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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- DE UM TIME MEDIANO PARA GRANDE

* O Atlético-PR (vamos continuar chamando-o por esse nome, desde que nenhuma papel muda a sua história), há tempos atrás fazia companhia ao Sport, Vitória, Bahia, Santa Cruz, Náutico, Paysandu, Ceará e Remo. 

Todos tinham o mesmo porte, mas somente o Furacão pegou o bonde da história e tornou-se grande, após a brilhante conquista da Copa Sul-Americana ao passar por cima do Newell's Old Boys, Peñarol, Caracas, Bahia, Fluminense e o Junior Barranquilla. Foram 10 partidas com 8 vitórias.

Com exceção do Bahia os demais considerados medianos como o Furacão estagnaram, hoje estão numa distância para esse como a da Terra para a Lua.

No tricolor baiano a diretoria está com um projeto para torna-lo grande, e os demais estão a cada dia mas decadentes.

Para que se tenha uma ideia, o Náutico na década de sessenta enfrentava os grandes da região Sudeste de igual para igual. Não aproveitou o bom momento para crescer e regrediu chegando a Série C Nacional.

O Santa Cruz na década de 70 era do tamanho do Internacional de Porto Alegre. Deu-se ao luxo de ter o treinador mais bem pago do Brasil, Evaristo Macedo. Hoje está na Série C enquanto o Colorado é um dos maiores clubes do país. Não deu continuidade.

Por outro lado o Sport teve uma década de ouro, a de 90, quando disputou o Nacional por dez anos seguidos, era uma referência administrativa e tinha futuro. Deu no que deu. O Ceará continua na alternância sem sustentabilidade. Os demais não tem futuro.

Enquanto isso, o rubro-negro paranaense foi evoluindo dando os seus passos programados. Construiu a Arena mais moderna do Brasil, um Centro de Treinamento de alto nível, e aos poucos foi ocupando um espaço acima de clubes tradicionais como Vasco, Botafogo e Fluminense, tudo por conta de uma boa gestão.

O seu caminho está aberto e sem duvida com o futuro promissor.

O seu mentor maior não se ajoelha perante ao Circo e a Globo, o que é uma exceção no meio futebolístico.

NOTA 2- DO NADA PARA O NADA

* Não tínhamos lido uma matéria que apresentou o debate entre os candidatos à presidência do Sport, que foi publicado no Jornal do Comercio de ontem. Um amigo nos chamou a atenção.

Nos assustamos por conta de uma capa inteira para algo que foi do nada para o nada, e não deixou nenhum conteúdo para os sócios eleitores do clube.

Na verdade não foi um debate e sim uma entrevista desde que um dos candidatos não compareceu, Milton Bivar, mandando no seu lugar o vice de sua chapa. 

Obvio que o sócio do Sport desejaria saber o que os candidatos pensam sobre o futuro do clube e os seus projetos para o biênio, e como irão tira-lo do atoleiro, e não o que pensa o vice que é apenas um substituto do presidente em suas licenças.

A entrevista não trouxe nada de novo, e no final serviu apenas para encher a página que tinha sido preparada pelo jornal.

Vamos e venhamos, discutir quem será o treinador, ou o gerente executivo é algo grotesco. Isso só interessa aos torcedores das arquibancadas, mas para o sócio que olha o clube no total nada de interessante foi perguntado, ou seja o que pretendem para esse nos próximos dois anos.

Na verdade o candidato a vice-presidência na chapa de Milton Bivar não tinha condições de responder pelo titular, e o debate que seria promovido ficou inócuo.

De uma coisa ficamos com a certeza, de que os candidatos não tem projetos definidos, e quem irá sofrer é o Velho Leão.

NOTA 3- SAMPAOLI E O SANTOS

* O Santos inovou ao contratar o técnico Jorge Sampaoli que dirigiu a seleção argentina na Copa do Mundo da Rússia.

Sem duvida um grande treinador, tendo mostrado isso com a seleção do Chile, vencedora da Copa América de 2015. Fez um trabalho excelente à frente da Universidad de Chile, campeã da Copa Sul-Americana de 2012.

Outro bom trabalho foi no Sevilla com a quarta colocação no Espanhol. Saiu desse clube para dirigir a seleção argentina para a Copa de 2018, que não teve sucesso por conta de um grupo desagregado, e que foi eliminada nas oitavas de final.

