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Escrito por José Joaquim

O Sport Recife está bem próximo de uma mudança em seus poderes diretivos. No mês de dezembro os associados irão escolher aqueles que irão comanda-lo para o próximo biênio.

Vivenciamos tal fato muitas vezes, assim como a vida desse clube, e hoje temos a convicção que as agremiações mudaram para muito pior, inclusive o rubro-negro da Ilha do Retiro, muito embora tenham crescido nas receitas.

Os torcedores e, principalmente os sócios, deixaram de ser os seus donos, cedendo os seus lugares para algumas pessoas que se consideram acima das instituições, e atuam como tal.

Não se pensa mais na entidade, sim nos interesses de grupos, transformando política em uma guerra pelo poder a qualquer custo. O que menos importa é o seu futuro.

O Conselho quando eleito não reflete a realidade, virou uma peça do jogo pelo poder, inclusive com um agravante, uma queda em sua qualidade.

Na maioria dos clubes do Sul e Sudeste, quando existem várias chapas na disputa eleitoral, esse órgão é composto de forma paritária de acordo com a votação recebida, ou seja os vitoriosos são maioria, mas existirá uma minoria que possa acompanhar os modelos de suas gestões.

Muitos sócios com capacidade de ajudar, foram pouco a pouco sendo afastados dos Conselhos, que transformaram-se numa sucursal do poder executivo, e um órgão de amigos.

Muitas vezes a renovação é para pior, quando as cabeças pensantes são degoladas, e a qualidade do órgão reduzida. A prioridade é para os amigos do poder, que aprovam tudo que vem do executivo, e no final os resultados são iguais aos que assistimos pelo Brasil afora. 

Na realidade os clubes deixaram de ser dos seus associados, para ficar nas mãos de um poder dominante que os utilizam muitas vezes para os interesses pessoais, numa inversão de valores, desde que sempre pertenceram aos seus torcedores e associados.

O universo do futebol é único. As agremiações em sua maioria não são dirigidas visando os seus associados, e sim para uma minoria de ungidos.

Na verdade, o Sport Recife faz parte desse contexto, e poderia aproveitar-se desse processo eleitoral para mudar o sistema, e em especial, planejado a sua refundação, posto que o modelo atual entrou em estado de exaustão.

Para que isso possa acontecer, necessário se faz uma visão mais objetiva do seu associado, na escolha do melhor para o clube.

Presidência de um clube não é brincadeira de mesa de bar, e sim da maior importância pois irá mexer com sentimentos e paixões. O equilíbrio e a capacidade gerencial de quem irá dirigi-lo é fundamental para o sucesso.

Sem dúvidas esse tema merece uma boa reflexão. Que os amigos o façam.

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