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Escrito por José Joaquim

Na quarta-feira de cinzas após o encerramento do Carnaval do Recife, o bairro de Campo Grande e adjacências, recebem nas suas ruas o ¨Bloco dos Irresponsáveis¨.

Na década de 60 em um torneio de futebol de salão, um grupo de craques nesse esporte formaram um time e colocaram o nome de ¨Irresponsáveis da Madalena¨. Jogavam de paletó e gravata, foram campeões. Irresponsáveis apenas na bola, desde que eram pessoas do bem e que na vida foram bem sucedidos.

Nos lembramos desses fatos por conta dos ¨Irresponsáveis Futebol Clube¨, um nova ala do bloco do Sanatório Geral que tomou conta desse esporte no país.

O que aconteceu em um turno do Brasileirinho com relação a dança das cadeiras, é uma total irresponsabilidade de nossa cartolagem. Aliás nunca tivemos uma safra tão bichada como a de hoje.

Os números são indecentes, chocantes, mas servem para mostrar a cultura da irresponsabilidade que se entranhou no futebol brasileiro.

O maior divertimento do cartola atual, não é o de assistir o seu time jogar, e sim de estar presente na famosa dança das cadeiras, mesmo que isso traga problemas de ordem financeira aos seus clubes, por conta de indenizações trabalhistas.

Dezenove técnicos deixaram o comando dos times em 19 rodadas da competição.  Algo que faz parte do inacreditável.

Contratar um treinador é por demais relevante, já que esse terá a responsabilidade de pilotar um barco, que deverá ter uma rota preparada para que não naufrague.

Os cartolas não entendem do sistema necessário, e contratam por contratar, sem que o perfil do timoneiro seja analisado e carimbado com o OK, compatibilizando-o com a carta náutica a ser obedecida. Saída de treinadores e contratações de novos tornou-se um fato normal em nosso país, tão simples como vender banana em feira livre.

Foi criado um sistema de banalidade, e com uma extremada falta de visão dos dirigentes, que ainda não perceberam que as mudanças, na maioria das vezes não resolvem o problema, desde que esse está entranhado na infraestrutura existente nos clubes, sendo, em grande parte, da idade da pedra lascada.

Apenas em seis clubes do Brasileirinho a dança das cadeiras não foi realizada, e não é por acaso que todos estão bem na competição. São Paulo (1º), Internacional (2º), Flamengo (3º), Grêmio (4º), Atlético-MG (5º) e Cruzeiro (8º), sendo que o time Celeste está com o foco nas duas outras competições.

Um  exemplo bem claro que a permanência é salutar.

O grave de tudo isso que mostramos nessa analise é que tal dança é recebida pelo sistema com total naturalidade e analisada de forma simplória, sem o menor conteúdo, e sobretudo na busca das raízes dos problemas, especialmente, por não refletir os prejuízos que cada saída deixa nos cofres dos clubes.

Quando ouvimos uma declaração de que o sistema é uma cultura no Brasil, sentimos que estamos bem longe de algo melhor para o futebol, desde que a irresponsabilidade nunca foi, nem será algo cultural, e a dança das cadeiras é a maior demonstração de que as gestões fazem parte da ala dos Irresponsáveis Futebol Clube.

A demissão de um técnico por rodada é sem duvida, uma doença patológica que tomou conta do esporte da chuteira do Brasil.  

Comentários   

0 #2 RE: OS IRRESPONSÁVEIS FUTEBOL CLUBEPEDRO CORDEIRO 22-08-2018 17:18
JJ: Essa doença que se espalhou pelo futebol do Brasil é o produto da falta de planejamento dos clubes. Contratam técnicos sem uma análise dos seus perfis e no fim dá tudo errado. A dança das cadeiras é a consequência disso.
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0 #1 RE: OS IRRESPONSÁVEIS FUTEBOL CLUBEANTONIO CORREIA 22-08-2018 16:04
JJ: Hoje os cubes tem uma carteira de débitos com os treinadores demitidos. Os dirigentes mandam-nos embora sem nenhum pagamento. Veja o exemplo atual de Nelsinho Baptista que colocou o Sport na Justiça. A dança das cadeiras é uma praga no futebol brasileiro.
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