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Escrito por José Joaquim

Quem acompanha o nosso blog teve a oportunidade de ler diversos artigos sobre a estagnação do público do futebol brasileiro. 

Os estádios (contando-se com as novas arenas) em 2017, tiveram uma ocupação de 39% de suas capacidades, ficando com 61% de ociosidade, o que demonstra de forma cristalina que existe algo de errado na formatação desse esporte, e que os nossos anestesiados não conseguem ou não desejam enxergar.

Não vamos proceder com comparações com o futebol da Inglaterra (90% dos assentos ocupados), e da Alemanha, com um pouco mais em seus percentuais, desde que os nossos dirigentes não conseguem analisar as razões para as lotações dos estádios desses países, e  pelo menos tentar aplicar algo parecido nos eventos brasileiros.

Desde o início do Campeonato Brasileiro no ano de 1971, só tivemos quatro médias acima de 20 mil, 20.360 nesse primeiro ano (1971), 20.792, no ano de  1980, 22.953, em 1983 e, 20.872, em 1987 (Copa União).

Trinta anos após esse evento (1987), o nosso futebol não conseguiu chegar a tal patamar, mesmo com novos estádios e com as melhoras nos antigos.

No período da era dos pontos corridos, à partir de 2003, a oscilação ficou entre os 10 mil a, no máximo 17 mil torcedores. 

O que acontece no futebol brasileiro?

A população aumentou, o poder aquisitivo melhorou, e os estádios com 61% de ociosidade.

Existem alguns fatores que poderão explicar o problema, e entre esses a falta de credibilidade do seu comando, que está mais para as páginas policiais do que esportivas, e o discutido calendário, que trabalha com quantidade de jogos sem uma visão da qualidade do produto futebol.

O Brasileirão que é sem nenhuma duvida o seu maior evento, mas sofre uma concorrência interna com a sobreposição de competições.

Mistura-se Libertadores, Copa do Brasil, Sul-Americana e no final os clubes tem que optar por uma dessas, abrindo mão dos seus titulares e colocando reservas, ou times mistos em alguns jogos.

Certamente isso se reflete na presença de público.

Por outro lado  sabemos muito bem que o torcedor não deixou de gostar do futebol, mas a violência urbana, hoje muito ligada ao esporte, foi incrementada, e esse pensa por duas vezes se deve ir a um estádio acompanhar o seu clube.

A selvageria que foi mostrada ao mundo, no jogo entre Flamengo e Independiente é sem dúvida uma amostra do perigo que ronda o futebol. Mesmo com as novas arenas, os torcedores continuam sendo tratados como gado de corte, pronto para ir para o abate.

Os próprios órgãos de segurança os tratam como marginais, com uma repressão exorbitante, com cavalos, cassetetes, cachorros, além das bombas de efeito moral. Misturam no mesmo saco, os bandidos e os bons torcedores.

Falta um bom transporte publico para a ida ao jogo, um melhor atendimento nas dependências dos estádios, para que possa sensibilizar os seguidores.

A desorganização das diversas competições, aliada aos diversos problemas com a segurança, motivam a escolha das poltronas, deixando de lado os assentos dos estádios.

Esse esporte tem demanda, mas falta-lhe o principal, a competência na formatação das competições, inclusive da seriedade, para que sejam evitadas as desistências de alguns clubes como aconteceu na temporada que acabou de encerrar.

O futebol brasileiro precisa o quanto antes se reciclar, para que o futuro possa ter uma participação pelo menos próxima aos eventos dos países desenvolvidos.

Para que isso possa acontecer, certamente haverá uma necessidade de uma operação Lava Bola, que é fundamental para que possamos voltar a ter um esporte da chuteira com melhor qualidade. 

A realidade de hoje é que o torcedor vive acuado, preferindo outras opções de entretenimento, ou então, as poltronas de suas casas, ou de bares e restaurantes.

Comentários   

0 #1 Torcedores CurradosBeto Castro 20-12-2017 13:26
Na verdade, após serem acuados, os torcedores foram currados pelas gangues em delação por estupros triplamente qualificados.
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