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Escrito por José Joaquim

Embora a bola esteja rolando na Rússia não vamos deixar de lado o futebol brasileiro, e nesse hiato de parada forçada vamos analisar as razões da queda de um esporte que já foi a alegria do povo.

Por várias vezes afirmamos que para se ter um bom jogo de futebol não é necessários a presença de 22 craques nos gramados, e sim um conjunto com vontade de jogar e sobretudo de ganhar a partida.

Os gramados brasileiros se transformaram em palcos das antigas comédias pastelão, especialmente as do cinema mudo. Provocavam risos a quem as assistiam.

Hoje os treinadores adotam a tática  dos biarticulados à frente as defesas dos seus times para que possam pelo menos garantir o 0x0. O jogo ficou travado e sem emoção.

Os 90 minutos normais estão sendo acrescentados em pelo menos com mais 8, como compensação por conta das paralizações.

Os atletas são simuladores profissionais, esquecem a bola e ficam caindo em qualquer jogada quando o seu time está na vantagem para que o tempo possa correr.

Nos vestiários as cenas são combinadas.

Por outro lado a arbitragem é trágica, e está entregue aos atletas que na verdade comandam a partida. As reclamações passam do limite.

Não existe mais respeito, e está faltando apenas uma agressão física que está próxima de se consumar.

No último jogo Palmeiras x Flamengo um atleta do alviverde no meio da batalha campal instalada deu um empurrão pelas costas de um dos componentes da arbitragem. O grotesco é que esse sentiu, virou-se e fez que nada aconteceu.

No Brasil não se joga mais futebol. Os componentes de um jogo fazem graça para as arquibancadas.

Os árbitros sem um mínimo respaldo de fora são os diretores das comédias tipo pastelão que são apresentadas em diversos palcos brasileiros. O medo de não serem mais escalados impera.

Se esses tivessem um comando com credibilidade, que determinasse a maneira de acabar com essa avacalhação na certa o modelo iria ser extirpado.

Hoje os jogadores reclamam de tudo de forma acintosa, e os árbitros aguentam calados sem as devidas providencias.

Na ideia de não prejudicarem as partidas não usam os cartões e são desmoralizados.

Se reclamar mesmo no inicio da partida deve ser apresentado um cartão amarelo, e se for de forma grosseira, o vermelho.

Com relação ao cai-cai, os simuladores deveriam ser apenados com cartão, e com uma boa demora na espera de regressar ao campo de jogo.

Nada disso observamos nos diversos campeonatos europeus, quando os atletas entram em campo para participarem de um jogo, não de uma comédia.

O numero de faltas em uma partida é exacerbado. Algumas superam a casa dos trinta, enquanto na Europa se passar das dez, algo deve estar errado.

São detalhes que vão se acumulando e por conta da omissão de uma entidade não confiável nada é feito para que possa se dar um basta.

Comédias pastelão fizeram parte da história do cinema, e muitos anos após estão sendo a maior alegria do futebol brasileiro.

Lamentável.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- UM JOGO DIGNO DE UMA FINAL

* Espanha e Portugal salvaram o dia de ontem ao realizarem um jogo com cara de final, desde que os dois anteriores foram fracos e sem muitas emoções.

O Uruguai sofreu muito para derrotar o Egito com um gol do zagueiro Gimenez no último minuto da partida. O valente time egípcio, sem a presença de Salah, o seu melhor jogador, conseguiu segurar a equipe uruguaia no primeiro tempo com uma boa marcação.

Essa etapa teve um futebol fraco, que veio a melhorar no segundo tempo com o crescimento da equipe sul-americana e a persistência da seleção do Egito.

O placar de 0x0 estava sendo firmado quando saiu o gol vitorioso do time Celeste, que anteriormente teve algumas chances que ficaram nas mãos do goleiro adversário.

O segundo jogo foi de péssima qualidade, com o Marrocos um pouco melhor do que o Irã, mas terminou sendo derrotado por 1x0 com um gol contra.

Nada a comentar sobre essa partida.

Logo após tivemos o espetáculo Ibérico entre Espanha e Portugal, com seis gols marcados, um empate de 3x3, com jogadas bonitas e um futebol do mais alto nível.

Os dois times mostraram que estão em um patamar bem mais alto do que a maioria dos disputantes da Copa da Rússia, e o time Luso embora sem estar entre os favoritos mostrou que poderá chegar bem mais longe.

Os dois times mostraram que mesmo em uma competição curta se pode jogar um excelente futebol.

Cristiano Ronaldo foi o nome da partida com três gols marcados.

