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Escrito por José Joaquim

Nesse período de férias do futebol brasileiro, o assunto maior é o mercado da bola, deixando de lado uma análise sobre a atual situação desse esporte no país.

Temos publicado vários artigos sobre o tema, mas as mossas mídias preferem discutir para onde seguirá Thiago Neves ou Marcos Rocha.

Algumas vezes lemos ou ouvimos algo de que o nosso futebol sofreu uma estagnação, mas na realidade o que houve foi uma regressão, ao perdermos espaços para os maiores centros europeus. Já tratamos desse assunto por várias vezes e vamos continuar batendo nessa tecla.

O esporte da chuteira do Brasil é pouco citado internacionalmente, passa ao largo, a não ser para a publicação de uma notícia ruim. O Brasileirinho não é divulgado, com pequenas linhas nos jornais do Velho Continente.

Vivenciamos uma era que o Brasil era cantado em prosa e verso como o futebol arte. Conquistou quatro Copas do Mundo com esse modelo, na quinta em 2002 começou a nossa regressão, quando foi introduzido por Luiz Felipe Scolari, a tática dos resultados. Deu no que deu.

De repente, o futebol de excelência começou a ser jogado pelas laterais dos campos, dando lugar a um novo esporte, aquele que empatar é o melhor resultado.

As novas táticas de valorização da bola adotada no Velho Continente, que vem desde as suas categorias menores até os profissionais, não foi acompanhada pelo futebol brasileiro. Eles mudaram a cara de um futebol  que era de bola na área e de defensores brucutus.

Com o novo modelo, aconteceu um aumento em sua competitividade, com o incremento da qualidade e estádios lotados.

No Brasil de hoje timidamente poucos clubes praticam o toque de bola como padrão. O Atlético-PR que foi a única coisa boa do Brasileirinho recém encerrado é um dos que utilizam esse sistema.

O que mais se verifica nos jogos realizados em nosso país, são os chutões e as ligações diretas. O futebol brasileiro que sempre foi lembrado por conta dos seus talentos, sua ginga e habilidade, deu lugar a uma marcação dura, faltas em excesso e um número exagerado de simulações. O físico sobrepujou a técnica.

Regredimos.

Todo o trabalho realizado em nosso futebol é de curto prazo. O longo é uma palavra retirada do dicionário da cartolagem. Na Europa o treinador é longevo, no Brasil é como um copo descartável a cada derrota, tudo é reiniciado com uma nova contratação.

O trabalho de formação, com raras exceções é precário, sem um investimento pesado no setor. Adotamos a cultura do aeroporto, quando a maior alegria de um cartola é a de ir buscar um novo contratado.

Regredimos em todos os setores, quando os profissionais não aceitam por empáfia as novas metodologias, sempre com uma filosofia de botequim de estrada, que o Brasil não tem nada a aprender. A regressão é latente.

Não temos técnicos especiais, poucos jogadores diferenciados, dirigentes amadores e uma imprensa sem uma referência.

Para que se tenha ideia dessa realidade, o Circo está fazendo um curso para os treinadores, que tem Carlos Alberto Parreira como principal orientador.

Nada a declarar, os amigos que interpretem a sua qualidade.

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