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Escrito por José Joaquim

Paulo Cezar Caju em um artigo publicado em sua coluna do jornal O GLOBO, afirmou que seria necessário um tsunami para a renovação dos dirigentes da Confederação, federações e clubes, na mentalidade dos treinadores.

Poderíamos completar o texto colocando as mídias, que fazem parte do segmento.

Depois da eliminação dos dois representantes brasileiros na Copa Libertadores, e por coincidência para times portenhos, as carpideiras com seus choros foram os destaques nas lamentações, iguais as que ouvimos em outros desastres.

Há algum tempo que estamos afirmando que vivemos na era da mediocridade, e quando lemos ou ouvimos declarações de diversos segmentos ficamos na certeza de que estamos certos.

O futebol brasileiro parou no tempo e no espaço, e todos fingem que nada aconteceu e continuam vivendo com um quadro de ilusões. As derrotas dos clubes brasileiros na Libertadores é mais um sinal de que não aprendemos nada com o 7x1 da Copa de 2014. Tudo continuou como dantes.

Quem acompanha o Brasileirinho conhece muito bem o atual nível da competição, cuja briga na zona de rebaixamento é a sua grande atração. Em 310 partidas realizadas os bons jogos são contados com os dedos.

Existem muitos fatores que deram motivos a debacle nacional, mas o mais importante foi sem duvida o relacionado à gestão do futebol. Se compararmos o modelo gerencial do futebol europeu com o aplicado no Brasil, estamos com uma distância tão grande como a de Marte.

No Velho Continente impera o profissionalismo e no Novo domina o amadorismo, com torcedores ocupando os cargos, que não observam o futebol dentro de um contexto organizacional e sim com a eterna paixão.

Não existe um projeto de longo prazo, muito pelo contrário esse é curtíssimo, e quando não produz resultados o maior divertimento é contratar jogadores e demitir treinadores.

Nas bases que formam o futuro do futebol, em poucas agremiações o trabalho é procedido de forma profissional, mas na maioria dos casos os jovens são tratados como gado de engorda para um futuro abate.

Estamos formando os bonzinhos que pouco poderão colaborar para que o futebol possa retornar aos seus bons tempos.

Para que o futebol nacional volte a ter a sua devida importância, o ponto de partida será o tsunami proposto para fazer uma varredura no setor.

Se nada acontecer, as carpideiras continuarão com os seus choros.

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