Os matemáticos de plantão que reduziram a capacidade de reação da Espanha por conta da saída do treinador, devem estar com os seus computadores ligados refazendo os seus cálculos.

Na realidade o que já tínhamos afirmado numa outra postagem, uma competição de sete jogos fica impossível de uma análise para a formatação de prognósticos, pois algumas variáveis acontecem.

Um exemplo, quem iria calcular que um dos melhores goleiros do mundo, De Gea, fosse engolir um frangaço e quase prejudicar o seu time?

A seleção espanhola pelo que jogou continua favorita. 

NOTA 2- O PEDIDO DE IMPEACHEMENT DO PRESIDENTE DO SANTOS

* Com 73 assinaturas de Conselheiros do Santos foi protocolado um pedido de impeachement contra o presidente José Carlos Peres.

Esse se baseia no relatório que foi apresentado pela Comissão Fiscal do clube, que relacionou uma série de irregularidades, inclusive com a contratação de empresas fantasmas.

A negociação com um atleta equatoriano de 17 anos, é outro motivo. O garoto cujo nome não foi revelado foi contratado em fevereiro por US$ 350 mil do Manta Fútbol Club e deverá se apresentar em agosto.

Apesar de 100% do investimento ter sido feito pelo Santos, depois do acordo foi descoberto que 30% do lucro futuro ficaria com a empresa H. Talent que já tem história nebulosa na agremiação.

Por outro lado, os Conselheiros mostraram que as determinações do Conselho Fiscal não estavam sendo cumpridas pela atual diretoria, que continuou a pagar comissões à empresários de alguns jogadores por conta das renovações de seus contratos, que não é justificável.

Esse é o futebol brasileiro que as mossas mídias não conhecem, ou escondem. 

NOTA 3- O FBI E O ASSESSOR DO CIRCO

* Alexandre Silveira era o homem forte de Ricardo Teixeira quando na presidência do Circo do Futebol Brasileiro. Era assessor especial dessa entidade, cargo esse que continuou ocupando até hoje.

É o homem que blinda os seus dirigentes.  

Os presidentes das federações estaduais quando queriam falar com Teixeira tinham que passar pelo crivo de Silveira.

Somos testemunhas de tal fato.

Hoje é empresário, dono de várias academias no Rio de Janeiro.

O interessante é que ele estava se preparando para seguir com destino a Moscou junto com a cartolagem da Barra da Tijuca, foi aconselhado pela cúpula a não realizar essa viagem, desde que seu nome foi citado várias vezes nas investigações do FBI no escândalo FIFAGATE.

Será mais um asilado no próprio país como Teixeira e Del Nero.

Só mesmo no futebol brasileiro isso pode acontecer.  

NOTA 4- O MAU USO DAS REDES SOCIAIS AMEÇA A DEMOCRACIA

* O Brasil extrapola no mau uso de suas redes sociais que não são utilizadas de forma democrática. 

Aliás algumas dessas ameaçam a democracia.

O meia D'Alessandro do Internacional foi vitima de publicações que espalharam boatos sobre a sua vida pessoal.

O atleta Colorado tomou uma atitude correta e corajosa ao procurar a via judicial para identificar os levianos que maldosamente usaram as suas redes para tais fins.

Na realidade todos aqueles brasileiros que são expostos por pessoas sem caráter nas redes sociais deveriam agir dessa maneira.

D'Alessandro na sua solicitação que foi encaminhada à Delegacia competente, deixou autorizado que a punição pecuniária que poderá ser dada aos infratores seja direcionada para entidade beneficente.

Na verdade a sociedade brasileira precisa dar um basta a tais publicações, que são feitas por pessoas que recebem para tal, e que as utilizam para afrontar a democracia.

Os responsáveis se escondem no anonimato.

NOTA 5- PAGANDO PARA JOGAR

* O futebol brasileiro do Cel. Nunes é surreal. O inacreditável faz parte de seu cotidiano.

Em que lugar do mundo clubes pagam para jogar? 

Somente no Brasil que é um país que faz parte do aleatório.

De acordo com o site sr.goool, quatro clubes, nas 12 rodadas que já foram realizadas no Brasileirinho tiveram prejuízos nos movimentos financeiros.

América-MG -R$ 237.086.15,

Fluminense -R$ 285.041,27,

Vasco- -R$ 412.727,73 e,

Botafogo- -R$ 1.242.664,50.

Por uma coincidência três desses são do futebol carioca.

No caso do tricolor carioca o vermelho só não é maior por conta de ter negociado o seu jogo contra o Flamengo para o Mané Garrincha.