Foi uma escolha muito boa para o Santos, na certeza de que terá sucesso, desde que é um dos melhores técnicos de futebol do mundo, e que o insucesso na Copa não poderá tirar o seu brilho.

Foi contratado por dois anos, numa verdadeira ousadia do time santista, com um dos maiores salários entre os treinadores dos clubes brasileiros, US$ 166 mil (equivalente a R$ 644 mil) por mês.

Pelo menos uma boa novidade no futebol tupiniquim onde nada acontece.

NOTA 4- PAU QUE NASCE TORTO, MORRE TORTO

* O Circo vendeu os direitos internacionais de transmissão para uma empresa que tinha uma salinha na cidade do Rio de Janeiro.

Dias após, essa passou o contrato para uma outra empresa que foi constituída apenas para isso. Uma semana após foi repassado para a BR. FOOT- Mídia S.A., com sede em um paraíso fiscal.

Tudo estranho, e que faz parte do modus operandi da entidade.

Os clubes com problemas financeiros assinaram o contrato, com validade de quatro anos. Na última terça-feira esses deveriam ter recebido R$ 5 milhões cada um. O dinheiro não entrou, por conta das divergências contratuais entre o CIRCO e a empresa.

Neste momento não se sabe se as transmissões internacionais serão realizadas.

A BR Foot Mídia, notificou extrajudicialmente o Circo e suspendeu o contrato assinado em outubro deste ano. A empresa o acusa de vender como exclusivos direitos já cedidos à Rede Globo, quebrar o contrato ao negociar diretamente com parceiros e não cumprir a promessa de incluir no acordo os 20 clubes que disputarão a Série A de 2019.

Na verdade tudo que é feito pelo Circo tem algo para se duvidar.

Essa licitação é como um pau que nasce torto, e certamente iria morrer torto. 

NOTA 5- CHAPE NA SUL-AMERICANA 

* A Chapecoense utilizou as suas redes sociais para parabenizar o Atlético-PR pelo título e agradecer a ¨ajuda¨ dada pelo rival brasileiro. 

CHAPE NA SUL-AMERICANA

Graças ao título conquistado pelo @atleticopr, mais uma vaga foi aberta para a disputa da Sul-Americana de 2019, e ela é do Verdão! Parabéns ao Furacão pelo primeiro título internacional da sua história... E muito obrigado! VamosChape.

Na verdade o título que foi conquistado pelo Furacão na noite da última quarta-feira, foi muito comemorado pela Chapecoense, que irá disputar mais uma vez o torneio continental na próxima temporada graças a vitória da equipe brasileira.

Tudo isso aconteceu graças a vaga para a Libertadores garantida pelo time paranaense justamente devido ao título Sul-Americano.

O Furacão que classificou-se para a Libertadores, abriu uma posição para a zona de classificação para a Sul-Americana. Desta forma, a 14ª colocada, a Chapecoense, ganhou a vaga de presente do Papai Noel. 

Comentários   

0 #6 RE: NOTAS AVULSASBLOGDEJJ 14-12-2018 16:50
Citando RIBRO-NEGRO:
JJ: NOTA 2- Já disse e vou repetir, o amigo salva aqueles que buscam algo de novo nas informações sobre os esportes e em especial sobre o futebol. Essa Nota está perfeita e me obrigou a fazer uma pergunta: Soube ontem através de um amigo seu que você não lê os jornais de Pernambuco e não ouve as rádios?


