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Escrito por José Joaquim

Na escola aprendemos a ¨Lei de Lavoisier¨, com sua famosa frase: ¨Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma¨. O futebol desafia essa teoria.

Esse esporte existe por mais de cem anos, e não consegue se transformar. As suas normas são estáticas. Diversos esportes discutem as aplicações de suas regras e os possíveis ajustes, visando a qualidade do espetáculo. No basquete a linha de três pontos, que depois foi ampliada, foi uma conquista dos atletas de menor porte, que já não conseguiam participar desse esporte. No voleibol, o libero, o set corrido. Avanços.

Há anos que estudamos os esportes em todos os seus segmentos, e não entendemos que o futebol permaneça estático, sem transformações em suas regras. Um pequeno grupo domina-o com conservadorismo, e barra qualquer tentativa de modernidade.

Na FIFA de tudo pode, inclusive corrupção, mas alterar as regras é um pecado mortal. Essas são como um dogma papal. Ninguém pode discuti-lo por conta de sua infalibilidade.

Embora o futebol seja o esporte com mais densidade de penetração, vem perdendo espaço para outros que resolveram se atualizar e modificar conceitos que estavam travando o progresso.

As modificações nas suas regras foram tão pequenas que pouco repercutiram nos jogos. Existem alguns pontos que poderiam ser testados que não iriam ferir os seus conceitos básicos, que certamente dariam uma maior movimentação e equilíbrio nos jogos de futebol.

Uma nova norma para o impedimento seria bem importante, quando passaria a ser contado apenas na linha da grande área em diante. Os gols que são a essência de um jogo iriam crescer, e com isso a empatia dos torcedores.

Outro ponto importante seria o aumento do número de substituições, de três para cinco, inclusive os goleiros em qualquer momento do jogo. Os conservadores fizeram uma modificação ridícula para o aproveitamento de mais um atleta nas partidas contempladas com prorrogação, que na verdade são resumidas. Hoje os bancos de reservas abrigam doze jogadores.

Fizemos uma experiência em Pernambuco nos campeonatos abertos, e constatamos que a substituição de cinco atletas durante o jogo, tornava-o mais movimentado, e com uma maior oxigenação.

Uma das maiores imbecilidades que acontecem em uma partida de futebol, está relacionada as expulsões de jogadores por conta de faltas sem gravidade, após a exibição de dois cartões amarelos. Perde o clube, perde o jogo, e perdem os torcedores.

Para uma atitude como essa, poderia haver uma substituição do apenado por um jogador do banco, entre os cinco que seriam utilizados. A expulsão só seria procedida em caso de uma falta grave. No Handebol o atleta é apenado com dois minutos no banco, sem substituto.

Com esse modelo proposto haveria a melhora do espetáculo, e atenuação da importância da arbitragem, permitindo que tenha mais tranquilidade no exercício da sua função. Existe uma pesquisa que mostra de forma clara que as expulsões tumultuam o restante do jogo, e motivam pressões aos seus mediadores.

São detalhes bem simples, e que aplicados dariam uma maior dinâmica ao futebol, fato esse que está faltando nos gramados.

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