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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- UM DUPLO CHORORÔ

* O Sport ainda levou um pouco mais de 7 mil torcedores ao seu estádio, contando com a ¨vibrante¨ atuação da Torcida Jovem, enquanto o Central repetiu os anos anteriores sendo esquecido pela sua torcida. O Luiz Lacerda recebeu apenas 2.827 pagantes. Uma abertura do moribundo estadual com pouco público e com um duplo chororô. 

Os dois que são chamados de grandes sofreram derrotas para os seus adversários.

O rubro-negro foi derrotado pelo Flamengo de Arcoverde por 3x2 de forma justa, enquanto o Náutico foi atropelado pelo time patativa por 2x1.

Duas peladas, sem nada a ser destacado.

No Sport o atacante Guilherme marcou um bonito gol, e os demais foram trágicos, inclusive o goleiro Magrão que ajudou no tento de empate do time adversário.

Obvio que não havia entrosamento, mas foi uma apresentação que mostrou de forma clara que o Velho Leão terá um 2019 de sofrimento e sobretudo de chororô desde que as suas peças não mostraram sinais de qualidade.

Nilson na sua estreia como técnico deu um banho em Milton Cruz.

Enquanto isso o Náutico completou a sua quarta partida no ano sem vitória, e com a gravidade de jogar um futebol medíocre que deixou a sua torcida de cabelo ouriçado. A vitória do Central foi justa, desde que foi o melhor em campo.

As arbitragens foram fracas, o que não é novidade em Pernambuco.

O FEBEAPA teve seus momentos de glória na tarde de ontem para a nossa alegria. Pelo menos nos divertimos. Na tarde de hoje a primeira rodada será encerrada ¨com jogos da mais alta qualidade¨ envolvendo Santa Cruz x América, Afogados x Petrolina e Salgueiro e Vitória. 

NOTA 2- OS ESTADUAIS ROUBAM OS NOSSOS CLUBES

* Lemos uma frase do jornalista Rodrigo Mattos que é lapidar com relação aos campeonatos estaduais: ¨Precisamos encarar a realidade de que os estaduais roubam de nossos grandes tempo (datas) e dinheiro¨.

Na realidade não existe nenhuma vantagem econômica posto que tira as datas de competições  valorizadas como o Brasileiro e Libertadores. Os medianos também sofrem com esse atraso.

Datas e dinheiro são necessários para o fortalecimento dos clubes, para que possam diminuir o buraco que os separam do futebol europeu. Como os times podem suportar com apenas 15 dias de pré-temporada, e de bate pronto estarem nos gramados para a disputa de uma competição que é uma nuvem passageira?

Quando discutimos esse assunto, ouvimos que desejamos matar os pequenos, que na verdade estão morrendo há um bom tempo. Tínhamos 700 clubes registrados, e no decorrer dos anos os números caíram para 600. Outros deverão sumir.  

O que pregamos é o fim da hibernação quando a maioria dos clubes tem um calendário de apenas 3 meses, e no restante do ano se tornam ursos polares.

O modelo do futebol inglês poderia servir como exemplo para o Brasil, com suas diversas divisões, algumas semiprofissionais, mas com acessos para as superiores. A municipalização é fundamental para a evolução desse esporte, e um possível celeiros de atletas.

O joio tem que ser separado do trigo, desde que existem clubes apenas de papel sem a estrutura necessária para o profissionalismo. A cada dia ficamos mais convictos de  que uma Série E regionalizada é fundamental para tirar dezenas de times das cavernas.

A criação de uma Liga Profissional poderia ser um fator carreador de geração de recursos para as divisões menores.

O que falta é a boa vontade dos cartolas.

NOTA 3- O SANATÓRIO GERAL DA BARRA DA TIJUCA

* Não é novidade que o futebol brasileiro tem uma trágica gestão vinda de uma entidade que foi corroída pela corrupção que arrastou consigo três ex-presidentes, sendo que um deles mora numa cadeia dos Estados Unidos.  São os ¨bons exemplos¨.

