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Escrito por José Joaquim

Estávamos visitando o Museu do Futebol do Mineirão na última quinta-feira, quando recebemos um telefonema de um amigo do Recife, falando sobre o lançamento da chapa de oposição do Sport, e em tom de brincadeira disse que a reunião para a sua formatação foi feita no museu do clube, local mais fácil de se pesquisar documentos antigos.

Uma maldade, desde que não se pode conceituar qualquer pessoa pela idade, e sim pela capacidade e, sobretudo que tenha uma ficha irretocável, sem arranhões. A nossa resposta foi de que existem os Velhos Novos, e os Novos Velhos. Nos enquadramos no primeiro item.

Na verdade o futebol brasileiro não se renovou e os seus quadros são os mesmos. O seu melhor retrato é certamente a mesmice que emana de sua entidade maior. Nada mudou em seus procedimentos, e o único fato novo a se acrescentar foi o incremento dos recursos por conta dos patrocínios, e que aos poucos estão se afastando.

Tudo como dantes, a política clientelista, uma seleção que sustenta o ¨status quo¨ reinante. A metodologia é igual.

Na maioria das Federações estaduais, os personagens continuam há décadas, com um continuísmo indecente, a grande imprensa continua dando a cobertura que sempre dispensaram ao ex-presidente Ricardo Teixeira. Tal situação encontramos nos clubes, por conta da falta de renovação.

Para comprovarmos esse fato, vamos reproduzir um trecho do relatório final da CPI- Nike-CBF, que mostra uma verdade nua e crua, de que nada mudou. O mesmo banco e o mesmo jardim foram preservados, e os problemas que existiam no final da década de 90, e início de 2000, são repetidos e não foram solucionados.

¨A CBF foi convertida numa agencia de negociações milionárias, explora a imagem da Seleção Brasileira. O dinheiro jorrou em 2001, a CBF recebeu R$ 25 milhões só de patrocinadores da Nike e Ambev (Hoje os patrocínios somam mais de de R$ 300 milhões), o dinheiro desapareceu. O Passivo Circulante chega a R$ 55 milhões, e o prejuízo acumulado somam R$ 25 milhões (a parte financeira mudou no período, e hoje dá lucro, de tal forma que R$ 30 milhões ficou bloqueado na liquidação do Banco Rural, sem incomodar os dirigentes)¨.

Como vimos o sistema não mudou. Os cartolas foram sendo substituídos não por conta dos votos dos eleitores, e sim pelas denúncias de corrupção, que derrubaram Ricardo Teixeira, José Maria Marin (preso nos EUA), e que aprisionaram Marco Polo Del Nero no país, já que não pode sair de suas fronteiras.

Como já afirmamos, o problema não é a idade, e sim a capacidade daqueles que desejam dirigir o clube, e o fundamental é que tenham uma ficha limpa, como o Estatuto do Sport determina.

Enquanto as agremiações não abrirem as suas portas, as mesmices irão continuar até o fim do mundo, desde que não irão surgir novas lideranças.

Existe uma placa nas suas entradas com os dizeres: PROIBIDO RENOVAR.

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