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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- UMA RODADA DE EMPATES

* Nos nove jogos realizados pela 33ª rodada do Brasileirão, seis terminaram empatados, fazendo com que a tabela de classificação tivesse poucas mudanças. Os times que saíram vitoriosos, Sport, Atlético-PR e Santos foram os beneficiados, com a melhora das suas posições.

O rubro-negro da Ilha do Retiro na 14ª colocação, com 40 pontos, ficou à frente do Vitória, o primeiro da Zona de Rebaixamento com 4 pontos de diferença. O rubro-negro do Paraná, subiu para o 6º lugar, com direito a Libertadores, e o time santista ultrapassou o Atlético-MG, chegando ao G3 com 61 pontos, um a menos do que o Flamengo que é o 2º colocado, e seis para o líder Palmeiras.

A rodada foi a cara do futebol brasileiro, quando se joga para não perder e se possível ganhar. Seis empates em nove jogos, representam 66,6% do total. 

O melhor da rodada aconteceu no Mineirão na partida entre Atlético-MG x Flamengo, em especial o seu primeiro tempo, quando o time carioca jogou um futebol de alto nível, parecendo que estava no Maracanã.

Na segunda fase, com as mudanças efetuadas, a equipe mineira equilibrou o jogo, e promoveu a virada, mas no final o rubro-negro conseguiu o empate (2x2), resultado ruim para ambos, e bom para o Palmeiras que foi derrotado pelo Santos pelo placar de 1x0, e manteve uma boa situação para aqueles que o estão perseguindo.

O time alviverde tem 5 pontos de diferença para o segundo lugar com apenas cinco jogos para o término do Campeonato, e é o seu campeão virtual. Perdeu uma invencibilidade de 15 partidas, e vem mostrando uma queda de produção bem latente. Como está no final irá administrar a chegada ao título, mas se tivesse um maior números de rodadas estaria ameaçado pelos concorrentes, em especial o Santos.

O Corinthians na sua via crucis, empatou no Itaquerão com o valente Chapecoense, que não respeita mais os adversários e joga de igual para igual com todos. O placar de 1x1 foi um produto de dois pênaltis, um para cada lado. As vaias da torcida corintiana foram o destaque. Um pontinho bom para a equipe de Chapecó.

Enquanto isso em Curitiba, o Atlético-PR o melhor mandante da competição, conquistou a 14ª vitória na sua Arena, ao derrotar o Cruzeiro por 1x0. Nunca vimos um time tão abarrancado. Um galo de briga que só ganha as suas lutas em seu terreiro. Fora dessa, pipoca.

O Botafogo embora dominando o jogo empatou com o Coritiba por 0x0, resultado bom para o time paranaense. Em Florianópolis, o Figueirense segue descendo a ladeira, ao empatar com o time reserva do Grêmio (0x0), em um dos piores jogos do Brasileirão. Uma pelada das antigas Usinas.

Finalmente o Internacional que contava com 3 pontos certos no seu jogo contra o Santa Cruz, voltou aos seus bons tempos, jogando de forma atabalhoada e empatando em 1x1, complicando a sua luta contra a degola, distando apenas dois pontos do Vitória, que foi garfado em seu encontro contra o Fluminense, por conta de um pênalti Mandrake, marcado pelo árbitro amigo.

As vaias de 44 mil torcedores presentes ao Beira Rio foi a demonstração de que esses não aguentam mais o que vem acontecendo com o seu clube. O jogo foi tão ruim, que deveriam ter devolvido o dinheiro dos ingressos.  

Mais uma rodada com bons públicos, e péssimo futebol. Essa encerra-se amanhã com o jogo America-MG x São Paulo.

Um aviso: Não aguentamos mais empates.

NOTA 2- O BAHIA ENTROU NO PÁREO

* Numa corrida de alcance, o Bahia conseguiu emparelhar com os competidores que brigam pelo acesso.

Com mais de 25 mil pagantes na Fonte Nova, o tricolor da Boa Terra, embora jogando melhor do que o seu adversário, o Ceará, viu esse sair na frente do marcador, mas reagiu no segundo tempo e fechou o placar em 3x1.

Com isso assumiu a 5ª posição com 53 pontos (15 vitórias), empurrando o Londrina para a 6ª, com a mesma pontuação, ganhando pelos critérios técnicos (15 vitórias). A distância para o Náutico é de apenas 1 ponto, embora o alvirrubro tenha um vantagem no critério vitórias (16).

