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Escrito por José Joaquim

Na escola aprendemos na aula de ciências que o corpo humano era composto por cabeça, tronco e diversos membros. Tais ingredientes o faziam funcionar.

O Ministério do Esporte representa a cabeça para pensar o esporte nacional, inclusive o futebol. Foi entregue aos partidos políticos e tornou-se uma sinecura para empregar os aliados.

Deveria ter procedido uma grande reforma em todos os segmentos que envolvem o setor, mas não o fizeram, preferindo a inércia, com a distribuição de Bolsas Atletas, de verbas às vezes estranhas para ONGS, algumas perdidas no transito.

A cabeça não funcionou, adoeceu e hoje paira como um fantasma na Esplanada dos Ministérios em Brasília.

O tronco está representado pelo Circo do Futebol Brasileiro e Federações estaduais. A entidade maior só tem uma missão, a de ganhar dinheiro com a sua seleção, esquecendo dos clubes que são a razão de ser desse esporte, e garantindo a continuidade no poder por conta de cooptação dos eleitores que ganham mesadas para tal.

Essa parte do corpo foi contaminada pelo vírus da corrupção, que afastou os últimos três presidentes, e perdeu a sua credibilidade.

Com relação as Federações essas fazem parte da segunda parte do tronco. Existem apenas para deleite dos seus cartolas, que as tratam como suas Capitanias, manobrando a sucessão com casuísmos.

Com presidentes longevos, essas perderam o modelo de distinguir o certo do errado. Fazem pouco ou nada pelo futebol. Respondem com um amém a tudo que é emanado pelo tronco maior, e insistem na manutenção de campeonatos estaduais que já faleceram há anos. A sua parte está numa UTI especial, na tentativa de restabelecer uma nova forma de vida, com implantes de novos procedimentos.

Finalmente, os membros, representados pelos clubes. Alguns já falidos, outros no mesmo caminho, e uma parte vivendo como rico, com um carro de luxo na garagem de uma mansão, mas sem dinheiro para gasolina e da manutenção do patrimônio.

Tecnicamente o futebol brasileiro involuiu. Nas últimas três Copas a seleção foi humilhada. Em 2014 levamos uma bonita sova da Alemanha, com um placar que jamais será esquecido, de apenas 7x1.

A maioria dos clubes ainda tem dívidas astronômicas, embora com crescimento de receitas, que caracteriza a ausência de gestão, com um efeito indutor para as  gastanças totalmente desenfreadas, que os transformaram em zumbis modernos na busca de algum lugar para descansar.

Essa é a realidade do atual corpo do futebol brasileiro, em que todos os seus componentes foram vitimados por várias doenças que os levaram para diversos setores dos hospitais, e todos com boletins médicos atestando que estão em estado grave.

Isso tudo no país que tem vocação para o esporte, uma excelente demanda, com grandes patrocinadores, mas que viu o seu maior produto adoecer por conta da ausência de gestores, que foram os responsáveis por todos os acontecimentos nefastos.

A única solução encontrada pelos cientistas do futebol, foi o da criação de um robô inteligente, com troncos saudáveis e membros ágeis, independentes de quaisquer situações, que poderá o levar aos novos rumos.

Comentários   

0 #2 RE: CABEÇA, TRONCO E MEMBROSJOSE OLIVEIRA 26-07-2018 16:21
JJ: Mais um bom artigo sobre o futebol brasileiro. Você utilizou o corpo humano para mostrar as mazelas que estão massacrando o futebol. Precisa de um bom médico para resolver.
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0 #1 RE: CABEÇA, TRONCO E MEMBROSANTONIO CORREIA 26-07-2018 16:16
JJ; Isso é um corpo doente e que necessita de uma mudança radical. O artigos mostra o que acontece no futebol brasileiro. De forma técnica o amigo nos deu uma aula.
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