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Escrito por José Joaquim

Até hoje temos todos os livros da escritora inglesa Agatha Christie bem guardados, como uma lembrança de nossa juventude. Esses tratavam de crimes a serem resolvidos, criavam um suspense, e no final muitas vezes os responsáveis eram os mordomos.

No futebol brasileiro a cartolagem não comete erros, e transformam os treinadores como os mordomos da famosa escritora, culpados nas derrapagens cometidas.

Quantas vezes esfacelam o time nas negociações sem as reposições necessárias?

Na última quarta-feira poucas horas após a derrota do Palmeiras no seu jogo contra o Fluminense, Roger Machado técnico do alviverde foi degolado.

O mais grotesco é que essa demissão ocorreu 24 horas após uma entrevista do diretor executivo do clube na Fox-Sports, em que esse afirmou que o treinador estava totalmente blindado, e que o clube tinha confiança no seu trabalho.

Apesar dos 68,1% de aproveitamento no clube Roger dançou.

Na realidade o que um dirigente de futebol fala, vale tanto quanto um tostão furado, e o que Alexandre Matos verbalizou foram apenas palavras ao vento.

Será que os erros foram apenas do técnico?

Na atual gestão de Mauricio Galliotti, no Palmeiras, em 19 meses já passaram pelo banco 4 treinadores, e de 2014 até agora somam 10, contando com a presença de Cuca por duas vezes.

Todos estavam errados, ou as contrações não foram bem analisadas?

A lista é longa:

Gilson Kleina (2012/2014),

Ricardo Gareca (2014),

Dorival Junior (2014),

Oswaldo Oliveira (2015),

Marcelo Oliveira (2015/2016),

Cuca (2016),

Eduardo Baptista (2017),

Cuca (2017),

Alberto Valentim (2017) e,

Roger Machado (2018).

Os últimos quatro foram demitidos na atual gestão.

Se aplicarmos a famosa lei das probabilidades para tantas saídas, chegaríamos a conclusão que seria impossível que todos tivessem errado.

Obvio que o treinador é uma peça importante na engrenagem, mas a obra é realizada através de um conjunto.

O maior problema é a falta de preparo dos cartolas e dos executivos contratados com relação a contratações de funcionários, desde que o técnico faz parte desse segmento.

Existem pontos importantes para serem observados, que deveriam fazer parte de uma cartilha para a contratação de um comandante. São detalhes a serem analisados, tais como o estilo de jogo, modelos de treinamentos, o trabalho a ser efetuado antes e depois da partida, a gestão do vestiário, e ter experiência, entre outras coisas.

Depois de uma analise interna, o técnico que for aprovado nesses itens poderá ser recomendado a diretoria.

Planejamento no Brasil é uma grande pornografia. Brincam nesse setor e os resultados negativos sempre aparecem.

Os clubes contratam de forma açodada para tentar atender os seus torcedores, e muitas vezes trazem para o comando dos seus times um profissional que não tem o perfil necessário e adequado as suas necessidades.

O problema do futebol brasileiro está ligado ao modelo de gestão que é adotado, que é da época dos dinossauros.

Roger é mais um componente de uma lista extensa de demissões do atual Brasileirinho.

Lamentável.

Comentários   

0 #1 RE: OS CULPADOS SÃO OS TREINADORES CELIO LEITE 27-07-2018 18:22
JJ: Um artigo educativo que deixa ensinamentos. Concordo com tudo que está escrito na postagem. O problema não está apenas nos técnicos e sim nos modelos de gestões.
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