O Esculhambação Futebol Clube é o time mais famoso de nosso futebol. Vivenciamos hoje no Brasil, a era da imbecilidade, das incertezas e sobretudo da esculhambação geral.
Obvio que o futebol faz parte do sistema, e foi totalmente contaminado por esse. Falta comando e gerenciamento ao esporte ex-preferido do povo brasileiro. Falta seriedade para quem o comanda, e os exemplos são bem claros e latentes.
Na última segunda-feira vimos o abandono em que chegou esse esporte, e o palco foi um estádio vazio, com apenas 406 testemunhas para assistirem um jogo pela Série B entre Bragantino vs Criciúma, que foi concluído com uma iluminação de boate.
Além do péssimo futebol, pelo quarto jogo os refletores do estádio sofreram um apagão, o que demonstra a falta de um acompanhamento da parte dos cartolas do Circo Brasileiro do Futebol, conhecido como CBF, que estão se lixando para os problemas, desde que o faturamento vem dessa seleção tão ufanada por alguns jornalistas de plantão.
Foi uma brincadeira de apaga, acende, e no segundo tempo o árbitro depois de tantas paralisações deu prosseguimento a partida, com uma escuridão numa boa parte do gramado.
A Esculhambação geral é o guia do futebol brasileiro.
Clubes vendendo mando de campo, e festejado pelos que foram beneficiados, e execrado pelos adversários. Em um esporte sério, dirigido por pessoas sérias certamente tal fato jamais iria acontecer. A diretoria do Corinthians festejou a mudança do seu jogo do Recife para Cuiabá, como a do Palmeiras que jogou em Londrina contra o America-MG que também negociou a mudança de local.
Uma vergonha, que os cartolas do Circo observaram e no dia de ontem tomaram uma posição bem tardia, proibindo que isso possa acontecer nas últimas cinco rodadas. Depois da casa arrombada colocaram cadeados.
Na semana passada o diretor do Registro do Circo, Reinaldo Buzzoni prestou depoimento na Delegacia de Defraudações do Rio de Janeiro, com relação a transferência irregular do atleta Wanderson para o exterior, que foi por esse autorizada.
Tudo isso passou despercebido pela grande mídia, mas demonstra o fundo do poço em que chegou o futebol. Não vamos fazer juízo de valor se houve algo errado, ou não, mas é grotesco um assunto esportivo bater às portas da Policia.
O Fair Play esportivo foi avacalhado pelos clubes, com a leniência da arbitragem e de quem a comanda. Jogadores simulam contusões, fingem dores que não existem, para que a partida seja paralisada com dois objetivos, um de barrar o contra ataque do time adversário, e o outro de reduzir o tempo de jogo.
Para que se tenha uma ideia, cronometramos em um jogo a demora na cobrança dos laterais, que consumiu 12 minutos do tempo de bola corrida, sob os olhares do árbitro.
Por outro lado quando são realizadas as substituições, o atleta que vai ser substituído cai com câimbra numa encenação de novela, fica na espera do carrinho maca, e o tempo vai sendo consumido. Quando desce do veículo sai serelepe e feliz.
As datas e horários dos jogos nos diversos campeonatos são modificados ao bel prazer dos interesses de quem manda, e não de quem sustenta o futebol, os torcedores, que a cada dia estão refugando-o.
São vários os fatos negativos que acontecem no dia a dia, mas a reação não chega. Vivemos na era da imbecilidade, dos zaps, dos pokemons, e do tudo vai bem obrigado.
O futebol brasileiro precisa ser reinventado por pessoas que o vejam como algo importante para a sociedade, e não por vaidade ou interesses pessoais.
Enquanto isso não acontece, a ESCULHAMBAÇÃO GERAL irá ser a dominante do setor.