Um fato que deve ser destacado, é de que o Fluminense jogou cinco vezes no Maracanã, e em quatro jogos teve prejuízos, e só um apresentou lucro, o do São Paulo, com R$ 33.140,00.

Esse estádio tem sido positivo para o time do Flamengo, mas está se tornando o tumulo do tricolor das Laranjeiras.

Para que as receitas e despesas empatem, torna-se necessário 18 mil pagantes, algo que não vem acontecendo e dificilmente irá acontecer.

São coisas do belo futebol brasileiro, cuja entidade só pensa em sua seleção e esquece o mais importante que são os clubes. 

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- COMEÇOU A COPA

* A cada quatro anos um filme se repete no planeta bola.

Trata-se de um replay: rombos no orçamento, uso indiscriminado de dinheiro público, pressa para entregar estádios que terão pouca utilidade no futuro.

O custo aproximado dessa Copa que está sendo realizada na Rùssia, segundo o Comitê Organizador Local é equivalente a 40,5 bilhões, sem retorno.

Um desfile de abertura padronizado com a presença de Ronaldo que é biscoito de festa, e sem um chefe de estado importante, que deixaram Vladimir Putin isolado, embora os torcedores que estavam no estádio o aplaudiram. Se não o fizessem estariam agora presos, desde que existe na atual Rússia um democracia consentida.

Da América do Sul, apenas dois presidentes, Evo Morales, da Bolívia e Horácio Cartes, do Paraguai.

Ambos sem uma grande representatividade.

Com relação ao jogo de abertura, colocaram um Íbis para adversário do dono da casa,  o time da Arábia Saudita, cujo futebol é da época da idade da Pedra.

Os russos não tonaram conhecimento e dançaram o balé com uma goleada de 5x0, que deixou um pepino para o Egito e Paraguai que terão que golear também esse frágil adversário.

A seleção da Rússia estava em jejum de 16 anos sem vencer um jogo na Copa do Mundo.

O jejum acabou, embora o adversário fosse frágil essa jogou um bom futebol que lhe deu um bom saldo de gols.

Felizmente a FOX-Sports está transmitindo essa Copa, que nos livrou de Galvão Bueno e seus companheiros, embora Zinho e PVC como comentaristas enchem até pneu de trator.

Mas em nome do futebol fomos para o sacrifício e aguentamos até o final.

São coisas da vida.

NOTA 2- OS MANDANTES VOLTARAM A MANDAR NA 12ª RODADA DO BRASILEIRINHO

* O Santos foi o herói da resistência ao ser o único visitante a obter uma vitória na 12ª rodada do Brasileirinho.

Foram 5 vitórias dos mandantes, 4 empates e uma única e solitária conquista de um visitante.

Os mandantes voltaram a mandar no futebol dos abarrancados.

O melhor público foi do jogo entre o Palmeiras e Flamengo (36.882), seguido pelo do encontro entre Atlético-MG e Ceará (19.773), sendo que esse estava na capacidade do estádio, São Paulo x Vitória (20.456), Internacional x Vasco (19.733) e, do Sport x Grêmio (19.497).

A torcida do Leão tem prestigiado o seu time.

Três partidas tiveram públicos menores do que 10 mil pagantes: Fluminense x Santos com um Maracanã vazio (6.745), Paraná x Cruzeiro (5.131) e América-MG, 4.894.

O público total da rodada foi de 160.276, com a média padrão de 16.028 pagantes por jogo.

Foram anotados 18 gols, com uma média por partida de 1,80.

O Brasileirinho terá um recesso de 42 dias, e os torcedores terão que se contentar em ouvir os ufanistas de plantão nos jogos da Copa do Mundo.

Haja sofrimento, em especial nas educativas entrevistas coletivas, onde o português é arranhado à todo o momento.

Pelo menos a Série C irá continuar e como temos três representantes o futebol local não será esquecido.

Teremos um ex-classico das emoções no dia 18 entre o Santa Cruz e Náutico. 

NOTA 3- IL DOCE FAR NIENTE! 

* O presidente da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro Bastos, está afastado do Circo do Futebol Brasileiro por conta do processo eleitoral, assim sendo não aceitou o convite para viajar no voo da alegria dessa entidade para assistir a Copa do Mundo da Rússia, mas todo pomposo organizou o seu e mandou para o país de Putin 13 dirigentes da federação.

Tudo isso às custas das taxas cobradas aos filiados.

Ficarão 14 dias na ¨Il Dolce Far Niente¨, e se desejarem ficar até o final terão que arcar com as despesas. A FPF pagará apenas uma hospedagem até o fim do torneio, e é obvio que o felizardo será o cartola chefe.

