blogdejjpazevedo

BlogdeJJPAzevedo.com

Escrito por José Joaquim

Assistimos diversos jogos da Série A do futebol brasileiro no final de semana, fechando o ciclo na última segunda-feira, com Chapecoense e Internacional.

O que vimos com exceção desse último foi um futebol macambúzio, com uma tristeza e um mau humor sem limites.

Times fechados, retrancas com zagueiros e volantes em excesso, e ataques inoperantes, chutões para o alto e as bolas Infraero voando sobre os gramados.

A troca de passes que era o sonho de todos os treinadores, está sendo substituída pela única bola. Todos estão querendo jogar nesse sistema.

O time já entra em campo com um objetivo de apenas não perder, impedir que o adversário jogue e se possível ganhar. A vitória é o último ponto a ser alcançado.

O número de faltas dos jogos em nossos gramados é o dobro ou o triplo do que acontece no futebol da Europa. O modelo aodotado é o de paralisar e intimidar a equipe contrária.

A prática do carrinho que quase desapareceu em outros países, tem no Brasil um grande centro de atuação. Tal procedimento é usual nas partidas realizadas, sob os olhares amigos da arbitragem.

São tantos volantes que nos fazem pensar que os times são das montadoras de veículos. O volante não tem mais a técnica, tornou-se um brucutu de carteirinha, com gosto de sangue na boca e que parte para os adversários como um vampiro na busca do alimento.

Alguns jogos são grotescos, daninhos, sem a qualidade de ponta a ponta. Os jogadores se forem colocados em uma batedeira industrial não sairá um único que tenha aparência com um craque.

O processo de autofagia que tomou conta do esporte da chuteira tem como responsável a relação entre o cartola e o treinador, sendo que o segundo vive pendurado no fio de um arame, para atender os desejos do seu chefe.

Como vivenciamos um futebol brasileiro bem diferente, de muitos gols, de muito brilho, e sobretudo com uma multidão de talentos, ficamos penalizados com uma nova geração, que tem de se contentar com o que recebem, um produto ruim, jogadores medianos, e com a gravidade, metidos a craques.

O craque brasileiro desapareceu já por um bom tempo, e hoje temos que conviver com o novo jogador, o do twitter, das páginas de celebridades, e de um futebol mequetrefe.

No último encontro da 25ª rodada, vimos uma tênue luz no fundo do poço, quando Chapecoense e Internacional fizeram uma boa partida e com o objetivo de uma vitória. A bola rolou satisfeita no gramado da Arena Conda.

O culpado pelo início da decadência técnica do futebol brasileiro foi Luiz Felipe Scolari, com a seleção de 2002, em que foi introduzido o sistema do futebol pragmático, e com a conquista do título a praga dizimou-se e até hoje somos suas vítimas.

Adicionar comentário


Código de segurança
Atualizar