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Escrito por José Joaquim

Todas as manhãs conversamos com o jornalista Claudemir Gomes para uma troca de ideias sobre o nosso futebol, e que muitas vezes se transformam em um bom artigo.

Inicialmente sempre perguntamos sobre as novidades desse esporte em nosso estado, e a sua resposta é repetitiva- ¨nenhuma, pois aqui nada acontece¨.

Trata-se de uma verdade.

Um estado com apenas um clube com um calendário cheio, e os demais hibernando, com dois dos seus chamados ¨grandes¨ na Série C Nacional, obvio que o futebol tornou-se depressivo para todos os seus segmentos.

O nosso problema foi o de não evoluirmos na gestão e continuarmos com um modelo superado, sem o planejamento adequado para mudanças de sua consolidação do futuro. Vivem de ilusões, que são vendidas pelos ilusionistas.

Pernambuco futebolístico estagnou, parou no tempo, com pequenas chances de melhorar, desde que o sistema é o mesmo que o levou ao fundo do poço. Os bons projetos não tiveram continuidade, e se perderam em um espaço de tempo bem longo, e o último foi da década de 90, o que demanda 18 anos na espera de uma novidade.

Vivenciamos vários períodos do nosso futebol, os bons e maus momentos. O Náutico na década de 60 tinha um grupo dos Josés que formataram a sua gestão, levando-o à conquista do hexacampeonato estadual, e trazendo para os Aflitos novos torcedores. Foi um período brilhante para o alvirrubro. 

Dez anos após, algo de novo surgiu na década de 70, quando o Santa Cruz viveu uma época de ouro que entrou na sua história, contando com a participação de um colegiado que implementou um novo projeto, e os resultados obtidos demonstram o acerto do modelo.

O hiato foi mais longo, desde que somente vinte anos após, na década de 90, o Sport Recife implantou um novo modelo de gestão, com profissionalismo e obedecendo a um projeto de longo prazo. Sem duvida foi a sua era de ouro.

Por uma feliz coincidência o sucesso nesses períodos dos três clubes teve como força motriz o trabalho de base, e o aproveitamento de talentos da casa e da região. Passaram-se 18 anos e nada de novo aconteceu. Os clubes regrediram, se endividaram, tornaram-se apenas locais, sem conquistas, e sem um trabalho de formação procedido de forma profissional.

O futebol de Pernambuco parou no tempo e no espaço, perdeu a sua grandiosidade e sobretudo o respeito que tinha por falta de projetos e de gestores, que sequer conhecem a sua história que poderia servir como ponto de partida para que algo melhor pudesse ser implantado.

Como poderemos evoluir, se temos que esperar espaços longos para injetarmos no futebol algo de novo?

Uma pergunta que necessita de  uma resposta, pois transformações são coisas de profissionais, e esses estão em falta no mercado.

Com esse presente, não teremos um bom futuro, e o futebol local continuará sendo aquele que nada de novo acontece.

Os nossos cartolas são adoradores das mesmices, e com os seus erros, estão transformando esse esporte em algo depressivo.

Comentários   

0 #1 RE: O DEPRESSIVO FUTEBOL DE PERNAMBUCORUBRO-NEGRO 12-09-2018 15:38
JJ: O titulo do artigo fala por tudo. O futebol de Pernambuco entrou há muitos anos em fase de depressão. O último bom momento dos clubes foi no SPORT do qual o amigo participou. Esse artigo é uma aula.
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