NOTA 1- O BRASIL E A LIGA DOS CAMPEÕES

* O sorteio das quartas de final da Liga dos Campeões da Europa tomou conta de nossas mídias que deixaram de lado o que acontece em nosso país para o debate e as previsões do que irá acontecer nas primeiras semanas de abril.

Trata-se da comprovação da situação real do futebol brasileiro que vem perdendo espaço para o europeu que tem todas as formas de transmissão para os torcedores.

As bolinhas sorteadas estavam geladas, desde que não irá acontecer um grande cruzamento nessa fase.

A Juventus irá jogar contra o jovem time do Ajax que já deu provas de que mesmo com uma média de idade baixa poderá ir mais adiante, como o fez com o PSG. O primeiro jogo será na Amsterdan Arena. A Velha Senhora tem Cristiano Ronaldo para resolver a situação como fez no último jogo contra o Atlético de Madrid.

O Liverpool enfrenta em casa o Porto como favorito absoluto, e hoje tem Mane para resolver o seu jogo. Um clássico inglês será realizado em Wembley, entre o Tottenham e o Manchester City, um dos favoritos ao título.

Um bom jogo para que possa servir de medição para o Manchester United que ira enfrentar no Old Trafford, o time do Barcelona.

As perspectivas das semifinais apontam para City e Juventus e Barça x Liverpool, mas não se pode deixar de lado a presença de um dos clubes que não estão sendo considerados como os possíveis semifinalistas.

O Brasil irá parar no dia 9 e 10 de abril, e com os jogos de volta uma semana depois.

São coisas do mundo global.

NOTA 2- A CARAVANA DA MISÉRIA E O FUTEBOL DE PERNAMBUCO

* Quando se pergunta aos cartolas da Federação local sobre o atual estadual, a resposta é a mesma: ¨Vai tudo bem obrigado¨. 

Na verdade os números que são apresentados  nas estatísticas da competição são os piores em um Campeonato Pernambucano de todos os tempos com a incrível e grotesca ociosidade de 90% dos estádios.

Conseguimos os dados até a 7ª rodada, sendo que nessa os números que foram apresentados irão para o Livro dos Recordes, com apenas 5.031 pagantes nos cinco jogos, com uma média de 1.006.

O maior público foi do jogo entre Sport e Afogados com 2.648 torcedores, seguido do Náutico e Salgueiro (1.249), Vitória e Santa Cruz (672), Petrolina e Flamengo (306), América e Central (156).

Nos 35 jogos que tiveram os públicos computados, somaram 61.569 pagantes e uma média de 1.759 por partida.

Há nove anos que chamávamos a atenção de que os estaduais iriam desaparecer por falta de uma maior motivação, e da concorrência com competições mais importantes, inclusive as do exterior, e isso sem duvida está acontecendo.

Pobre futebol de Pernambuco que tem a mais fraca cartolagem dos últimos vinte anos.

NOTA 3- PORTO AGRADECE AO FUTEBOL BRASILEIRO

* O Clube do Porto tem na América do Sul o seu maior mercado na negociação de jogadores em especial os do Brasil que são comprados com quantias bem abaixo do mercado europeu, e quando vendidos para outras Ligas os lucros são exorbitantes.

O caixa do time Luso agradece aos nossos clubes.

Militão é o último exemplo desse tipo de parceria.

Quando da negociação com o São Paulo, o Porto desembolsou 7 milhões de euros (R$ 30,6 milhões), sendo que coube ao time paulista 4 milhões de euros (R$ 17,7 milhões), e os outros 3 milhões de euros ficaram com o jogador e seu estafe. O tricolor do Morumbi ficou 10% para uma venda futura.

Sem completar um ano no time português esse foi negociado por 50 milhões de euros com o Real Madrid, o que equivale a R$ 216,2 milhões.

Caberá ao São Paulo por conta dos 10%, 5,8 milhões de euros (cerca de 25 milhões na cotação atual), e mais 1,3 milhões de euros referente ao mecanismo de solidariedades, um valor bem maior quando da primeira transação.

Na verdade o futebol brasileiro é um produtor de matéria prima barata, que é transformado em um lucro gigantesco.

São coisas do Brasil que no futebol continua sendo uma colônia portuguesa.

NOTA 4- UMA PÉSSIMA GESTÃO

* O São Paulo já foi um exemplo positivo para o futebol nacional, mas nos últimos anos com gestões atabalhoadas, inclusive a atual  com o comando de Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, vem levando o clube do Morumbi ao fundo do poço.

Existe um movimento para que seja solicitado o seu impeachement por uma parte dos Conselheiros do clube.

Os gastos com a contratação de Diego Souza foi o estopim, após o vazamento dos seus números reais, que ultrapassaram os R$ 10 milhões que foram publicados.

De acordo com o documento que estava em numa gaveta bem fechada, além desse valor, a chegada do atleta custou R$ mais R$ 2 milhões de luvas e pagamentos de comissões de R$ R$ 1.460.000,00 ao empresário Fabio Mello e a empresa Brasil Soccer.

Trata-se de algo bem estranho esse tipo de pagamentos no futebol brasileiro, quando o clube comprador desembolsa também valores para empresários.

Achamos que isso é uma vaca no poste e uma comelança geral. Será que Diego Souza valeria tanto? Uma pergunta para Rai responder.

Esse é o futebol brasileiro com seus clubes falidos e empresários milionários.

NOTA 5- O HUMORISMO GROTESCO DO JORNALISMO ESPORTIVO

* O jornalismo esportivo no Brasil é um dos maiores produtores de capítulos da Era da Imbecilidade. O sentido de uma análise correta deu o seu lugar ao humor grotesco sem a menor graça.

Alê de Oliveira, comentarista do Esporte Interativo é um desses que está no setor esportivo por engano, quando deveria ser um dos componentes de uma chanchada de baixo nível.

Estávamos assistindo o jogo entre o Bayern de Munique e Liverpool pela Liga dos Campeões, quando em um dos seus comentários nos chamou a atenção ao citar a casa que foi incendiada pelo zagueiro Breno ao falar sobre o frio em  Munique.

Ao lado do narrador Andre Henning, Alê Oliveira foi escalado para a transmissão ao vivo dessa partida, e logo no começo da etapa final tentou fazer uma piada irresponsável, ao relembrar o episódio que foi um drama para a carreira do jogador, hoje no Vasco da Gama.

¨É o maior frio que eu já passei na minha existência, né¨. Foi advertido pelo comandante sobre o que iria falar. ¨Eu estou sentindo falta até da ex-residência do Breno aqui na Alemanha. Dar uma aquecida¨ acrescentou o aprendiz de comentarista.

Devemos lembrar que o zagueiro quando jogava no Bayern de Munique foi acusado de incendiar a própria casa, e condenado a três anos de prisão. Caberia uma queixa na Justiça.

Algo fora de propósito que nos levou a mudar de canal, para não compactuar com algo tão insano.

Lamentável, e a certeza de que hoje já não se faz comentarista como antigamente.

O Livro da Era da Imbecilidade está virando uma enciclopédia.

NOTA 6- PERGUNTAR NÃO OFENDE

* Duas perguntas bem simples para a diretoria do Sport:

Quando Samir irá jogar?

Quanto esse já custou aos cofres do clube? 

Nada mais nada menos.