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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- BONS PÚBLICOS E POUCO FUTEBOL

* A 25ª rodada manteve o bom público das anteriores, com 233.526 pagantes, com uma media excelente de 23.356 por jogo.

Apesar disso, nove dos jogos realizados tiveram pouca qualidade, com times escalados com três zagueiros, três volantes, proibindo os gols. O que salvou a rodada foi o jogo de ontem entre a Chapecoense e Internacional.

Foram 19 gols com uma média de 1,9 por partida.

O futebol que está sendo jogado em nossos gramados vai terminar espantando os torcedores, desde que os times estão jogando com muros à frente das defesas, e os empates e resultados diminutos tomaram conta.

Nessa rodada os mandantes venceram seis partidas, e com quatro empates. Um campeonato de abarrancados.

No TOP 10 somente o Grêmio e Corinthians venceram. São Paulo, Palmeiras, Flamengo, Atlético-MG, Cruzeiro e Santos empataram, e o Fluminense e Internacional foram derrotados.

Na parte mais baixa, apenas o Ceará, Botafogo e Atlético-PR e a Chapecoense tiveram vitórias, enquanto América-MG, Sport, Vitória e Paraná foram derrotados. Bahia e Vasco empataram.

Foram realizadas 249 partidas, com 134 vitórias dos mandantes, 42 dos visitantes e 73 empates. O placar de 1x0 aconteceu por 47 vezes, o 1x1 por 33 vezes e o 0x0 foi anotado em 30 jogos.

A média do público estabilizou com 18.230 pagantes por jogo.

Tal fato é sem duvida a única coisa boa que está acontecendo no atual Brasileirinho.

NOTA 2- EM PLENA RETA FINAL DA SÉRIE B A DANÇA DOS TÉCNICOS CONTINUA

* O futebol brasileiro é inigualável em suas lambanças. Entre essas a dança dos técnicos que continua em vigor na Série B Nacional.

Na fase do desespero os clubes continuam tocando a musica, tirando as cadeiras e demitindo técnicos. Nesse final de semana duas cabeças rolaram. Doriva no CRB e Tcheco no Coritiba.

O clube paranaense é recordista na dança das cadeiras, com quatro demissões na temporada enquanto o time alagoano concretizou a terceira. Isso faltando apenas 11 rodadas para o final da competição.

O Coxa irá tentar o impossível sob o comando de Argel Fucks, o de chegar ao G4. Pelo andar da carruagem tal fato não irá acontecer nem que a vaca tussa.

Por outro lado o CRB vendo o rival com as chuteiras na Série A, e depois de voltar para a zona do rebaixamento foi buscar Roberto Fernandes como a sua tábua salvadora.

Na verdade os dois clubes estão pagando por suas péssimas gestões, e mudar de comando até hoje nada resolveu.

Ambos estão apostando em técnicos com perfis idênticos que usam a força dos gritos com os seus jogadores.

Se isso valesse esses técnicos seriam convocados para a seleção do Circo.

Com essas duas danças, são 25 técnicos degolados em 27 rodadas da competição.

Isso é o futebol do Sanatório Geral, e da ala do Bloco dos Napoleões retintos.

NOTA 3- A DANÇA DOS MÉDICOS DO GRÊMIO

* Um novo modelo da dança das cadeiras foi adotado pelo Grêmio, ao demitir os médicos do seu departamento do futebol profissional. Dançaram Marcelo Bolzoni e Felipe Castro.

Segundo as mídias gaúchas a medida foi para atender o técnico Renato Portaluppi que a cada dia que se passa está mais forte no clube, com amplos poderes.

As saídas tem relação com as lesões de Jael e André.

No caso de Jael, a demora para a realização da cirurgia causou desconforto. O jogador precisava passar por uma artroscopia no dia 10, mas teve que esperar pelo retorno do médico Bolzoni que estava viajando. A demora incomodou o treinador.

A chamada gota d'água teria sido a lesão de André, que queixou-se de dores musculares antes do Gre-Nal, mas que acabou sendo liberado para o jogo, e dias depois teve constatada a lesão que irá tira-lo dos gramados por 15 dias, inclusive da Copa Libertadores.

Na verdade a pressão é muito grande da parte dos treinadores, que querem os jogadores prontos para os jogos, e os médicos são chamados para realizarem milagres, e terminam pagando quando os resultados não são positivos.

São coisas do futebol brasileiro.

NOTA 4- A FIFA E AS MUDANÇAS NAS REGRAS DE TRANSFERÊNCIAS DOS ATLETAS

* A FIFA estuda algumas alterações nas regras das transferências de jogadores, cujo mercado movimenta R$ 30 bilhões por ano.

