O invasor não saiu vitorioso. Estamos hoje de volta ao convívio dos amigos, para o debate que fazemos sobre os esportes brasileiros, em especial o futebol.
O prejuízo além da paralização, foi o da destruição dos artigos de dezembro, entre os quais alguns com alta relevância.
Durante esses dias nada de novo aconteceu nesse estagnado futebol brasileiro. Del Nero continua Del Nero, escondido, mas prestigiado. Para que se tenha uma ideia do seu poder, nos almoços realizados pelo Circo com os cartolas, todos ficam esperando que esse seja o primeiro a se servir.
Um dirigente novato tentou atravessar a ordem, foi admoestado pelos outros convivas. Uma submissão total. Enquanto isso a FIFA segura R$ 300 milhões que seriam destinados para a entidade, por conta dessa presença nefasta.
O estadual de Pernambuco começou, sem público, com estádios grotescos, que espantou até a Rede Globo, que sempre finge que nada acontece nesse segmento, apesar de todas as lambanças.
De uma coisa temos a certeza, as vistorias não foram realizadas pela entidade local, que autorizou jogos em gramados de campos de peladas, o que na verdade representa esse modelo de competição.
Por outro lado começou a época de festa para o futebol de Pernambuco, quando os torcedores podem comemorar um título, desde que nas maiores competições isso jamais irá acontecer. Estadual e Copa do Nordeste representam o nosso límite máximo.
Os clubes estão contratando por peso. Pediram emprestado uma balança rodoviária para a medição. Alguns dos contratados são pura invenção e irão embora no meio do estadual. Haja prejuízo.
No Sport o técnico Daniel Paulista trouxe de volta o preparador físico de Oswaldo de Oliveira, deixando Tacão como secundário. Aliás um amigo rubro-negro comentou conosco que esse sofre preconceito. Não acreditamos por conhecermos bem o clube.
No jogo amistoso de ontem o técnico colocou um jovem atacante no segundo período, com 18 minutos em campo o substituiu por Paulo Henrique. Um modelo de formação destruidor.
A Copa São Paulo é o maior celeiro de possíveis gatos do país. Não aparecem os craques, mas os bichanos imperam. Tem jogador que o neto está assistindo o jogo na arquibancada. Tal fato acontece há muito tempo em nosso futebol, e nada se faz para conter a sanha dos agentes de jogadores.
Quase trinta dias, e o jornalismo juvenil continua o mesmo. Marquezine na festa da mãe de Neymar foi a noticia mais presente nas redes sociais. A contratação de Drogba pelo Corinthians foi um fato discutido durante uma semana. Haja paciência.
O futebol brasileiro vive um momento de um circo mambembe quando chegava a uma pequena cidade do interior na década de 50, onde a mulher barbada era a atração.
Estamos de volta, precavidos contra os invasores, e tratando os nossos esportes como eles merecem, ou seja, de forma tranparênte, liberdade de análise e sobretudo com independência, para agonia de alguns.