Teremos uma reta final cabeça a cabeça, e com a obrigação de bons resultados. Uma queda será um tropeço nessa linha de 15 pontos. Nenhum competidor poderá mancar.

Da maneira que segue a competição, os dois vencedores entre os quatro clubes, serão comhecidos no photochart.

NOTA 3- BALANCETE DO GRÊMIO

* O Grêmio de Porto Alegre publicou em seu site o balancete do primeiro semestre de 2016, e o que mais nos chamou atenção foram as luvas recebidas pela renovação do Contrato com a Globo para o período de 2019/2024.

Um verdadeiro absurdo, desde que o valor será descontado do clube, com juros, e ultrapassou o período da atual gestão com sobra de dois anos para uma outra.

O total recebido foi de R$ 100 milhões, o que avivou o nosso interesse de sabermos a participação do Sport. Como no Nordeste os clubes não são transparentes, vamos esperar até abril para tomarmos conhecimento.

Alem das luvas o Grêmio recebeu R$ 58.8 milhões por conta do atual contrato com a dona dos direitos de transmissão. A televisão salvou o clube, que terminou o semestre com um resultado líquido de R$ 58,3 milhões. Foi a sua salvação, senão estaria quebrado.

Os sócios deixaram nos seus cofres, R$ 25 milhões, enquanto os patrocínios renderam nesse período R$ 11,0 milhões. As receitas totais foram de R$ 204,9 milhões.

Os custos com o futebol profissional foram de R$ 69,1 milhões, o que representa R$ 11,5 milhões por mês. Alto para as receitas normais. Os custos financeiros  foi de R$ 18,4 milhões, que representa uma bruta sangria.

As despesas totais somaram R$ 118,2 milhões, ou seja, se não tivessem os recursos das luvas o prejuízo operacional seria de R$ 13,3 milhões, e o líquido R$ 41,7 milhões.

São modelos de gestão como o do time gaúcho que estão arruinando o futebol brasileiro. 

Uma pergunta: Como será 2017 sem as malditas luvas?

NOTA 4- O PONTO ELETRÔNICO NÃO FUNCIONOU

* Fomos cobrados no dia de ontem por alguns amigos gaúchos oriundos da nossa época do Basquetebol, que desejavam saber quem era Nielson Nogueira Dias, árbitro da lambança do pênalti contra o Vitória.

Explicamos, e mostramos que o apitador é mais uma vítima do sistema autofágico que está engolindo a arbitragem nacional.

Vamos e venhamos, são erros em demasia, e seria impossível que tantos árbitros estivessem agindo de má fé. Trata-se de algo que foge do padrão da realidade.

O erro de Nielson foi grotesco, e teve a participação bem forte do auxiliar, que mostrou-se como um péssimo carregador de bandeira.

Observamos o vídeo, e constatamos que esse estava colocado na linha em que aconteceu a falta, não sinalizou, mas não correu para a linha de fundo, só o fazendo bem devagar quando sentiu que o árbitro tinha marcado a penalidade.

Um conjunto de erros trágicos que pode ter mudado o resultado do jogo.

Enquanto tais fatos acontecem a Associação Nacional dos Árbitros de Futebol, orienta os seus filiados a ingressarem na Justiça por conta dos pronunciamentos dos envolvidos nos jogos contra as suas péssimas atuações.

E agora José? Depois desse erro grotesco, o que essa entidade chapa branca, irá dizer?

Enquanto os cartolas mamam os recursos do Circo com os seus altos salários, os mecanismos tecnológicos para ajudar os árbitros não são implantados, e pelo que ouvimos e lemos, isso só irá acontecer no segundo semestre de 2017, quando o primeiro já foi superado.

O profissionalismo da profissão é fundamental, e o mais importante é sem dúvida a mudança do sistema que está entregue ao mesmo grupo por vários anos, e certamente nada irão fazer para melhora-lo.

A República de São Paulo é dona há muito tempo do setor, e não deseja deixa-lo em outras mãos. Qual a razão?

Um fato estranho na arbitragem de Nielson Nogueira foi o da ausência do ponto eletrônico, que não foi utilizado. Se o tivesse a lambança não teria acontecido. A televisão estava transmitindo e o banco do Vitória tomou conhecimento.

Uma pergunta: Porque a verdade não chegou ao gramado?

DESSA VEZ ESCONDERAM.

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