Na nossa época de Universidade, tínhamos o que chamávamos de ¨lunfas¨ que eram os agregados as delegações que iriam participar dos Jogos Universitários Brasileiros. 

Tantos os do Circo como os paulistanos, são os ¨lunfas¨ dos tempos modernos.

O Brasil não muda, e o que acontecia há mais de 50 anos hoje se repete.

Estão na Dolce Far Niente e o futebol morrendo de inanição.

Uma vergonha.

NOTA 4- O FUTEBOL COMO ELE É!

* Embora o futebol de hoje seja previsível por conta das diferenças financeiras, onde os mais ricos sempre conquistam os título, o pouco percentual do imprevisível acontece.

Temos dois exemplos distintos no atual Brasileirinho no tocante as participações dos dois times gaúchos.

Nem os colorados mais otimistas iriam projetar uma arrancada como a que está acontecendo com o seu time. A vitória sobre o Vasco por 3x1, foi a oitava partida seguida sem uma única derrota.

O Internacional é um time que vem se afirmando aos poucos, quando saiu do patamar de que iria brigar pela permanência, hoje já pensa na Libertadores ou mesmo no próprio titulo.

A 12ª rodada colocou o clube à frente do Grêmio, Palmeiras, Cruzeiro e Corinthians.

Por outro lado, nem o mais pessimista torcedor do Grêmio deixaria de coloca-lo como o favorito à conquista do troféu do Brasileirinho.

O que era previsível está ingressando na escala do imprevisível.

O tricolor gaúcho era também o mais cotado entre as mídias brasileiras. Dentro do gramado a realidade é bem outra.

O time enfrentou a equipe do Sport na última quarta-feira e terminou empatando em 0x0.

Esse foi o sexto jogo disputado sem marcar gol: 

Grêmio 0x2 Palmeiras,

Grêmio 0x0 Fluminense,

Grêmio 0x0 Internacional,

Grêmio 0x0 Atlético,

Paraná 0x0 Grêmio e,

Sport 0x0 Grêmio.

Um time com pouca organização, e que não está respondendo ao que os seus torcedores pregavam. 

Necessita de um processo motivador, antes que a sua vaca leiteira vá para o brejo.

São coisas do futebol brasileiro.

NOTA 5- AS DIGITAIS DE DEL NERO NA ESCOLHA DO MARROCOS PARA SEDE DA COPA DE 2026

* O Brasil votou no Marrocos na escolha para a sede da Copa de 2026.

Tal fato causou surpresa, já que estava acertado com os outros membros da Conmebol para que fosse Estados Unidos, México e Canadá.

Responsável pelo voto o presidente do Circo, Coronel Nunes, disse que nunca houve uma Copa no Marrocos, por isso sua opção pela nação africana.

Segundo o jornalista da Agencia Reuters, Sergio Moraes, cuja versão foi publicada na coluna Radar On Line, as más línguas andam propagando que a ordem partiu de Marco Polo Del Nero.

Seria uma forma de retaliação contra os Estados Unidos, onde ele é investigado por corrupção.

Na verdade temos a certeza de uma coisa, de que o cartola afastado continua manobrando o Circo em todos os seus setores.

Dos leões aos malabaristas. 

Escrito por José Joaquim

O Brasileirinho completou as 12 rodadas programadas para antes da Copa do Mundo da Rússia, e com detalhes que devem ser discutidos e analisados.

A diferença entre o líder Flamengo e o 4ª colocado, o Internacional é de 5 pontos. Aumenta para 7 com relação ao 5º, Grêmio, 8 para o Palmeiras (6º) e Sport (7º), e de 9 para o Cruzeiro (8º). São distâncias  bem razoáveis. Com relação aos outros membros do G4 e os do TOP 10, essas são reduzidas, desde que o 10º (Corinthians) para o Colorado (4º) é de 6 pontos.

Por outro lado a diferença do alvinegro de São Paulo para o Bahia, primeiro da zona da degola é de apenas 4 pontos, ou seja tem chances de subir, mas ao mesmo tempo poderá rolar a ladeira. Existe um nivelamento por baixo.

O rubro-negro da Gávea tem os melhores números que mostram uma solidificação da campanha.

É o melhor mandante, o melhor visitante, tem o segundo melhor ataque a e segunda melhor defesa. Contempla uma invencibilidade de 7 jogos seguidos, só perdendo para a surpresa da competição, o Internacional com uma sequência de 08 jogos.

Sem duvida uma campanha irretocável e que vai depender da janela de transferências para que seja mantida.

