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Escrito por José Joaquim

A derrocada do futebol brasileiro atingiu todos os seus segmentos, da cartolagem, passando pelas arbitragens, atletas e em especial na área jornalística.

O novo modelo do jornalismo esportivo brasileiro é autofágico, ao perder o seu conteúdo e passar a interagir para um lado cômico, concorrendo com os programas de humor.

Obvio que existe espaço para uma noticia descontraída, mas o padrão adotado hoje pela mídia esportiva brasileira, deixou de lado as matérias técnicas, para dar lugar as coisas triviais. Os comentários nos jogos parecem que estão sendo feitos por analistas dos desfiles das Escolas de Samba. É nota 10 para cada item.

Existe uma realidade que não é discutida, ou seja, as empresas os acorrentam e não permitem que as criticas possam atingir o poder dominante. O maior exemplo nós temos no Circo do Futebol que ficou entregue ao que de pior existia no setor, mas só caiu em parte por conta do FBI.

As informações necessárias são deixadas de lado, principalmente nas análises do evento que irá ser promovido. Essas não são mais prioridade na área esportiva brasileira. A televisão desinforma,  poderia trazer  informação de forma mais lúcida, na verdade cai no ridículo como vem acontecendo.

Lemos um artigo há alguns anos de autoria de Alexandre Perin, que analisa o que estamos afirmando, e ainda ilustra quando pergunta: ¨Qual o motivo de toda data comemorativa (dias das mães, natal, páscoa, carnaval), precisa haver uma matéria festiva, mostrando pessoas comuns ou atletas envolvidos nesse ¨tema¨? Uma pergunta boa para ser respondida.

É obvio que não queremos que os eventos esportivos sejam tratados como literatura, mas que tenham um sentido informativo, e não imbecilizem aos que estão recebendo as notícias.

Cansamos de ler que um jogador tal postou uma foto do seu filho no twitter. Cansamos de ler que um jogador de futebol vai ser ¨papai¨, ou que está dormindo com uma ¨celebridade¨ que no nosso tempo tinha um outro nome.

Na última quinta-feira ao assistirmos o jogo entre o Universidad e o Grêmio pela Libertadores o narrador insistia no velho bordão: ¨Isso é a Libertadores¨. Será que nessa Copa os jogadores atuam sem chuteiras para ser diferenciada das demais competições. Muitas vezes baixamos o som para que a nossa saúde não seja prejudicada.

Não se pode tornar o futebol como um evento de humor, e sim trata-lo devidamente como uma parte de uma indústria de lazer, onde o jornalismo não pode ser mais importante que a noticia.

A derrocada desse esporte no Brasil foi arrastada por uma avalanche que foi levando tudo, inclusive o jornalismo.   

Comentários   

0 #5 RE: A DERROCADA É GERALBLOGDEJJ 06-04-2019 17:49
Citando EDUARDO GALDINO DA SILVA:
É isso mesmo, como o senhor colocou no artigo. Perdi a vontade de assistir aos debates, entrevistas e mesas redondas. Tudo muito festivo, purpurina e nada de análise. Nosso futebol a míngua, os torcedores migrando pra clubes estrangeiros, a seleção se afastando do povo a cada dia e nada se discute. Cada vez mais assisto aos jogos sem ouvir os narradores e.comentaristas de laboratório. Prefiro ouvir Djavan...

Prezado Eduardo: O seu comentário enriqueceu o artigo. Parabéns e gratos pelo acesso.
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0 #4 A cara do nosso tempo.EDUARDO GALDINO DA SILVA 06-04-2019 16:21
É isso mesmo, como o senhor colocou no artigo. Perdi a vontade de assistir aos debates, entrevistas e mesas redondas. Tudo muito festivo, purpurina e nada de análise. Nosso futebol a míngua, os torcedores migrando pra clubes estrangeiros, a seleção se afastando do povo a cada dia e nada se discute. Cada vez mais assisto aos jogos sem ouvir os narradores e.comentaristas de laboratório. Prefiro ouvir Djavan...
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0 #3 RE: A DERROCADA É GERALBLOGDEJJ 06-04-2019 15:09
[quote name="Ival Saldanha"]Em época de "tigrãos e Tchutchucas" caro JJ, nossos comentaristas de futebol levam uma vantagem danada sobre eles. Não é novidade para ninguém o baixo nível que atravessa o futebol brasileiro. Mas não estou falando exclusivamente dos jogadores não. Estou me referindo ao baixo nível técnico do jornalismo esportivo, principalmente o televisivo. Concordo inteiramente com você caro amigo JJ. Com raras exceções, se os comentaristas esportivos fossem substituídos por papagaios o telespectador dificilmente notaria a diferença de discurso, com a vantagem de que, em alguns casos, o papagaio provavelmente se expressaria em um português melhor. Um abração. Ival Saldanha[/quo

Prezado Ival: Parabéns pelo comentário. De alto nível.
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0 #2 RE: A DERROCADA É GERALCLAUDIO LEITE 06-04-2019 15:07
JJ: Um artigo que mostra de forma real o atual jornalismo esportivo e sua alienação. O comentário de Ival complementou muito bem o que o amigo escreveu.
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0 #1 RE- AO SEU COMENTÁRIO" A DERROCADA É GERAL"Ival Saldanha 06-04-2019 11:32
Em época de "tigrãos e Tchutchucas" caro JJ, nossos comentaristas de futebol levam uma vantagem danada sobre eles. Não é novidade para ninguém o baixo nível que atravessa o futebol brasileiro. Mas não estou falando exclusivamente dos jogadores não. Estou me referindo ao baixo nível técnico do jornalismo esportivo, principalmente o televisivo. Concordo inteiramente com você caro amigo JJ. Com raras exceções, se os comentaristas esportivos fossem substituídos por papagaios o telespectador dificilmente notaria a diferença de discurso, com a vantagem de que, em alguns casos, o papagaio provavelmente se expressaria em um português melhor. Um abração. Ival Saldanha
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