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Escrito por José Joaquim

O pênalti ilegal que deu a vitória à seleção do Circo na sua partida contra o Uruguai, nos motivou a fazer mais uma análise sobre o jornalismo brasileiro, desde que no dia seguinte nenhum veículo impresso citou que o lateral Danilo levou a bola com o braço antes de ser derrubado.

¨O formador de opinião deve ter a liberdade de escrever e divulgar o que observa em sua sociedade, e ele não pode e não deve - submeter-se ao interesse público de interpretação politica, valores morais e gostos¨.

Essa frase é de autoria de uma escritora Sul-Africana, Nardine Gordimer, ganhadora do Prêmio Nobre de Literatura, em 1991, e pelo que transmite em seu conteúdo, que a verdade tem que ser escrita de qualquer maneira, custe o que custar.

A citação desse texto serve para mostrar que o futebol brasileiro regrediu por conta da ausência de verdades, da venda de ilusões, e com a gravidade, a de permitir que o ¨status quo¨ continue reinando.

A existência de torcidas organizadas e a cobertura que é dada a esse segmento nefasto, sem que tenhamos noticias que retratem os seus dias de uma verdadeira organização criminosa. Todos se calam.

Os malfeitos nos clubes não são destacados e sim silenciado, e por conta disso, eles continuam a crescer, enquanto esses minguam. Nunca sabemos quais foram os responsáveis por seus débitos, o que fizeram e o que deixaram para outras gestões.

As palavras dos cartolas são  verdadeiros dogmas e não podem ser investigadas ou denunciadas.

Ricardo Teixeira passou mais de vinte anos dirigindo o futebol brasileiro, enriquecendo de uma forma milagrosa, ordenhando as suas vacas douradas, vivia paparicado por todos os segmentos, e a verdade é que só caiu por conta de um jornalista estrangeiro.

Jose Maria Marin ocupou o seu lugar, e a descoberta das propinas que esse recebeu no comando do Circo, só veio à tona por conta do FBI. Hoje está preso nos Estados Unidos.

O seu substituto Marco Polo Del Nero, foi descoberto também pelo FBI, mas apesar das denuncias continuou à frente da entidade da Barra da Tijuca e terminou sendo banido do futebol. Mais uma vez a colaboração de fora nos mostrou o que acontecia.

No Brasil todos estiveram calados.

O mesmo se dá com as Federações, e o que acontece nelas ninguém sabe, ninguém vê e ninguém viu. Qual a razão de não se buscar a verdade dos gastos que são realizados pelos seus cartolas, muitas vezes fora dos seus padrões reais? 

Quantos enriquecimentos ilícitos acontece no meio futebolístico? A falta da verdade certamente ajudou na proliferação de tais atitudes.

Se tivéssemos a verdade exposta, os caminhos seriam outros, e teríamos um esporte mais sadio, e com condições de um maior desenvolvimento.

Precisamos das verdades, e para tal necessitamos de uma mídia corajosa, que poderia dar uma boa contribuição para o segmento, quando o joio seria separado do trigo.

O consumidor precisa saber da realidade, porque de mentiras já temos muito não apenas no futebol, mas no geral das instituições brasileiras. A politica é o maior exemplo, passou muito tempo escondida, e somente a Lava Jato a escancarou.

O sistema democrático precisa de transparência, de verdades, e não de ilusões.

Comentários   

0 #1 RE: MUITA ILUSÃO E POUCA VERDADEANTONIO CORREA 18-11-2018 10:40
JJ: O torcedor do futebol é mal informado, e além disso vive em um outro mundo que resume-se apenas a vitória de seu clube. As noticias que são divulgadas contem as meias verdades. Excelente esse artigo.
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