A Copa do Brasil que já foi o mais democrático torneio brasileiro, foi violentada pelo sistema com as mudanças que a deformaram.

Essa sempre serviu além da luta pelo título, um modo de levar aos torcedores de estados menores vários times que são considerados como grandes no país.

Ontem ao lermos o jornal ¨O POVO¨, de Fortaleza, verificamos que o Ferroviário vendeu o mando de campo do seu jogo contra o Corinthians na primeira rodada dessa competição, que será realizado no dia 7 de fevereiro.

Uma empresa paranaense será a promotora da partida, e a levará para a cidade de Londrina, bem longe de Fortaleza, e abrigo dos torcedores corintianos.

Sendo assim, os adeptos do Ferrim e os torcedores do alvinegro paulista sediados no estado de Ceará irão assistir esse encontro pela televisão.

Na primeira rodada da segunda mais importante competição o Circo do Futebol permite que o mando de campo de um seu filiado seja vendido para beneficio de um terceiro. É a avacalhação da guerra.

Por outro lado a diretoria do Ferroviário está recebendo trinta moedas para abrir mão de um mando importante para os seus seguidores.

Em um futebol sério jamais um fato como esse poderia ser aprovado.

É uma vergonha a venda do local de um jogo por trinta moedas.

NOTA 4- O ROMANTISMO CARIOCA

* O estádio de Conselheiro Galvão que pertence ao Madureira há anos que não recebia um jogo de futebol da divisão maior carioca.

Deram uma boa ¨garibada¨, com uma pintura aqui, uma outra ali, e melhoraram o gramado. Um campo que não poderia abrigar jogos das divisões inferiores, imagine para a divisão maior.

A era do romantismo foi encerrada há muito tempo quando o futebol era feito por amor. No mundo atual com o esporte com custos elevados um jogo em Conselheiro Galvão é sem duvida algo que mostra a decadência do futebol do estado do Rio de Janeiro.

O Madureira tem a sua história gravada nos anais do futebol carioca, assim como o seu estádio, mas o futebol de hoje requer conforto para os torcedores, com um palco de jogo de boa qualidade para os jogadores.

O Vasco da Gama abriu o Campeonato do Rio de Janeiro no Conselheiro, com a presença de poucos torcedores, desde que o estádio não apresenta as boas condições para um jogo de futebol.

No final o time vascaíno venceu por 1x0, no sufoco e sob pressão do Madureira.

Na verdade uma tarde do moribundo estadual.

São coisas do Brasil.

NOTA 5- POR FALTA DE PAGAMENTO, VASCO RESCINDE O PATROCÍNIO COM A JJ INVEST

* A maré do Vasco só tem bagre, e o clube anda vivendo momentos bem complicados no tocante as suas finanças. Todos os dias uma novidade.

Na última quinta feira o clube do São Januário decidiu romper o seu contrato de patrocínio com a empresa JJ Invest, do empresário Jonas Jaimovick- que ficou conhecido como o mecenas do Campeonato Carioca- após a empresa não honrar os seus compromissos.

O motivo: a JJ Invest não efetuou o pagamento da parcela de janeiro, por isso,- o rompimento do contrato. O valor do patrocínio era de R$ 1 milhão.

Apesar da rescisão, o Vasco não saiu prejudicado porque a exposição da marca da empresa na camisa do clube só aconteceu em meses em que a JJ Invest efetuou o pagamento.

A JJ Invest está complicada junto a Comissão de Valores Imobiliários, que proibiu a empresa de atuar no mercado.

NOTA 6- DOS 128 CLUBES QUE PARTICIPARAM DA COPA SÃO PAULO DE JUNIORES SOBRARAM  TRES PAULISTAS E UM CARIOCA

* Dos 128 clubes que participaram da Copa São Paulo de Juniores restaram três paulistas e um carioca para as semifinais. Guarani X São Paulo e Corinthians x Vasco.

Na realidade o rio sempre corre para o mar.

O time que teve uma excelente participação foi o Guarani de Campinas, que é candidato a chegar na fase final.

Os Nordestinos não passaram das oitavas.

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