* Milton Bivar, presidente do Sport tem que parar com a cantiga da perua que se tornou os débitos do rubro-negro. Por conta disso está chegando ao segundo mês de sua gestão sem algo produtivo. Em todas as entrevistas o dirigente fala dos débitos apresentados pela gestão anterior e que agora já chega aos R$ 100 milhões.
Um verdadeiro muro das lamentações.
Na realidade o cartola tem que encarar essa realidade, divulga-los e se tiver alguma quebra de responsabilidade fiscal processar os culpados. O que não pode e não deve é de que tal problema possa ser uma cortina de fumaça para os possíveis erros já cometidos.
Os débitos existem, e o caminho a ser traçado é o da composição para um acordo com o objetivo de paga-los. Um dia isso terá que ser feito, e o momento atual é o da sua adequação.
O Sport já viveu momentos bem piores e não morreu, desde que os projetos de recuperação foram realizados e o clube voltou a ter o respeito do mercado.
Por uma coincidência do destino estávamos presentes nos dois mais complicados, em 1973 e 1991, quando esse não tinha crédito para comprar um lápis, em quatro anos após poderia comprar um avião.
Milton tem a experiência de um mandato e conhece bem os caminhos do clube, mas tem que deixar a choradeira de lado para administrar os seus problemas.
O Sport precisa enxugar a sua máquina que foi super inflada, precisa entender que se tem ¨x¨ não pode gastar acima disso, inclusive no futebol.
Organizando a vida administrativa com cortes nos gastos supérfluos, com uma folha de futebol adequada a atual realidade, os caminhos serão abertos.
Na atual diretoria do Sport tem um dirigente que na presidência passou por momentos como esse, e conseguiu vencê-los, mudando a sua cara, e que poderia dar uma boa contribuição para as mudanças necessárias.
Chorar é para novelas, e trabalhar é o que precisa.
NOTA 2- O EX-CLÁSSICO DAS EMOÇÕES NA COPA DO BRASIL
* Náutico e Santa Cruz jogaram pela Copa do Nordeste no dia 09 do mês corrente, com o empate de 2x2, no melhor jogo da competição não pela qualidade, mas por conta da sua intensidade.
No dia de hoje, no Arruda um novo encontro, desta vez pela Copa do Brasil, como diz o jornalismo juvenil, ambos na busca dos milhões.
Dois clubes com necessidades financeiras, e uma passagem para a terceira fase será sem duvida a garantia de bons recursos que irão pagar algumas folhas salariais.
Nesta segunda etapa o empate não é considerado como vitória para o visitante, e será utilizada a cobrança de pênaltis para saber quem será o vencedor da partida.
Um jogo que pende mais para o tricolor que tem um time mais bem estruturado, embora com pouca qualidade, mas para passar pelo alvirrubro, terá que quebrar uma tabu que dura por sete jogos sem uma vitória sobre esse adversário. A última vez que isso aconteceu foi no dia 6 de maio de 2017.
Se repetirem o que fizeram no encontro pela Copa do Nordeste os torcedores terão um bom jogo.
NOTA 3- O RETRATO FIÉL DO FUTEBOL BRASILEIRO
* O futebol brasileiro é uma grande mentira.
Os clubes com raras exceções fazem parte do Bloco do Sanatório Geral, e saem na ala dos Rotos e Esfarrapados.
Endividados, contratam jogadores e não tem como saldar os salários.
O Botafogo está tentando desbloquear os valores referentes a uma negociação de um dos seus jogadores para poder cumprir com os seus compromissos.
Por outro lado, os jogadores do Fluminense na manhã de ontem não participaram dos treinos, isto por conta de salários atrasados. O diretor executivo do futebol do clube explicou o problema.
O tricolor tem uma pendência com o 13º salário de janeiro, direito de imagens dos meses de novembro, dezembro e janeiro, além de duas premiações, a mais recente é a Copa do Brasil.
O diretor negou que os jogadores irão continuar hoje com a greve.
Só não podemos entender como o clube em tal situação ainda contrata Paulo Henrique Ganso. Nem Freud poderia explicar.
O retrato fiel do futebol brasileiro.
