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Escrito por José Joaquim

Os treinadores brasileiros apresentam um defeito bem visível em seus trabalhos, e isso está destruindo o futebol. Os seus comportamentos à frente das equipes mostram a falta de coragem de ousar na formação tática, dando a preferência ao pragmatismo de resultados, que hoje vem sendo adotado pela grande maioria dos clubes nacionais.

Sabemos, mas não aprovamos que a defesa do emprego motive um mecanismo automático contrário a qualquer opção de mudança, e sobretudo que posam correr o risco com tal procedimento, além das criticas que certamente advirão.

Quem enfrenta desafios não tem medo de errar, pois faz parte do sistema, e nessa atual geração de técnicos ninguém parece disposto a correr qualquer risco.

Voltamos no tempo e encontramos João Saldanha, Telê Santana e Claudio Coutinho, já falecidos, e Pep Guardiola na ativa, que sempre tiveram a coragem de se situarem à frente dos seus tempos, com procedimentos da mudança no comportamento tático do futebol.

Todos ousaram e se tornaram vitoriosos.

Telê Santana até hoje é uma referência no esporte brasileiro, João Saldanha um revolucionário com as suas mudanças táticas, assim como Claudio Coutinho, que para nós continua no patamar mais alto entre os técnicos de nosso futebol. 

No Brasil atual, o mais badalado treinador nacional é Luiz Felipe Scolari, chamado de ¨paisão¨ para os jogadores, mas com uma formação da época de Fred Flintstone.

Pep Guardiola, técnico do Manchester City é o maior representante da ousadia. Mudou o formato do futebol quando dirigia o Barcelona, trocando a tática em pleno jogo, com alterações nas posições dos atletas, e incentivando a troca de passes, que virou moda.

No atual futebol brasileiro não existe ousadia.

Quantas vezes assistimos um time com 11 jogadores contra 10 do adversário, quando os torcedores ficam na espera de uma maior agressividade na formação tática, o treinador resolve se acautelar para garantir o resultado?

Por que um time sempre sofre um apagão quando está com essa vantagem numérica de jogadores? A resposta é simples, os comandantes não sabem proceder com tal situação e se encolhem.

Fomos acostumados com um futebol ousado, que além das vitórias visava o espetáculo, e quando uma equipe ficava com um jogador a mais, os treinadores faziam as substituições certas para explorar as dificuldades dos adversários. Eram ousados, hoje são medrosos.

Atualmente temos mais volantes em campo do que atacantes, que é uma forma de proteção contra as derrotas, e sempre na espera de uma bola única. As partidas ficam modorrentas.

Se discute muito o futebol brasileiro, mas os detalhes maiores são esquecidos, e um desses é o da falta da ousadia, que nos leva a jogos pobres e sem a menor emoção.

A ousadia com responsabilidade poderá trazer de volta o bom futebol de antigamente, quando os clubes queriam vitórias, mas sem relegar a qualidade e o bom espetáculo.

Os torcedores certamente lotariam os estádios. 

Comentários   

0 #2 RE: A FALTA DE OUSADIAANTONIO CORREIA 23-08-2018 17:55
JJ: O futebol de hoje é de resultados. Quanto mais trancado menos perigo. O rubro-negro comentou bem o jogo do Sport que necessitava de virar o placar e permaneceu trocando passes e dando chutões. Sem um sistema tático.
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0 #1 RE: A FALTA DE OUSADIARUBRO-NEGRO 23-08-2018 11:07
JJ: O Sport no jogo de ontem com o placar negativo ficou trocando passes, gastando o tempo como tivesse à frente. Faltou a ousadia de uma jogada individual pelas pontas. O artigo mostra a realidade de nosso atual futebol.
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