Final de Copa do Mundo para o Circo do futebol, e a repetição do que já aconteceu nos outros eventos anteriores quando as nossas mídias discutem o varejo e deixam de lado o atacado.

Ficam procurando sexo nos anjos, e não focam a realidade de nosso futebol que perdura desde a era de Ricardo Teixeira, quando o cupim da corrupção tomou conta da Casa da Barra da Tijuca. Antes era na rua da Alfandega.

Os dirigentes dos nossos clubes são avestruzes humanos, enfiando as cabeças na terra sem a coragem de externar as suas opiniões. Aliás alguns vivem recebendo benesses do comando geral.

Muitos desses estiveram na Rússia com tudo pago pela entidade.

Tanto o jornalismo, com raras exceções, como a cartolagem fingem não perceber o atual momento em que vivemos nesse esporte, que é considerado um patrimônio cultural do Brasil, e que está sendo devorado pelos cupins que dele se apossaram?

Será que ainda não entenderam que o futebol tornou-se uma grande negociata, quando deveria ser um negócio?

Será que nunca acompanharam a decadência de clubes tradicionais, alguns já desaparecidos, e outros sob ameaça de acompanha-los na tragédia, ou ainda o esquecimento de alguns ídolos desse esporte?

Alguns vivendo em regime na penúria.

Será que nunca verificaram a ingerência de empresários e uma rede de TV nas decisões internas dos clubes, apropriando-se do esporte como fosse um patrimônio deles e não do povo brasileiro?

Será que não acompanharam a decadência técnica e tática de nosso futebol?

Será que nunca constataram a sazonalidade da maioria dos clubes, que vivem para apenas uma única competição e depois desaparecem, motivados por um calendário que não lhes dá as condições de sobrevivência?

Será que nunca voltaram as cabeças para verificarem a quantidade de dirigentes mal intencionados que se perpetuam nos seus cargos, para a obtenção de dinheiro e poder?

Poderíamos elencar uma série maior de questionamentos para que aqueles que arruinaram o futebol brasileiro pudessem responder, e que possam finalmente entender que o sistema apodreceu, e que o futebol precisa se oxigenar, e voltar a ser dirigido por pessoas que querem prestar um serviço, e não usa-lo.