NOTA 1- OS NÚMEROS FAVORECEM O FORTALEZA

* O time do Fortaleza irá terminar o turno da Série B na liderança do Campeonato.

Obvio que ainda não é a garantia para o acesso, mas o histórico da Série B desde o ano de 2006 mostra que das 12 disputas, nove clubes que estiveram na mesma posição do time cearense obtiveram o acesso no final.

Para que isso possa acontecer, tem que ser mantido os percentuais de aproveitamento, para que o sucesso seja obtido.

Apenas três clubes que fecharam o turno na ponta da tabela não subiram para a Série A, Coritiba em 2006, Criciúma em 2007, e o Ceará em 2014.

O tricolor do Picí, se não vencer o Coritiba no final dessa semana, terminará a primeira fase com 34 pontos, a pior da historia da Série B, e isso poderá influenciar no sprint final.

Dos nove times que chegaram na liderança do turno no período de 12 anos, cinco conquistaram o titulo da Segundona: Corinthians (2008), Vasco (2009), Portuguesa (2011), Palmeiras (2013) e América-MG (2017).

Três desses estão entre os chamados grandes.

CLUBES QUE TERMINARAM NA LIDERANÇA NOS ANOS DE 2006/2017

2006- CORITIBA- Não subiu,

2007- CRICIÚMA- Não subiu,

2008- CORINTHIANS- Subiu,

2009- VASCO- Subiu,

2010- FIGUEIRENSE- Subiu,

2011- PORTUGUESA- Subiu, 

2012- VITÓRIA, Subiu,

2013- PALMEIRAS- Subiu,

2014- CEARÁ - Não subiu,

2015- VITÓRIA- Subiu,

2016- VASCO- Subiu,

2017- AMÉRICA-MG, Subiu.

* Números do Jornal O POVO de Fortaleza.

NOTA 2- O VAR DO CIRCO

* O Circo introduziu o VAR como componente da arbitragem no dia de ontem nos jogos da Copa do Brasil.

Sem duvida um avanço, mas na realidade como não confiamos na entidade, o equipamento corre o risco de ser manuseado para outros fins. Esperamos que isso não possa acontecer.

Pelo menos um novo caminho foi aberto para dar mais seriedade ao jogos de futebol. Um santo foi coberto, mas o outro continua nu, por conta do que acontece nos gramados.

A Copa do Mundo poderia servir como exemplo para os árbitros do país, mas nada foi aproveitado.

O jogo de futebol tornou-se chato, os apitadores são desmoralizados durante os 96 minutos.

Qualquer lance motiva uma reclamação agressiva.

Esses são colocados numa roda, levam empurrões e não existe o menor respeito.

Os treinadores ficam no banco pressionando os auxiliares que estão ao seu lado. Quem sofre mais são os reservas.

Por outro lado as simulações aumentaram. O jogador cai quando de um contra-ataque do time adversário, e alguns mediadores ainda estão aceitando esse conto.

O Fair Play está sendo avacalhado pelo sistema.

Os goleiros são os personagens principais para paralisarem o jogo, e assim ganharem alguns minutos. São instruídos nos vestiários.

Quando recebem uma falta, os jogadores pedem cartão amarelo de forma acintosa fazendo o gesto para o árbitro. Quando termina a partida cercam a arbitragem, com a presença da Comissão Técnica.

A Comissão de Arbitragem não toma as devidas providencias.

Treinador é para treinar, jogador é para jogar, mas hoje é apenas para reclamar. As advertências deveriam ser dadas logo na primeira intervenção, e isso certamente iria influenciar nos demais atletas, e em especial no jogo.

Não aguentamos mais jogadores com braços nas costas reclamando do árbitro, fato esse que acontecia no século passado.

Na Europa não acontecem fatos como esses, o futebol é jogado de forma limpa.

O do Brasil é de forma suja.

NOTA 3- DOMINGO PERDE PARA O SÁBADO NA PREFERÊNCIA DO TORCEDOR 

* Com jogos de clubes com maiores demandas sendo realizados aos sábados, os torcedores aprovaram e suplantaram o Domingo que era considerado como o dia do futebol.

Os embalos do sábado à noite futebolístico tem no horário das 21h00 nesse dia como o de maior média de público, com 28.778 pagantes por jogo.

Um tabu que foi quebrado, posto que sempre ouvimos que esse horário era dos bares, restaurantes e boates.

A segunda melhor média nesse dia é a do horário das 19h00, com 21.514 torcedores por partida.

Os jogos das 16h00 ainda não foi aprovado, desde que só contempla a presença de 17.139 pagantes.

Enquanto isso, o antigo dia que era considerado como do futebol tem uma média geral de 17.996 pagantes por jogo.

