Um dia o burro de um camponês caiu num poço. Não chegou a se ferir, mas não podia sair dali por conta própria.
Por isso o animal chorou fortemente durante horas, enquanto o seu dono pensava no que fazer.
Finalmente, o camponês tomou uma decisão cruel: concluiu que já que o burro estava muito velho, e que o poço estava mesmo seco, precisaria ser tapado de qualquer forma. Portanto não valia a pena se esforçar para tira-lo do lugar onde estava.
Ao contrário, chamou os seus vizinhos para ajuda-lo a enterrar vivo o burro.
Cada um deles pegou uma pá e começou a jogar terra dentro do poço.
O burro não tardou a se dar conta de que estavam fazendo com ele chorou mais ainda.
Porém para surpresa de todos, esse aquietou-se depois de umas quantas pás de terra que levou.
O camponês resolveu olhar para o fundo do poço e se surpreendeu com o que viu. A cada pá de terra que caia sobre suas costas o burro a sacudia.
Dava um passo sobre esta mesma terra que caia no chão.
Assim em pouco tempo, todos viram como o burro conseguiu chegar até a boca do poço. Passar por cima da borda e sair dali trotando.
Sabe, o fundo do poço, não é o fim da vida, é simplesmente o fim da queda, e o começo da saída.
Não sabemos quem é o autor dessa história, mas entendemos que o seu sentido se encaixa no futebol brasileiro, que está no fundo do poço, recebendo terra de seus cartolas, e pela sua força anda consegue sobreviver.
O burro nos deu um exemplo.
Se alguém tentar te enterrar nesta vida, faça como o burro, sacuda a poeira, use o que jogam em você, para voltar a alcançar a luz do dia.
Por isso sempre achamos que os burros são mais inteligentes do que alguns mortais, principalmente daqueles que fazem a cartolagem de nosso futebol.
Comentários
+1#2RE: A HISTÓRIA DO BURRO INTELIGENTE —
ANTONIO CORREIA17-05-2018 14:07
JJ; Precisamos desse burro em nosso país. Essa história que o amigo nos trouxe é sensacional, e ao compara-la com o futebol a torna ainda mais real. Espetacular.
Tenho que tirar o chapéu para esta fábula do burro sortudo. Mas, acrescento. Se junto com a terra estivessem sido jogados os pontos corridos, o congelamento dos doze jumentos, a teimosia dos centuriões lagartixas suicidas, a macaquice caricata das primeiras ligas e a cobra de duas cabeças, certamente o burro tinha falecido rapidamente e totalmente estropiado como os pernas de paus conformados. Um verdadeiro Burricídio.
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