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Escrito por José Joaquim

No último final de semana aqueles que assistiram os encontros de futebol ficaram com uma alta depressão, mesmo com a atuação de Messi no jogo do seu time contra o Sevilla. Os demais, inclusive os internacionais foram de uma pobreza franciscana.

No Brasil mesmo trocando de canal não aparecia nada que pudesse ser comparado aquilo que é chamado de futebol. Foram partidas para serem esquecidas. Nunca vimos tantos empurrões, obstruções violentas, e um número exagerado de faltas e passes errados. A bola era uma sofredora.

A rodada terminou com o jogo entre o Corinthians e Botafogo-SP, que talvez tenha sido o pior dos piores. Uma maldade para os torcedores.

Depois desse festival de lambanças a cápsula do tempo nos trouxe de volta a um passado recente do futebol brasileiro, em que o ufanismo proclamado pelos ilusionistas de plantão festejava a fase econômica do país que repercutia nos esportes.

Era uma euforia geral, os consultores publicavam artigos sobre o tema, e com textos que mostravam um futuro dos clubes rivalizando com os grandes europeus.

A farra e a folia tomaram conta, os gastos saíram do limite, e como contrapartida um endividamento desproporcional, cujos reflexos deram origem ao Profut para evitar a quebradeira, e cujos respingos estamos sentindo nos dias de hoje.

Os salários foram inflados, os técnicos eram os novos milionários, e aos poucos o fundo do poço aumentava. As manchetes de nossas mídias falavam da pujança do futebol brasileiro, que agora segurava os seus talentos e repatriavam aqueles que estavam no exterior.

Quantos equívocos, principalmente por não entenderem as leis que regem a economia, quando faziam do Brasil o pais do futuro, quando a realidade era bem diferente.

Voltamos ao  mundo realista de um país emergente, com um fraco crescimento do PIB, dilapidado pelos corruptos, e por conta disso os gestores dos clubes que pensavam em grandes patrocínios, viram o mercado fechar as portas, e muitos deles não conseguiram sequer que uma única empresa colocasse a marca nas suas camisas. Foram salvos pela Caixa Econômica, cuja farra foi encerrada.

Poucos estão em boas situações.

De volta à realidade, os clubes demonstram em seus balanços prejuízos acumulados, inclusive com o aumento das dívidas, apesar dos parcelamentos. A euforia do passado de manter os talentos dentro de casa desabou, esses estão sendo negociados muitas vezes sem atuações nas equipes principais. A consequência disso é o que vimos nos jogos da semana que findou, sem a qualidade técnica devida.

Na verdade a falta de visão dos que fazem o futebol brasileiro, e isso engloba todos os segmentos, não deu para atentar que o momento que viviam no passado recente era passageiro, e tudo voltaria a ser como dantes, como estamos presenciando.

São coisas de um futebol mal planejado, e sem gestores capazes de leva-lo para outro destino.  

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