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Escrito por José Joaquim

O modelo do futebol brasileiro é ditatorial, com as resoluções feitas de modo unilateral, sem uma consulta aos segmentos interessados. O maior exemplo é o calendário do Sr. Flores, que tem um nome bem latino americano.

O escritor colombiano Gabriel Garcia Marquez, em seu discurso no recebimento do Prêmio Nobel da Literatura, traçou o perfil de nosso continente, e nos ajudou a entender a razão do que acontece hoje.

O culto da personalidade sempre fez parte de seus governantes. Um general ditador do México, Antônio Lopez de Santana, promoveu um velório magnífico para enterrar a sua perna direita que perdeu numa guerra. 

Um outro general, Garcia Moreno, governou o Equador durante um período de dezesseis anos como monarca absoluto, e seu cadáver foi velado com o uniforme de gala e sua couraça de condecorações sentado na poltrona do gabinete presidencial.

Esse espírito da América Latina está bem perto de nós, com o getulismo, a ditadura militar pós-1964, de um Brasil do "Ame-o ou Deixe-o", quando até um presidente de plantão escalou o time da seleção, convocando jogadores.

No Continente tivemos o peronismo, depois na mesma Argentina a ditadura militar, com extensão para o Uruguai, Paraguai, Bolívia, Peru e, a do Chile que foi uma das mais duras e sangrentas.

Uma geração foi forjada no sentimento do personalismo e das forças das armas, inclusive alguns dos atuais dirigentes de nosso futebol, que não gostam do sistema democrático e atuam de forma ditatorial.

Qual o filiado do Circo que conhece os contratos firmados pelos seus cartolas? Qual os clubes filiados às Federações já conseguiram ler os seus documentos contábeis e contratos? Qual o torcedor tem conhecimento dos contratos dos seus clubes, das negociações com jogadores?

São segredos de Justiça, que ficam trancafiados nas mãos de poucos ungidos, numa ausência total de algo muito importante para todo o segmento, a transparência.

Quando se esconde documentos, certamente esses devem embutir algo de errado, que deve ser o caso do Circo, que chegou a ingressar no STF, com um pedido de liminar para não apresentar os seus contratos, em especial os valores encaminhados para as federações estaduais.

Tudo isso numa entidade séria deveria ser publicado no site, mas como vivemos a ditadura esportiva, os documentos ficam guardados a sete chaves.

O Brasil ainda vive com adoradores de um culto à personalidade.

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