NOTA 4- O DESTROÇADOR DE TÉCNICOS
* O Velho Leão é um destroçador de técnicos. Na temporada de 2018 foram contratados quatro profissionais, sendo que três participaram da dança das cadeiras. Nelsinho Baptista, Claudinei Oliveira e Eduardo Baptista. Milton Mendes o comandou por poucos jogos, mas permaneceu até o final do contrato.
Começou 2019 com a saída de Milton Cruz que foi o mais rápido de todos na dança das cadeiras com apenas sete jogos à frente do clube. Quando o contrataram escrevemos uma postagem sobre o assunto ao duvidarmos de sua durabilidade.
Como técnico de verdade só tinha duas experiências sem sucesso, Náutico e Figueirense, embora nesse último tenha conquistado o Catarinense, mas dançou quando esse estava ameaçado de cair para a terceira divisão.
Cruz não teve vida longa no rubro-negro e a princípio por escolha própria. Depois de duas derrotas seguidas, as cobranças internas foram evoluindo, assim como as criticas dos torcedores, o técnico sentiu que não havia mais espaço para continuar no clube.
Foram apenas sete jogos no comando do Sport, com quatro vitórias, três derrotas e nenhum empate. O peso das derrotas foi grande na última semana, uma inesperada eliminação para o Tombense na Copa do Brasil e derrota contra o rival Santa Cruz.
Por conta das derrotas, aconteceu uma reunião com a diretoria, e finalmente o técnico resolveu dançar por conta própria.
Quase dois meses perdidos, com diversas contratações, sendo que muitos não irão ficar com o próximo técnico, que certamente irá solicitar novas peças, e haja dinheiro para quem não tem, e que vive uma turbulência financeira.
Futebol é coisa séria e não é para amadores de plantão.
NOTA 5- OS SALARIOS DOS TÉCNICOS DO FUTEBOL BRASILEIRO
* Em um levantamento feito pelo blog de Jorge Nicola no tocante aos maiores salários do futebol brasileiro, Renato Gaúcho do Grêmio lidera com R$ 900 mil, seguido por:
2º- Luiz Felipe Scolari (Palmeiras)- R$ 800 mil
2º- Mano Menezes (Cruzeiro)-R$ 800 mil,
4º- Fabio Carille (Corinthians)- R$ 700 mil,
5º- Jorge Sampaoli (Santos)- R$ 610 mil,
6º- Abel Braga (Flamengo)- R$ 600 mil,
7º- Levir Culpi (Atlético-MG)- R$ 400 mil,
8º- Zé Ricardo (Botafogo)- R$ 250 mil,
8º- Rogério Ceni- R$ 250 mil,
10º- Enderson Moreira (Bahia)- R$ 230 mil,
11º- Lisca (Ceará)- R$ 200 mil,
13º- Alberto Valentim (Vasco)- R$ 180 mil,
13º- Fernando Diniz (Fluminense)- R$ 180 mil,
15º- Marcelo Cabo (CSA)- R$ 130 mil,
16º- Tiago Nunes (Atlético-PR)- R$ 120 mil e,
17º- Vagner Mancini (São Paulo)- R$ 100 mil. É coordenador do futebol e está de forma interina.
No outro lado da moeda, apesar dos valores desses profissionais serem considerados altos para os padrões brasileiros, a realidade é constrangedora.
De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), um técnico de futebol no Brasil ganha em média R$ 7.987,95 mensal por uma jornada de trabalho de 41 horas semanais.
São coisas do futebol.
NOTA 6- EU SOU VOCÊ AMANHÃ?
* O buraco da Portuguesa está cada vez mais profundo, e pelo andar da carruagem nenhum bombeiro irá tira-la desse poço profundo.
A crise ganhou mais um grotesco capítulo. Na última segunda-feira o clube anunciou o cancelamento das eleições por falta de candidatos.
O pleito seria para os cargos na Assembleia Geral, no Conselho de Orientação e Fiscalização e no Conselho Deliberativo, que seria realizado nessa data.
A Lusa hoje tem um interventor judicial, Alexandre Azevedo Barros, que é o presidente da diretoria e tornou-se o seu dono, inclusive com um bom salário enquanto essa agoniza.
