Os torcedores brasileiros acordaram na manhã de ontem com cara de Dejà-Vu, com a sensação de estarem a frente de uma situação já vivida anteriormente.
Os do Sport assistiram a repetição de mais um rebaixamento na era dos pontos corridos, e o do América-MG confirmando a síndrome de apenas um ano, quando acessa na temporada anterior e na seguinte volta para o lugar de onde veio.
Os que torcem pelo Vasco e Fluminense assistiram os atletas dos seus clubes comemorarem nos gramados a permanência na Série A de 2019, algo grotesco.
O time da Colina sofreu na bacia das almas no seu jogo contra o Ceará e o 0x0 enfim garantiu o seu futuro, que certamente não será brilhante desde que por tudo que está acontecendo será impossível de ter uma recuperação.
Quanto ao tricolor do bairro das Laranjeiras, a sua torcida que estava no Maracanã mesmo com o placar de 1x0 gritava pedindo a saída de Pedro Abade do comando do clube. O mais grave foi a entrevista do meia Marcos Junior que aconselhou o presidente a renunciar.
Trata-se de algo parecido ao fim do mundo, e uma falta de comando.
Na realidade o futebol carioca, com exceção do Flamengo está em recuperação judicial, com três times entre os maiores devedores do país.
O jornalista Renato Mauricio Prado que é um daqueles que ainda pensam no jornalismo brasileiro, em um artigo publicado no Portal UOL, analisou o futebol carioca e a sua debacle de forma lucida.
Não se deve separar o esporte da situação do Estado do Rio de Janeiro que teve os seus quatro últimos governadores presos por suspeitas de corrupção, e isso reflete no futebol que está no fundo do poço. Aviolênciatomoucontaehojeoesportecariocaéode fugir debala perdida.
Embora o Botafogo tenha escapado da Caetana com antecedência, vive também com problemas graves de finanças.
O trio de tantas histórias marcadas no futebol brasileiro, são meros coadjuvantes nas diversas competições. Hoje estão entregues aos empresários que emprestam dinheiro por conta de um novo talento que possa surgir.
O futebol do Rio de Janeiro é a cara do próprio estado, que já foi grandioso e hoje vive momentos de amargura.
As comemorações dos jogadores do Vasco e Fluminense pela fuga do rebaixamento na realidade foram constrangedoras.