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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- COPINHA DO NORDESTE

* A Copinha do Nordeste continuou na noite de ontem com a realização de três jogos, com a participação de dois times de nosso estado, Santa Cruz e Sport.

O dono dos direitos de transmissão deveria observar que os horários são grotescos, e tiram os torcedores dos estádios. Estão seguindo o modelo ¨plim-plim¨.

Com relação ao futebol na verdade não houve, nem para o Sport e Sampaio Corrêa, nem para Campinense e Santa Cruz.

O tempo de treinamento foi curto e é obvio que as partidas só poderiam ser de baixa qualidade, como realmente aconteceu.

O rubro-negro da Ilha do Retiro irá sofrer uma pressão muito grande nessa temporada, e isso sentimos com a reação dos torcedores durante o jogo. O placar de 1x0, com a ajuda do apito amigo foi injusto para o time do Maranhão, que poderia ter saído do gramado com um empate.

Quanto ao tricolor de Pernambuco, os períodos que assistimos foi de um futebol apático, e com cara de pelada. No outro jogo da noite, o CSA derrotou o ABC por 3x0.

Pelo andar da carruagem a Copinha do Nordeste será mais fraca do que a de 2016, por conta do nível dos disputantes.

NOTA 2- OS CLUBES GLOBAIS

* A UEFA está preocupada com os chamados ¨clubes globais¨, que montaram uma sistema com a capacidade de atrair renda em todo o mundo e usar a internet e viagens como plataforma de expansão.

Segundo a entidade do futebol europeu, essa elite passou a ter patrocinadores nos quatro cantos do mundo, e torcedores de diversas línguas. ¨Essa base de torcedores globais está crescendo de forma inexorável, alimentada por estrelas, turnês globais e participações regulares¨, indicou a Uefa.

Segundo o trabalho da consultoria Deloitte já referenciado em uma postagem, existem 20 clubes globais no futebol mundial, e de acordo com a Uefa, nos últimos cinco anos os 15 maiores aumentaram a sua renda em 1,5 bilhão de euros (R$ 5,16 milhões), enquanto os outros 700 dividiram uma renda de 500 milhões de euros (R$ 1,720 milhão). Isso inclui a concentração de patrocínios e receitas comerciais para um punhado de clubes.

O efeito é devastador para as competições, com uma diferença cada vez maior da capacidade financeira entre os clubes europeus, que afeta a competitividade dos torneios nacionais e regionais.

No caso da Liga dos Campeões, nos últimos cinco anos os mesmos times se cruzaram nas etapas finais da competição. Desde 2005, clubes de apenas quatro países chegaram a final do torneio.

A concentração de renda é nociva para o futebol, e disso entendemos bem, desde que o Brasil também formou o seu pelotão de elite tupiniquim que concentra a maior parte dos recursos.

Fonte: Números obtidos na Agencia Estado.

NOTA 3- UM NEGÓCIO EXÓTICO

* O futebol brasileiro é dirigido por um Circo, onde de tudo tem em seus espetáculos. Até a mulher barbada.

Alguns clubes estão na busca de atrações para os seus torcedores, contratando marketing no lugar de um jogador de futebol. Esse é o caso do Coritiba com Ronaldinho, cuja proposta foi aceita pelo clube, e confirmada através de um ofício.

O mais interessante é que o jogador pediu um prazo até fevereiro, que certamente servirá para se oferecer em outras plagas. Um negócio bem estranho e exótico.

Por outro lado a estratégia de dar visibilidade internacional ao time paranaense deu certo, embora de forma errada e pejorativa, e finalmente o Coxa foi conhecido no exterior.

Um jornal chileno deu uma manchete sobre a contratação, dizendo que Ronaldinho iria voltar ao futebol numa equipe pequena (Chico) do Brasil.

Por outro lado o jornal inglês The Sun, também deu o destaque falando sobre a Bola de Ouro conquistada pelo jogador, e que o Coritiba era um clube carioca.

O efeito surgiu, o complicado será fazer Ronaldinho jogar futebol após 15 meses de festanças pelo mundo afora.

O novo sistema do futebol nacional para atrair atenções, é aquele que os pequenos circos em suas passagens pelas cidades do interior utilizavam, com a apresentação da mulher barbada.

Só faltava isso no futebol brasileiro.

NOTA 4- CARAS  NOVAS

* A maior novidade do nosso futebol no início de temporada, não são os jogadores contratados, e sim as caras novas de treinadores em alguns grandes clubes do Brasil.

Quem poderia imaginar que São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Flamengo e Botafogo iriam apostar em treinadores de pouco currículo e bem mais jovens do que os antigos. Rogerio Ceni, Fabio Carille, Eduardo Baptista, Zé Ricardo e Jair Ventura assumiram essa responsabilidade nesses clubes. Apostas com lucros altos. 

Lemos e ouvimos vários análises sobre o tema, sendo algumas equivocadas e fora da realidade. O trauma do 7x1, melhor atualização dos conceitos táticos, melhor adaptação com as estruturas dos clubes, entre outras coisas.

Vamos e venhamos, alguns pontos poderiam ser considerados, mas o peso maior está relacionado ao problema financeiro. Treinadores experientes tem um padrão de salário elevado, e os cofres dos clubes já não suportam banca-los.

Sem duvida a oxigenação é excelente e faz parte do sistema, mas um ponto importante para tais mudanças é de que o treinador de hoje não tem a palavra única em um time de futebol que conta com uma comissão técnica com várias funções, participando de todas as decisões, fato esse que não é bem aceito pelos mais experientes.

É preciso ter muito cuidado quando se analisa o assunto. Não se pode vender gato por lebre. 

A escassez de receitas tem um papel importante nesse novo formato. Se não der certo, e como conhecemos bem os nossos cartolas, os antigos estarão de volta rapidamente, desde que no futebol brasileiro os resultados tem que aparecer com a velocidade de um raio, e não existe paciência.

Os cartolas e torcedores gostam de respostas rápidas.

Comentários   

+1 #1 NOTA 1GERALDO SILVA 26-01-2017 17:33
JJ: Assisti o jogo do Sport e você focou algo que também me chamou a atenção. O torcedor mesmo sabendo que agora que está iniciando a temporada, já estra cobrando. Se o time falhar no estadual, o técnico irá dançar. Não temho dúvida.
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