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Escrito por José Joaquim

Ao assistirmos na noite da última quinta-feira o jogo do Sport x Ponte Preta, observamos a pobreza técnica do futebol dos dois clubes, com muito pouco para se ressaltar. Craques como os antigos nem pensar.

São jogadores de medianos para baixo, esforçados, mas sem a qualidade necessária para a formação de uma referência para os torcedores. Mesmo entre os clubes considerados maiores, o número de atletas acima da média é bem reduzido. Craques só na promessa, como Gabriel de Jesus do Palmeiras.

Os esportes brasileiros em sua quase totalidade, passam por uma fase de ostracismo e pouca expressão. As referências são os espelhos para que uma nova geração tenha interesse em uma prática esportiva. E isso não existe hoje.

O futebol é o esporte que mais sofreu com o problema, desde que há anos não tem seu ídolo maior, o seu ponto de apoio. Hoje os jovens vibram com o que acontece no exterior, em especial no futebol da Inglaterra, Espanha e Alemanha. Messi, Cristiano Ronaldo são mais festejados do que qualquer profissional brasileiro da atualidade. Neymar saiu cedo do Brasil, e poderia ter sido o espelho que esse esporte tão necessita.

Na verdade tal fato não aconteceu apenas no esporte da chuteira. As demais modalidades também perderam as suas referências, com Oscar, Marcel, Hortência, Paula no basquete, Gustavo Kuerten no tênis, Ademar Ferreira da Silva e Joaquim Cruz no atletismo, abrindo vários espaços para a admiração de atletas estrangeiros. O voleibol foi a única exceção.

O espelho é fundamental numa sociedade. Começa com a família, quando os filhos tem como exemplo os pais, passa pela escola, onde os professores são admirados, e nas atividades esportivas sempre na busca de um ídolo.

O futebol brasileiro teve grandes mitos, e que motivava a sua prática. Pelé sem dúvidas foi o maior, mas a sua geração contemplava grandes nomes. Com a sua aposentadoria, o lugar ficou aberto até a chegada de Romário, Rivaldo, Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho, e um pouco Neymar, que seguiu para o seu caminho europeu. Depois disso nada aconteceu. Esses enchiam os estádios. Um jogo com Pelé em qualquer cidade do Brasil era com lotação esgotada.

Na verdade os esportes refletem o Brasil no seu global. Um país degradado, apodrecido pela corrupção, com uma classe política que na sua maioria não merece o respeito da sociedade, e cujas cadeias irão ficar pequenas para abrigar muitos desses. Não existem espelhos.

A bola nunca foi tão maltratada, e por conta disso nos lembramos de uma frase de Didi, o maior armador do futebol mundial na sua época, quando dizia: ¨Me orgulho de nunca ter pisado em cima da bola, porque sempre a tratei com carinho¨.

Jogadores como esse fazem falta.

Comentários   

0 #1 Saudosismo não resolveBeto Castro 29-10-2016 10:29
O saudosismo não irá resolver o problema do futebol brasileiro, mesmo porque o blogueiro defende com unhas e dentes o elitismo, a miniaturização, a camisa de força das doze desgraças, a concentração de renda e a imitação caricata dos decadentes europeus, além de condenar as únicas entidades que podem salvar o nosso golpeado futebol que são as Federações republicanas. Foram 30 anos de ditadura, degradação e mistificação dos pontos corridos, 95% de todos os recursos nas mãos dos golpistas de 1986, o monopólio dos malfeitores globais e toda a cúpula dos comebolas indiciada e expulsa das Federações da Argentina até o Canadá. Tem que tirar o esquizofrênico débil mental da camisa de força dos psiquiatras sírio-libaneses e tirar os remédios tarja-preta. Agora Brasil também caiu na mão dos mascates privatistas-entreguistas com o golpe dos rentistas. Comebolas, banqueiros e bancada da bola são chorumes fétidos do mesmo aterro sanitário.
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