Prezado Rubro-Negro: Lemos todos os jornais do mundo diariamente, inclusive os de Pernambuco.
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0 #5 RE: NOTAS AVULSASPLINIO ANDRADE 14-12-2018 16:44
JJ. NOTA 1- O comentário de Guilardo é perfeito. Na verdade enriqueceu o artigo. As comparações com o Santa Cruz de Evaristo Macedo, do Náutico de 60 e o Sport de 90 foram excelentes. O Atlético pegou o bonde da ihistória.
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0 #4 RE: NOTAS AVULSASBLOGDEJJ 14-12-2018 14:10
Citando guilardo:
Caro amigo. O brilhante comentário sobre a trajetória do Atlético Paranaense, traz-me a lembrança na antiga " Placar" , de uma foto onde o grande lateral Sicupira era a estrela do time. Naquela época, idos de 70, o clube em tela era um simples e esquecido participante, eventual, do campeonato nacional , no qual o Coritiba tinha cadeira cativa. Tem razão quando cita o Santa, Bahia, Náutico, Internacional e o treinador Evaristo. A subida do Atlético foi diametralmente oposta à derrocada do Santa, Bahia, Coritiba e outros. O Santa é caso emblemático. Clube tido como grande naquela década, quarenta anos depois tornou-se pequeno, paupérrimo e desmoralizado. O Náutico simplesmente desapareceu. O Bahia ficou à deriva, mas parece que quer achar o caminho da volta. O Vitória, antes esquecido, teve uma subida meteórica, mas novamente vem afundando no lamaçal dos proscritos, ao lado do tricolor pernambucano, Coritiba, e agora o Sport. Este último é caso de estudo. Foi da miséria à glória, iniciada numa gestão sua, e para surpresa de todos, bem ao gosto do Brasil, achou por bem fuçar a lama onde jazem os outros, todos conhecidos. O futebol de Pernambuco hoje faz parte da miséria absoluta, cavada pelos seus dirigentes. Ninguém respeita o Santa, o Náutico e o Sport. São meros times de terceira categoria, que reservaram para si os lugares que lhes competem. Segunda, terceira e quarta divisões. Eis aí a anatomia do nosso futebol, que quis ser grande, provou da champagne e caviar, ainda que de forma efêmera, e finalmente, retrocedeu aos seus desígnios, lama, sanduiche de mortadela e tubaína. Triste retrato o nosso.


Prezado Guilardo: Seu comentários está irretocável. Parabéns.
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0 #3 RE: NOTAS AVULSASANTONIO CORREIA 14-12-2018 14:09
JJ: O comentário de Guilardo disse tudo que eu gostaria de escrever. Enriqueceu o seu artigo com muito brilhantismo. Concordo com o que está escrito nessa Nota, como no texto de Guilardo.
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+1 #2 RE: NOTAS AVULSASguilardo 14-12-2018 13:34
Caro amigo. O brilhante comentário sobre a trajetória do Atlético Paranaense, traz-me a lembrança na antiga " Placar" , de uma foto onde o grande lateral Sicupira era a estrela do time. Naquela época, idos de 70, o clube em tela era um simples e esquecido participante, eventual, do campeonato nacional , no qual o Coritiba tinha cadeira cativa. Tem razão quando cita o Santa, Bahia, Náutico, Internacional e o treinador Evaristo. A subida do Atlético foi diametralmente oposta à derrocada do Santa, Bahia, Coritiba e outros. O Santa é caso emblemático. Clube tido como grande naquela década, quarenta anos depois tornou-se pequeno, paupérrimo e desmoralizado. O Náutico simplesmente desapareceu. O Bahia ficou à deriva, mas parece que quer achar o caminho da volta. O Vitória, antes esquecido, teve uma subida meteórica, mas novamente vem afundando no lamaçal dos proscritos, ao lado do tricolor pernambucano, Coritiba, e agora o Sport. Este último é caso de estudo. Foi da miséria à glória, iniciada numa gestão sua, e para surpresa de todos, bem ao gosto do Brasil, achou por bem fuçar a lama onde jazem os outros, todos conhecidos. O futebol de Pernambuco hoje faz parte da miséria absoluta, cavada pelos seus dirigentes. Ninguém respeita o Santa, o Náutico e o Sport. São meros times de terceira categoria, que reservaram para si os lugares que lhes competem. Segunda, terceira e quarta divisões. Eis aí a anatomia do nosso futebol, que quis ser grande, provou da champagne e caviar, ainda que de forma efêmera, e finalmente, retrocedeu aos seus desígnios, lama, sanduiche de mortadela e tubaína. Triste retrato o nosso.
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0 #1 RE: NOTAS AVULSASRIBRO-NEGRO 14-12-2018 11:13
JJ: NOTA 2- Já disse e vou repetir, o amigo salva aqueles que buscam algo de novo nas informações sobre os esportes e em especial sobre o futebol. Essa Nota está perfeita e me obrigou a fazer uma pergunta: Soube ontem através de um amigo seu que você não lê os jornais de Pernambuco e não ouve as rádios?
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