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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O NÁUTICO AINDA PODE SONHAR 

* O Avaí é o segundo clube a garantir o acesso para a Série A de 2017, ao derrotar o Londrina como visitante pelo placar de 1x0. A ajuda do apito amigo, Andre Luiz de Freitas foi fundamental, ao validar o gol da equipe catarinense, com Diego Jardel impedido.

Apesar disso foi uma conquista justa, e marcada por uma recuperação fenomenal após a chegada do técnico Claudinei de Oliveira. Tem a melhor campanha do returno, com 12 vitórias, 3 empates e 3 derrotas, com um aproveitamento de 72,2%.

É o terceiro acesso do clube catarinense em 9 anos. Subiu em 2008, desceu em 2011, retornando em 2014, voltando para a Série B em 2015, e recuperando o seu lugar na A em 2016.

Paralelamente ao jogo na cidade de Londrina, jogaram Vasco x Criciúma e Tupi x Náutico. A equipe cruzmaltina com uma vitória também estaria garantido na divisão maior, mas encontrou pela frente um time que parecia que estava lutando pelo G4.

A equipe catarinense dominou o jogo, conseguiu o seu gol da vitória (1x0) de pênalti, ainda perdeu uma outra penalidade. O Vasco desesperado passou para o tudo ou nada, de forma desorganizada, não conseguiu pelo menos o empate, que lhe daria uma melhor condição.

O time vascaíno está em franca queda livre. O seu returno comprova a sua decadência, somou 23 pontos, 6 vitórias, 5 empates e 7 derrotas, com um aproveitamento de 42%. Com esse resultado, embora só dependa de suas próprias pernas, a sua situação ficou complicada.  

Em Juiz de Fora, o Náutico fez o seu dever ao derrotar o Tupi por 4x1, ficando na 5ª colocação com dois pontos de distância para o 4º (Vasco) e três para o Bahia (3º), o que permite ainda sonhar pelo acesso.

Não depende apenas de si, mas dos resultados dos adversários nessa luta pelo G4. Joga em casa com o fraco Oeste, e com chances altas de vitória, enquanto o Vasco será obrigado a derrotar o Ceará no São Januário, e o Bahia pelo menos um empate no seu jogo em Goiás contra o Campeão Atlético-GO, que ontem venceu em São Luiz, o Sampaio Correa por 1x0, chegando aos 73 pontos.

Mesmo jogando no São Januário, pelo futebol que está apresentando e a pressão nos jogadores, o time da Cruz de Malta terá dificuldades de ganhar do alvinegro cearense.

Os Orixás continuam ajudando o Bahia, que derrotou de forma dramática o Bragantino por 3x2. Saiu na frente por 2x0, a equipe de Bragança empatou, e aos 42 minutos do segundo tempo, Renato Cajá que tinha entrado nos 36, marcou o gol da vitória. O representante paulista foi oficialmente rebaixado.

Um público extraordinário de mais de 43 mil pagantes na Fonte Nova serviu para impulsionar o tricolor da Boa Terra.

Nos dois últimos jogos, o Ceará com a presença de 1.300 pagantes, empatou com o Paraná em 1x1. Um jogo grotesco, ruim, e a cara do atual futebol brasileiro. Em Pelotas o Brasil derrotou o CRB por 1x0. Rodada fechada e com  três clubes disputando duas vagas para o acesso.

O torcedor do Avaí foi dormir feliz, enquanto os vascaínos, tricolores baianos e alvirrubros pernambucanos irão enfrentar uma semana de reza.

NOTA 2- A VOLTA DA DITADURA NO FUTEBOL

* Não se pode protestar no futebol brasileiro. As faixas são proibidas nos estádios, os profissionais não podem expressar o que pensam sobre o que acontece com as arbitragens, assim como os dirigentes.

O STJD é um órgão importante para esse esporte, mas não mantém a sua independência, tornando-se um apêndice do Circo do Futebol Brasileiro, e certamente tudo que tem vínculo com essa entidade tem um componente de dúvida moral.

O último exemplo foi a punição dada ao Santos e ao seu presidente Modesto Roma, por conta de um protesto contra a antecipação do horário do seu jogo contra a Ponte Preta, do período noturno para o matinal. O Circo o fez por uma simples resolução, o clube tem que baixar a cabeça para uma ditadura imposta pela chantagem.

Se criticar esse será punido, ou mesmo perseguido pelas arbitragens. Ouvimos muito essa frase quando atuávamos no futebol de Pernambuco.

No caso do Santos não aconteceu violência, e sim uma pequena frase nas camisas dos atletas: ¨Faltou Respeito¨. Por conta disso foi enquadrado pelo Tribunal.

É a ditadura da CBF. O sistema funciona da seguinte forma: Se não gostar cale a boca. Se acontecer uma manifestação, surge o Tribunal dos Torquemadas com as suas punições.

Enquanto isso Marin segue preso, Del Nero fugindo do FBI, e além disso a covardia dos filiados, que sofrem calados.

NOTA 3- A CONDENAÇÃO DOS CARTOLAS EQUATORIANOS

* No Brasil nada se fez para acompanhar as investigações do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que envolvem alguns cartolas do nosso futebol.

Aliás nós somos surreais, e o único país do mundo em que investigados por corrupção fazem leis para protegê-los da Justiça. Grotesco.

Enquanto isso, o ex-presidente da Federação Equatoriana de Futebol, Luis Chiriboga foi condenado a 10 anos de prisão por lavagem de dinheiro. O ex-tesoureiro da FEF Hugo Mora, considerado co-autor do crime, recebeu a mesma pena, e o ex-contador Pedro Vera foi condenado a três anos e quatro meses de prisão por ter sido considerado cúmplice.

Os três foram investigados após o escândalo mundial conhecido como ¨FIFAgate¨, que explodiu em 2015.

O interessante é que Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero também estão envolvidos nas investigações, e os nossos poderes nada fizeram para a abertura de um processo contra esses, como aconteceu no Equador.

José Maria Marin está preso nos EUA, e isso só aconteceu porque estava fora do país. Se estivesse aqui, certamente estaria na vice-presidência do Circo.

Precisamos de uma Lava Jato no futebol nacional.

NOTA 4- UM CAMPEONATO SIMPLES E FUNCIONAL

* Como ainda não conseguiram uma fórmula para a manutenção dos times menores do futebol nacional, os estaduais moribundos permanecem, e com esses fórmulas grotescas, inclusive a do nosso estado, que ajuda a sacrificar o que resta das equipes do interior que irão jogar um turno do nada para.

Terão um janeiro funesto. Seis desses não irão enfrentar as equipes da capital.

Enquanto isso, a Federação Mineira de Futebol manteve o Regulamento de 2016, com uma fórmula bem simples e com menor número de datas.

O chamado Módulo 1, do Campeonato Mineiro vai utilizar 15 datas no primeiro semestre, entre 29 de janeiro e 7 de maio, contra 18 da maioria dos demais estados, com 12 clubes disputantes.

A principal novidade para o ano que vem é que, para as fases decisivas (semi-finais e finais), os estádios devem ter capacidade mínima para 10 mil torcedores. Somente no caso de confrontos entre duas equipes do interior é que será permitida a realização de partidas em estádios com capacidade inferior.  

Embora sejamos contra a permanência desses Campeonatos, pelo menos que tenham uma fórmula mais inteligente como essa de Minas Gerais.

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