O reflexo do abandono de um clube que foi morrendo aos poucos e sem a menor chance de recuperação.
Hoje virou uma feirinha semanal.
O recado da Lusa para os clubes que não andam bem é claro: ¨Eu sou você amanhã¨.
JJ: NOTA 1- O seu artigo está perfeito e mostra a realidade. A situação do Sport é péssima, mas apenas chorar não irá resolver, e sim procurar um modo de dar continuidade a sua vida, separando uma parte da receita para liquidação dos débitos. O amigo sabe do oficio, desde que em 1991 assumiu esse barco para a solução de um passivo também gigantesco.
Quando falei há cerca de 50 ou 60 dias atrás que Arnaldo Barros deixaria o Sport MORAL e FINANCEIRAMENTE ARRASADO, não estava sendo um "gênio da lâmpada". Apenas estava vendo o óbvio ululante. Percebi isso quando a chapa da situação decidiu retirar a candidatura. Tinha a noção do tamanho do estrago feito por Martorelli e, sobretudo, por Arnaldo Barros. Acho que cabe a abertura de um processo disciplinar por gestão temerária contra esse último, que fez despesas sem previsão orçamentária e fez contratos sem suporte financeiro para honrá-los. O resultado da última gestão é isso aí: um clube quebrado, que mal consegue honrar a folha salarial dos atletas e dos demais empregados do clube. Mas isso não justifica a incompetência nas contratações. Até agora, o clube não trouxe um único meia de verdade; um meia de criação para deixar os atacantes em condição de finalizar a gol. É por isso que o Sport se tornou um time previsível. Só joga pelas pontas. Não foi por acaso que caiu no 1º jogo da Copa do Brasil. Infelizmente, há uma cultura no Sport de que um grande time começa com vários volantes. Entra ano e sai ano e o time sempre contrata 5 ou 6 volantes (geralmente ruins), deixando por último para contratar bons meias e bons atacantes, que são a salvação do time. Afinal, time que não faz gol não vence jogo e, tampouco, vence campeonatos ou faz boas campanhas. Infelizmente, existe essa "cultura" burra de se priorizar a contratação de volantes dentro da Ilha da Retiro, quando os maiores clubes do mundo sempre priorizam a contratação de grandes meias armadores e grandes atacantes. Depois eles se preocupam com zagueiros e goleiros. A contratação de volantes é a última preocupação dos grandes times europeus. Talvez o mundo esteja errado e esses dirigentes medievais do Sport que nunca chutaram uma bola na vida estejam certo...
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Percebi isso quando a chapa da situação decidiu retirar a candidatura. Tinha a noção do tamanho do estrago feito por Martorelli e, sobretudo, por Arnaldo Barros.
Acho que cabe a abertura de um processo disciplinar por gestão temerária contra esse último, que fez despesas sem previsão orçamentária e fez contratos sem suporte financeiro para honrá-los.
O resultado da última gestão é isso aí: um clube quebrado, que mal consegue honrar a folha salarial dos atletas e dos demais empregados do clube.
Mas isso não justifica a incompetência nas contratações.
Até agora, o clube não trouxe um único meia de verdade; um meia de criação para deixar os atacantes em condição de finalizar a gol.
É por isso que o Sport se tornou um time previsível. Só joga pelas pontas. Não foi por acaso que caiu no 1º jogo da Copa do Brasil.
Infelizmente, há uma cultura no Sport de que um grande time começa com vários volantes. Entra ano e sai ano e o time sempre contrata 5 ou 6 volantes (geralmente ruins), deixando por último para contratar bons meias e bons atacantes, que são a salvação do time. Afinal, time que não faz gol não vence jogo e, tampouco, vence campeonatos ou faz boas campanhas.
Infelizmente, existe essa "cultura" burra de se priorizar a contratação de volantes dentro da Ilha da Retiro, quando os maiores clubes do mundo sempre priorizam a contratação de grandes meias armadores e grandes atacantes. Depois eles se preocupam com zagueiros e goleiros.
A contratação de volantes é a última preocupação dos grandes times europeus.
Talvez o mundo esteja errado e esses dirigentes medievais do Sport que nunca chutaram uma bola na vida estejam certo...
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