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Escrito por José Joaquim

Não suportamos mais essa tal de Copa do Mundo.

As mesmas conversas, as mesmas mesas quadradas, redondas e triangulares, com debates que não trazem nada de produtivo e sim um processo de alienação geral.

Por conta disso e de uma conversa que tivemos, resolvemos tratar de um assunto do futebol local, que sem duvida é importante para o nosso estado. É bem melhor do que o FEBEAPA nacional. Analisamos a hibernação dos clubes brasileiros.

Com o encerramento da terceira fase da Série D, oito times entraram na hibernação, desempregando mais de 200 profissionais que não são contemplados pelo calendário.

Com o encerramento dos campeonatos estaduais pelo menos 12 mil atletas ficaram sem um emprego fixo. Os que pertenciam aos clubes que disputariam a Série D tiveram uma vida prolongada por mais dois meses, e quando esses vão sendo eliminados entram no mesmo processo.

A grande mídia nacional pouco se importa com o que acontece, pois os grandes clubes é que chamam a atenção e os pequenos para esses, como acontece em nossa sociedade são entulhos.

Esquecem do grande celeiro que teríamos com as suas participações.

O nosso sistema é de que o grandes joguem muito, e os menores joguem pouco.

Não existe possibilidade de sobrevivência.

Uma das coisas que mais nos incomoda é a situação do Central de Caruaru que começou a sua hibernação há um bom tempo quando foi eliminado na primeira fase da Série D.

Na verdade não entendemos como uma cidade com quase 300 mil habitantes, e pelo menos mais 250 mil de sua região metropolitana, não desperte para algo tão importante que é representado pelo fortalecimento do seu clube maior. Sentimos que existe uma relação de paixão e ódio dos seus habitantes.

Uma demanda excelente com uma boa situação econômica da cidade, e nada disso é carreado para um clube que no futebol poderia trazer uma maior dimensão ao município.

Esse artigo floresceu por conta de uma conversa que tivemos com um jornalista paranaense que nos falou sobre o Operário Ferroviário que vem fazendo uma excelente campanha na Série C, com o segundo lugar do seu grupo, e com uma distancia de apenas 1 ponto para o líder.

A cidade de Ponta Grossa que sedia esse clube, em 2015 resolveu apoiar o clube, inclusive transformando-o em Operário Ferroviário Futebol Clube. Os ferroviários foram seus fundadores.

A sua população está estimada em 320 mil habitantes, um pouco mais do que Caruaru. 

Os recursos vieram do empresariado local. Com um orçamento enxuto, mas cumprindo uma folha com teto salarial, o clube conseguiu no mesmo ano de 2015 o titulo estadual da Primeira Divisão. Teve uma queda em 2017, mas em 2018 foi campeão da Segunda.

Com a conquista de uma competição paranaense para a definição de um representante na Série D em 2017, conseguiu a vaga e tornou-se o campeão dessa divisão, subindo para a C, cuja campanha é excelente. É chamado de Fantasma.

Um exemplo para a sociedade caruaruense que não deveria permitir vexames para o seu clube, que nessa temporada disputou as finas do estadual, que na verdade não é muita coisa.

Chegou a hora de um mutirão para modificar o seu rumo, com um projeto à longo prazo, com um Centro de Formação para a descoberta de talentos.

Entra ano e sai ano, e o Central nadando contra a maré, por conta inclusive de gestões desprovidas de um teor profissional. Enquanto isso mingua dentro de uma caverna, como um urso polar hibernando. O clube tem todas as condições de ser protagonista, mas o sistema o transformou em coadjuvante nas competições em que atua.

Uma cidade muito importante de nosso estado, pujante na economia, assiste passivamente à derrocada de um segmento que poderia, trazer mais projeção para essa.

Mirem-se em Ponta Grossa e o seu Fantasma fazendo sucesso.

Se a sociedade caruaruense não acordar desse longo sono, o Central poderá desaparecer na poeira.

Comentários   

0 #3 Quimera para o AlémBeto Castro 27-06-2018 14:35
Esta história do Central é muito comovente, mas absolutamente furada. O desenvolvimento de um clube com as características da Patativa é bem semelhante a dos clubes de Campina Grande. Estes chegaram os dois nas quartas de finais da Série D com boas chances de passarem para a Série C, como o Botafogo-PB, este na beira do abismo de volta para série D. Todos os oito candidatos às semifinais da série D 2018 são doentes crônicos abandonados pelo comando da CBF e dos centuriões lagartixas propinados - Não tem qualquer futuro no sistema suicida da organização mortífera do futebol tupiniquim decadente e corroído pela incompetência funcional e pela corrupção sistêmica. Todo mundo sabe disto, mas finge que não sabe, todos como bêbados equilibristas num arame de corda bamba. Incrível é o Mestre experiente acreditar nesta saída fantasiosa em sua ideologia conservadora de quem deseja mudar tudo, mas deixar tudo como está ou pior. O problema do Central, inclusive do Operário de Ponta Grossa (forte candidato à bancarrota do Bancarrotão série B) é a falta de compreensão de que a desgraça vem das bandas de Assunção e Zurique e está relacionada com o desconhecimento do que seja uma organização empresarial do futebol com base em rigorosos critérios econômicos, por puro amadorismo operacional. Somente para lhe dar uma pista do desastre do futebol mundial, sul-americano, brasileiro e estaduais, os países mais ricos do mundo EUA e China estão fora da Copa do Mundo e patinando numa miséria endêmica de investidores voadores numa roda de roleta russa. Este caminho que você aponta é a rota dos moribundos em estado terminal. O futebol em todo o mundo, principalmente no Brasil é administrado por alucinados sem qualquer conhecimento do que seja este esporte numa perspectiva de sobrevivência econômica e empresarial e fazem parelhas com os zumbis de Ectoplasmas das mesas redondas dos escribas aparelhados que passam todos os dias, sebo de carneiro no pescoço em vias de serem degolados por seus patrões imbecis e golpistas - Bem amigos, Caros amigos e Baita Amigos das linhas e trocas de passes errados. Até os nomes dos festivais de baboseiras são imitações teleguiadas dos cabeças ocas na mira do FBI. Uma verdadeira tropa de jumentos comendo na horta dos fazendeiros empíricos e incompetentes falidos. Esta rafameia de velocistas errantes e extraviados se comporta como ditadores psicopatas com esquizofrenia congênita - Nem medicamentos controlados de tarja preta servem mais, pois já foram lobotomizados por psiquiatras que implantaram chips alucinógenos de falastrões oportunistas e niilistas em seus cérebros com microcefalia.
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0 #2 RE: CARUARU E O CENTRALANTONIO CORREIA 27-06-2018 12:59
JJ:Sempre é om fugir da mesmice. Essa tema é importante e real. O Central poderia ser uma força forte no futebol nacional, mas não existe uma simbiose com os habitantes de Caruaru.
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0 #1 RE: CARUARU E O CENTRALPEDRO CORDEIRO 27-06-2018 12:19
JJ: O amigo tem razão. Não existe nada mais chato do que uma Copa do Mundo. Ontem passando por alguns canais da televisão de deparei com uma dessas mesas, e no debate estava uma discussão feia entre Petkovic, Seedorf e Casa Grande. Só não aconteceu tapa. O assunto do seu artigo deveria ser divulgado nas mídias de Caruaru, Esse estampa uma realidade que é inacreditável. A cidade não abraça um clube que tem potencial,
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