de fundadores da competição que não pode ser chamada do Nordeste sem esses clubes que reúnem mais de 1/3 dos torcedores da região. Clubes significativos como Central, Auto Esporte-PB, Potiguar, Maranhão, Flamengo-PI, Icasa, Itabaiana e Imperatriz também foram excluídos. Somente uma competição Série A com 32 clubes e uma segunda divisão com os demais clubes estaduais pode salvar este importante certame. Há calendário de sobra para isto com 8 grupos de quatro clubes que toma o mesmo tempo. A montagem é simples: 9 vindos dos certames estaduais, 20 melhores do ranqueamento, 2 subindo da série B e o campeão do ano anterior. Tudo nesta vida evolui. Temos uma Libertadores do Nordeste e realizamos um torneio da ganância Bahia-Pernambuco-Ceará, no qual os clubes destes Estados mandachuvas também ficam de fora. Nossa Copa do Nordeste é superior aos nacionais da Argentina, Colômbia e Chile, mas os dirigentes são pobres de espírito. Também temos, um dos maiores conjuntos de estádios modernos do mundo. Duas Copas Subcontinentais fechariam o firo do sucesso.
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0 #1 RE: NOTAS AVULSASguilardo 01-02-2018 12:03
CARO J.J. – Eu não queria mais tocar no assunto, pois você fez uma crônica magistral, o que nos levou a esgotar o tema. Entretanto amigo, ontem foi a gota d’água que faltava para transbordar a ira da torcida do Santa. É impossível conceber que um clube de tamanha grandeza e tradição chegue nessa situação, irreversível e humilhante. O Santa Cruz ingressou de vez na raia dos pequenos times do Nordeste. É desmoralizado onde jogue, e ninguém tem pelo mesmo um pingo de respeito. Os presidentes dos últimos 20 anos devem sentir orgulho do crime que cometeram. Ressalvo que desses, apenas salva-se F.B.C. , que nunca foi torcedor de estádio, mas tirou o tricolor da sepultura, anos atrás. O resto faz parte de uma matilha faminta que comeu as carnes e hoje ainda rói os restos dos ossos. Estou iniciando uma campanha, numa luta inglória igual àquela de Don Quixote contra os moinhos de vento. Meu amigo. Prefiro ver a entidade com as portas fechadas, a passar humilhações que não param mais. Lembre-se do exemplo do Napoli, que faliu, mas fez uma estratégia paralela, e resgatou o clube quatro ano após, sem dívidas e enxuto. Os bons exemplos o Santa não segue, prefere ficar entregue nas mãos de aventureiros, associados a empresários, para ganhar dinheiro com contratação de jogadores. O Santa morreu. Só um cego não enxerga isso. Continuar arrastando o cadáver insepulto é uma desumanidade contra a sua monumental torcida. Temos que parar. Cerrar as portas. Arregimentar homens de bem, sérios, torcedores que querem o bem da instituição, para refazer um novo Santa Cruz. A torcida não merece o que está passando. Hoje o Santa é um time pequeno com uma grande torcida.
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