Por incrível que pareça o horário das 11h00 é o melhor entre todos, com uma média de 19.901 torcedores. A seguir vem os das 16h00 com 18.764, e finalmente o lanterna os das 16h00 com 14.579.

A Segunda-Feira campeã da Rede Globo é abandonada pela torcida, com apenas 9.956 torcedores como média.

São coisas do futebol brasileiro.

NOTA 4- PARA O STJD UMA ATITUDE HOMOFÓBICA É IGUAL A UM SINALIZADOR

* O Campinense foi multado em R$ 1 mil após seus torcedores protagonizarem cenas de homofobia no estádio Amigão em Campina Grande.

Durante uma partida contra o time do Brasiliense no dia 25 de junho, os torcedores chamaram o goleiro do time adversário de ¨Bicha¨, por diversas vezes quando ele ficava com a bola.

O Campinense foi indiciado por ato discriminatório, e punido com multa pecuniária.

A multa foi aplicada pela 2ª Comissão Disciplinar do STJD e cabe recurso ao Pleno do Tribunal.

O mais grotesco é que nessa mesma pauta o rubro-negro de Campina Grande foi apenado no mesmo valor de R$ 1 mil, porque os seus torcedores usaram sinalizadores na arquibancada.

O Brasil é o único país do mundo em que a homofobia tem o mesmo valor do que um sinalizador.

São coisas do futebol brasileiro. 

NOTA 5- O VICE-PRESIDENTE DA COCA-COLA ACONSELHA NEYMAR A DEMITIR O PAI

* O artigo de Ricardo Fort, vice-presidente global de patrocínios e eventos da Coca-Cola, publicado na revista Meio & Mensagem, foi antológico.

Esse criou uma imaginária reunião com Neymar, sem a presença do seu pai e parças, e produziu um dialogo bem interessante. Como é longo inviabilizou a sua publicação, mas separamos alguns textos importantes e criativos.

Fort começou a ¨reunião¨ pedindo a saída de Neymar pai para conversar com o filho em separado.

Neymar o negócio é o seguinte: Eu não entendo nada de futebol e não estou capacitado a te dar nenhum conselho do que fazer nos campos. Isso você sabe muito bem. Você é um fenômeno. Um gênio. Sou um grande fã e torço para o seu sucesso no Paris Saint Germain e principalmente na seleção brasileira.

Gillette e Neymar, riscos e ousadia em um mesmo vídeo.

Mas toda essa gente aí fora não está sendo sincera com você. Você tem um problema sério e, se não se cuidar, vai acabar ficando sem nenhum patrocinador. 

No final no clima imaginário de Fort, esse passou a falar de Neymar pai, ao dizer que chegou a hora de demiti-lo. Não como pai, mas como agente. Chegou a hora de você contratar um profissional para cuidar de sua carreira.

Você é muito valioso para ser tratado assim. Sem falar que ¨Neypai¨ é a denominação mais ridícula do futebol mundial. Chegou a hora de você deixar de ser o ¨Junior¨ e passar a ser o único Neymar no mundo que realmente importa.

Pelo bem de sua marca e do seu futuro comercial, demita o seu pai.

Antológico.

NOTA 6- A DANÇA DAS CADEIRAS, UMA PELADA E UM JOGO DE QUALIDADE

* Na noite de ontem o futebol brasileiro teve de tudo um pouco.

Marcos Paquetá,  técnico do Botafogo, logo após a derrota do time alvinegro por 2x1 em Assunção no Paraguai, contra o Nacional, foi demitido no vestiário do estádio.

Mais um que cai na dança das cadeiras. Comandou a equipe por 5 jogos e sofreu quatro derrotas.

Enquanto isso, acontecia na Baixada Santista em um estádio ocioso, o pragmatismo de uma única bola e o goleiro Fabio deram a vitória ao Cruzeiro por 1x0 contra o Santos, que mesmo desorganizado foi bem melhor do que o adversário. Um placar injusto.

No estádio corintiano em Itaquera, aconteceu uma boa pelada entre Corinthians e Chapecoense, que terminou com uma vitória injusta do alvinegro paulista por 1x0.

O 0x0 refletiria a realidade. 

Finalmente um jogo de qualidade de dois bons times foi realizado na Arena do Grêmio entre o time da casa e o Flamengo.

Metade do primeiro tempo foi do Grêmio que abriu o marcador, jogando com o sistema de pressão que dificultava as jogadas do rubro-negro carioca, que passou a dominar nos 25 minutos finais dessa fase.

O segundo tempo foi de um time só, quando a equipe gaúcha recuou e trancou-se para segurar o placar. O Flamengo pressionava, mas o gol do empate saiu apenas aos 48 minutos fechando o placar em 1x1.

Um jogo intenso, bem movimentado e com um estádio lotado.