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Escrito por José Joaquim

O Brasileirão de 2016, apesar da fraca média de público e de um futebol mequetrefe, tem se pautado pelo equilíbrio entre os disputantes, na luta por vagas no G4, G6 ou contra o rebaixamento, e sobretudo pelo título de campeão. É sem dúvidas o mais interessante dos últimos anos, quando os pontos disputados estão sendo valorizados.

De repente por conta da arrogância de um árbitro ao validar um gol ilegal, e depois retroceder anulando-o, a competição voltou a ¨Era Do Asterisco¨, quando a pontuação de um clube fica com esse sinal, por conta da Justiça Desportiva, que determinou ao Circo para não contabilizar os pontos ganhos pelo Flamengo no seu jogo contra o Fluminense.  

Faltando sete rodadas para o final da competição, o futebol brasileiro corre o risco de esperar uma decisão do tapetão para que o torcedor possa conhecer a sua classificação.

Os cartolas do tricolor carioca agiram com um viés politico, por conta do seu processo eleitoral, ao ingressarem na Justiça Desportiva com um recurso pedindo a anulação do jogo, alegando influência externa, movido principalmente por uma tal de leitura labial divulgada pela Rede Globo em um dos seus programas, e que na verdade após ouvirmos várias vezes, nada prova que o árbitro recebeu informações externas.

Todos falavam sobre a televisão, mas no relatório de Sandro Meira Ricci que foi modificado no outro dia, não existe uma única citação sobre esse fato.

Vamos e venhamos, batalhar na Justiça por algo ilegal, é como os presos da Lava Jato solicitarem no STF a volta para os seus bolsos do dinheiro roubado do erário público.

Na verdade o direito de recurso existe, como também existe o direito de recusa da parte do tribunal, desde que o problema é ético, quando se deseja retirar os pontos de um clube que foram ganhos de forma correta no gramado, por conta de um gol ilegal e que foi detectado pelo auxiliar quando levantou o bastão.

O Circo está sendo armado e os juristas irão aparecer com enfase em todos os programas de televisão. O futebol deverá ficar de lado por conta dos holofotes, e com isso tirando as atenções de um final de competição que apresentava sinais de grandes emoções, para dar lugar ao Tribunal cujo presidente foi indicado pela Anaf por solicitação de Del Nero na época vice-presidente do Circo, que tinha o comando do prisioneiro Marin, conforme nos mostrou a excelente repórter da Espn Gabriela Moreira, inclusive mostrando provas com os emails remetidos pelo cartola para Sergio Correa, na época chefe da Comissão de Arbitragem, que foi o intermediário desse estranho tapetão. 

Isso mostra a realidade da Justiça Desportiva Brasileira, onde a maioria dos seus membros fazem parte do Sistema Único do QI, ou seja quem indicou, e quando indicam é por conta de outros interesses. É o modus operandi da República de São Paulo que domina o esporte da chuteira no Brasil.

O presidente do Fluminense está prestando um desserviço ao futebol brasileiro, ao defender o errado por interesses não esportivos, e sim políticos na tentativa de alimentar um FLA-FLU fora dos campos e incentivar os seus associados no processo eleitoral. 

Uma vergonha, um constrangimento entre aqueles que lutam por um futebol melhor, mas com tais procedimentos esse esporte está sendo conduzido aos canos de esgotos dessa nação.

Enquanto isso, o Figueirense também entrou com um recurso no STJD, solicitando a anulação do seu jogo contra o Palmeiras por conta de um erro de direito da arbitragem.

O vídeo é bem claro. O atacante Dudu cobra um lateral posicionado lateralmente ao campo, e a bola toca o solo antes de entrar no gramado. Nesse caso, o time catarinense tem razão, desde que o lance feriu a regra 15, e originou o gol da equipe paulista.

Iremos ter mais um asterisco nesse avacalhado futebol brasileiro.

Aliás o futebol é a cara do Brasil em que vivemos.

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