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Escrito por José Joaquim

Na última quarta-feira tivemos a comprovação que estamos certos quando mostramos a situação precária do futebol brasileiro.

No período da tarde assistimos um jogo pela Liga Inglesa entre Liverpool e Arsenal, que foi decidido na cobrança de penalidades, após o empate de 5x5. O que mais nos empolgou é que 90% dos jogadores que estavam no gramado eram jovens, sub-20, inclusive entre esses um brasileiro do Arsenal, Gabriel Martinelli, que foi um dos protagonistas da partida. Um jogo bom de se ver.

No período da noite assistimos alguns jogos do Brasileiro, e ficamos com a certeza de que a Espanholização fincou definitivamente as suas raízes. O alviverde atropelou o São Paulo, enquanto Atlético-MG, Vasco da Gama e Fluminense eram derrotados por clubes menores.

Sobre essas derrotas, mais uma vez vamos ao contrário do nosso jornalismo esportivo quando afirma que esses times jogaram mal, quando na verdade os vencedores é que jogaram bem.

A diferença de pontuação na tabela de classificação é pornográfica, e que mostra de forma clara que o nivelamento está por baixo, e o número de times grandes, como eram chamados, caiu de 12 para apenas quatro numa analise "boazinha".

Qual a razão de tal debacle?

Óbvio que as gestões dos clubes na sua grande maioria foram fatores para que isso acontecesse, mas o fundamental está na distribuição dos recursos dos direitos de transmissão, quando poucos recebem muito, e a maioria recebem migalhas.

Na realidade nenhum clube é obrigado a concordar com as regras determinadas, mas como vivem na penúria o que entra serve para cobrir alguns buracos. Falta a coragem para um desafio, e preferem assumir uma posição masoquista. Existem apenas para fingirem que fazem futebol. Um eterno jogo de mentirinhas.

O silêncio e a entrega são visíveis, posto que não ouvimos nenhum protesto dos clubes profissionais, contra o modelo de distribuição de receitas, contra a corrupção ou, ainda, pela grande maioria ser sazonal e sem nenhuma perspectiva do futuro.

Infelizmente o futebol brasileiro não tem voz, e uma boa parte dos seus clubes faz parte de um sistema de mortos vivos, submissos do poder.

O final da quarta-feira foi sem duvida o retrato do nosso esporte com a entrevista coletiva de Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, um verdadeiro torcedor de uma organizada. Palavras nada mais do que palavras, sem o menor conteúdo para justificarem a sua péssima gestão. 

O alvinegro sem duvida merece muito mais pelo que representa nos esportes do país.

Da maneira que estamos seguindo, no final do século a disputa entre Flamengo e Palmeiras irá estar em pleno vigor, e os demais clubes chorando pelo leite derramado, a não ser que aconteça um tsunami.

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