O Atlético-MG que deu um grande salto e hoje é vice-líder é um time ainda instável e se perder Roger Guedes terá um baque por esse ser a sua referência.

Dois clubes que foram poucos citados no inicio do campeonato, São Paulo (3º) e Internacional (4º) tiveram uma grande evolução. A maior queda foi a do Cruzeiro que era um dos favoritos e está na 8ª posição com 18 pontos, quatro a menos do que o Internacional, mas a sua performance no gramado não estimula um bom prognóstico. O seu ataque em 12 jogos marcou 8 gols e a defesa levou 7. Para um clube que deseja algo mais são números avassaladores.

O Grêmio que era o mais citado por nossas mídias, embora esteja bem colocado na 5ª posição, também tem um ataque inoperante para quem disputa o título (11 gols), mas a defesa é a menos vazada (5 gols).

Na parte mais baixa, dois clubes estão cada dia mais se afundando, o Ceará e o Atlético-PR. O time cearense é o único que não tem vitória. O rubro-negro do Paraná completou 4 rodadas sem sucesso. O Fluminense é outro que corre o perigo da degola, tendo completado 5 jogos sem vitórias e está com uma distância de dois pontos para o 17º (Bahia).

Com relação ao Sport, esse faz uma boa campanha com o grupo e a 7ª posição está do bom tamanho.

O rubro-negro leva uma boa vantagem para essa segunda etapa do campeonato, desde que do TOP 10 só não enfrentou o Flamengo e São Paulo, ou seja terá pela frente jogos com equipes que estão na segunda página da competição.

Ainda é muito cedo para os prognósticos das chances de titulo, mas os números do Flamengo estimam um percentual de 36,2%, contra 14,4% do Atlético-MG, 12,1% do São Paulo, 11,3% do Internacional, 5,3% do Grêmio, 4,0% do Palmeiras, 3,8% do Sport e 3,5% do Cruzeiro.

Serão 40 dias sem jogos e muita coisa poderá acontecer, mas o clube da Gávea é o favorito pelos números que vem apresentando.

Escrito por José Joaquim

O futebol brasileiro está sem fome, por conta da avareza que foi implantada dentro dos gramados.

Os clubes são como as árvores que não se conformam com o que acumulam, e sempre querem mais, e para que isso aconteça foi estabelecido o sistema nos seus times, o de não perder, se possível empatar, e que a vitória venha por conta do acaso, e com o placar de 1x0.

Está faltando a fome aos times brasileiros, que possa impulsionar o desejo de ganhar, e para que possam atingir esse objetivo torna-se necessário a busca pelo gol, que é a essência desse esporte.

Plutarco já dizia: ¨a bebida elimina a sede, a comida satisfaz a fome, mas o ouro não elimina nunca a avareza¨. Nada melhor para enquadrar o nosso futebol, que abastecido com muito ouro, tornou-se avaro, e esqueceu da competição em si, ficando sem fome, o apetite de bons jogos e com vitórias com um placar que satisfaça os torcedores.

O gol sem duvida mata a fome.

A fome no futebol é de ganhar jogos, marcar gols, e não como vem acontecendo, com um defensivismo muito exacerbado, que afugenta o torcedor.

Os biarticulados fazem parte hoje das táticas dos treinadores para que possam garantir os seus empregos.

As estatísticas comprovam a falta de objetividade e o medo de se procurar uma vitória em um encontro futebolístico.

Na Série A do Brasileiro, em 119 jogos realizados foram marcados 281 gols, com uma média de 2,36 por jogo. As goleadas são raras e por um acaso. O placar de 0x0 aconteceu por 15 vezes, o 0x0 por 19, e um 1x1 com 13.

O futebol é emoção, é competição e nada melhor do que o gol para que isso possa acontecer.

No momento em que os clubes sentiram-se recompensados com o que recebem, e para que continue essa manutenção, implantaram o regime da avareza, fecharam os seus espaços, não permitem que os seus atacantes saiam na busca do gol, e que fiquem esperando apenas por um erro do adversário.

O torcedor entendeu, deu a resposta, com uma média de público por jogo continuando emperrada, desde que o consumidor não é bobo, sabe do que gosta, e certamente o que estão lhe oferecendo não satisfaz as suas necessidades.

Enquanto os dirigentes não entenderam da necessidade de matar essa fome, continuaremos a ter jogos com menos de 5 mil torcedores presentes aos estádios, que é o reflexo da vitória dos avaros contra o futebol que todos desejam.

O gol é uma bola de basquete entrando em uma cesta, e levando a torcida ao delírio.  

São coisas do nosso futebol.