Um dos itens é o de referenciar os valores de transferências a um algoritmo de Valuation, com uma penalidade acima desse valor.

Outros pontos estão sendo discutidos, tais como: 

Limitar o total das contratações por clubes durante a temporada,

Criação de uma nova certificação para os agentes,

Criação de um passaporte digital para os jogadores, para assegurar o pagamento do mecanismo de solidariedade ao clube formador,

Limitar salários em relação ao faturamento dos clubes,

Criação de Câmera de compensação independente para registrar as transferências e,

Limitar as comissões dos agentes a 5% do valor das transferências.

Na realidade um avanço, mas irá encontrar barreiras pela frente, em especial dos agentes.

NOTA 5- UM BASTA A ANARQUIA NO FUTEBOL

* Um jogo de futebol no Brasil transformou-se em um produto da anarquia.

Dirigentes, técnicos e jogadores pressionam os árbitros sem o menor constrangimento.

Qualquer marcação surge uma roda em torno do mediador, e na maioria dos casos sem motivo.

Reclamam de forma exacerbada, ameaçadora, e os árbitros assistem de forma passiva, quando tem em mãos o mecanismo de dar um basta nessas atitudes.

Os técnicos passam os 90 minutos e mais os acréscimos reclamando junto aos auxiliares. Justificam os erros dos seus clubes jogando para a plateia culpando os apitadores. Já virou uma rotina.

As brigas entre os atletas estão se tornando usuais, transformando os gramados em octógonos de UFC.

O mais grave do processo está no final da partida, quando cercam a arbitragem para reclamações acintosas e quase à beira da violência.

No último jogo entre Santos e São Paulo, Cuca, técnico santista teve seus momentos de glória junto a torcida quando ficou desacatando Ricardo Marques no meio do campo, por conta de ter encerrado o jogo sem esperar o contra-ataque do time santista.

A medida foi correta, desde que esse tinha dado mais um minuto para a cobrança da falta contra o São Paulo, e logo após encerrou o jogo.

Além de Cuca os jogadores do Peixe o cercaram.

Assistimos diversos jogos do futebol europeu, e a única aproximação dos atletas junto aos árbitros  é para cumprimenta-los. Nada mais. No Brasil é para agredi-los.

O problema é que temos uma entidade desmoralizada que não tem coragem de resolver o assunto, que sem duvida é muito simples com a utilização dos cartões.

Reclamou um cartão, e na segunda vez uma expulsão.

Outro fator que desmoraliza o comando do jogo são as simulações dos jogadores, para ganhar tempo, em especial os goleiros que são atendidos no campo. Esse modelo já faz parte das táticas explicadas nos vestiários.

São detalhes que apequenam o futebol brasileiro, e ajudaram em muito para a sua decadência, que só não é observada por uma mídia alienada.

NOTA 6- EM UM GRANDE JOGO A CHAPECOENSE AJUDA O SÃO PAULO E AFUNDA O SPORT

* Os jogos do final de semana pela 25ª rodada não deixaram boa impressão nos torcedores.

A salvação aconteceu na noite de ontem por conta da partida entre a Chapecoense e o Internacional, que foi sensacional, com emoções até o apito final.

Um jogo com a marcação de três pênaltis, com uma boa arbitragem e dois times buscando a vitória por 97 minutos.

O Colorado de pênalti saiu á frente do marcador, quando o time da casa estava melhor na partida. O Verdão não amofinou-se com o placar e intensificou o volume do seu jogo empatando a partida. A Chapecoense manteve o volume de jogo, inclusive com maior posse de bola.

A primeira fase terminou com o empate de 1x1.

No segundo tempo a pressão do time de Chapecó continuou e aos 36 minutos o jogador do Inter, Victor Cuesta, com as mãos impediu que a bola tivesse continuidade, e o árbitro com a ajuda do samambaia anotou o pênalti.

Leandro Pereira que tinha marcado o primeiro gol, conseguiu anotar o segundo.

As emoções não pararam, quando o Colorado partiu para o tudo ou nada, e conseguiu a marcação de um pênalti aos 47 minutos, que foi cobrado por Leandro Damião e com a defesa do goleiro Jandrei.

Os Deuses do Futebol não abandonaram o time que foi melhor, que proporcionou um dos melhores jogos do Brasileirinho, e que não merecia o empate.

Com esse resultado, a Chapecoense ajudou o São Paulo que assumiu a liderança com dois pontos de diferença para o Internacional e ao mesmo tempo afundou mais ainda o Sport que independente dos resultados da próxima rodada irá continuar na zona da degola.

Por outro lado, a alegria do Ceará durou 48 horas, quando retornou a zona da degola por conta da subida da equipe catarinense.

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