Qual a razão do favoritismo da seleção do Circo na Copa do Mundo que será realizada na Rússia?
O ranking da FIFA, os jogos das eliminatórias sul-americanas?
Na verdade por conta de cinco conquistas o time circense sempre tem seus lampejos de favorito que são quebrados durante o evento.
Os matemáticos fazem as suas projeções por conta da pontuação conseguida no período do técnico Tite, mas deixam de lado um fator por demais importante, de que nos cinco títulos conquistados pelo país, a maioria dos atletas atuavam no futebol brasileiro.
Nos anos de 1958, 1962 e 1970, eram 100% local. Em 1994 era meio a meio, e em 2002 ano da última conquista a seleção era formada com 13 atletas pertencentes aos nossos clubes e 11 de fora.
De 2002 em diante aconteceu um somatório de desastres.
Em 2006 tínhamos apenas 3 jogadores locais, contra 20 que atuavam no exterior. Em 2010, na era Dunga, aconteceu a mesma relação (3x20), no que foi repetido na tragédia de 2014, com o famoso 7x1.
Ou seja, são detalhes que devem ser considerados como da maior relevância para que os favoritos sejam escolhidos.
Contra os numeros não existem argumentos.
A convocação para a Copa da Rússia foi a repetição dos três anos anteriores, com apenas Cassio, Geromel e Fagner representando o futebol local.
Será que no atual futebol brasileiro não existem atletas melhores ou iguais a Taison e Fred?
Temos a convicção de que jogadores que atuam fora, mesmo sendo brasileiros, não tem a alma daqueles que estão vivenciando o nosso dia a dia, e caso não conquistem o titulo estarão de volta as suas grandes competições e tudo ficará restrito ao aleatório.
O contrário acontece quando a composição do elenco é majoritária com profissionais dos clubes do país.
A fome é muito maior.
A Itália campeã de 2006 tinha na sua seleção 100% de atletas locais.
A Espanha em 2010 os jogadores que atuavam internamente foram maioria absoluta, e a Alemanha em 2014 tinha em seu elenco 16 atletas que disputavam a Bundesliga e apenas 7 que atuavam em outros países.
Enquanto isso o Circo irá repetir a mesma proporção das suas três últimas Copas que foram um fracasso.
Poderão alegar que o futebol brasileiro tornou-se pequeno e que não tem jogadores à altura de sua seleção.
Se todos observaram que tal fato aconteceu, qual a razão de não fortalecer o Campeonato Brasileiro que foi sendo destruído ano após ano?
Um detalhe muito importante para definir bem esse artigo, ou seja em todas as Copas do Mundo que já foram realizadas apenas a França que conquistou o título de 1998, tinha uma relação com mais atletas de fora do que os que atuavam na sua Liga, mas não era tão absurda como o que acontece em nosso país, com 12 x 10.
Nas convocações para a próxima Copa, a Inglaterra tem 100% de atletas da Premier League, a Alemanha dos 27 relacionados, 18 disputam a Bundesliga e 9 em outros países, a Espanha convocou 17 que participam de sua Liga, contra 7 que estão atuando em outros países. A relação da França é de 15 da casa contra 9 de fora.
Na verdade tais números favorecem a analise dos prognósticos para a projeção dos favoritos, e fica bem claro que quanto mais jogadores de fora, menos as chances de uma conquista.
Comentários
0#3RE: A SELEÇÁO DO CIRCO É UMA FAVORITA ALEATÓRIA —
PEDRO CORDEIRO22-05-2018 18:14
JJ: Concordo inteiramente com o comentário de Antônio Correia. O seu blog é a nossa salvação com relação ao que acontece em nosso jornalismo, que está na terceira divisão nacional.
0#2RE: A SELEÇÁO DO CIRCO É UMA FAVORITA ALEATÓRIA —
ANTONIO CORREIA22-05-2018 12:10
JJ: O seu blog é a nossa salvação. Temas como esse passam longe de nossas mídias. Aliás o jornalismo esportivo passa pelo mesmo processo de decadência do futebol. Esses detalhes do artigo são sensacionais.
0#1A fome é de capim —
Beto Castro22-05-2018 12:02
O problema dessa seleção com jogadores de fora é a perda gigantesca de direitos federativos e valorização dos atletas que somente beneficia os empresários agentes dos jogadores que jogam no exterior. A convocação de atletas normais com exceção de Neymar, o único hors concurs entre os convocados. Mais uma medida que visa a destruição gradativa do nosso futebol interno. 20 atletas deveriam ser do futebol nacional em atividade nos clubes brasileiros e no máximo dois excepcionais jogando no exterior. Portanto, a fome dos jumentos é de capim. A perda para os clubes nacionais é da ordem de centenas de R$ milhões. Mas, as comissões de pixulecos dadas pelos atravessadores internacionais deve ser generosa - sempre agravando a degradação do nosso futebol. Em caso, do veto às seleções estaduais numa Brascopa, o prejuízo é 27,5 vezes maior, pois as revelações e valorizações dos direitos federativos dos atletas locais alcançariam 547 atletas. As múmias paralíticas são especialistas em destruir o que é grande e magnífico.
Comentários
Assine o RSS dos comentários