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Escrito por José Joaquim

Uma das maiores alegrias dos dirigentes de clubes de futebol é sem duvida as coletivas para apresentação dos novos contratados. O ritual é o mesmo, com um painel com todos os patrocinadores, e os atletas vestindo as suas camisas com juras de amor.

No futebol moderno tal fato soa como uma hipocrisia, desde que o mercantilismo que hoje tomou conta, tornou os profissionais como verdadeiros executivos, que cumprem com as suas obrigações sem vincular a sua identidade com a bandeira da agremiação.

Por conta disso resolvemos postar um artigo sobre profissionais que vivenciaram um único clube brasileiro, na época do romantismo, mas tinha uma diferença, quando abundava de craques.

Hoje temos topetes, cabelos coloridos e pouca bola.

No Brasil tivemos três exemplos, Marcos do Palmeiras, Rogerio Ceni, do São Paulo e Zico, do Flamengo. Tornaram-se ídolos. 

Nas pesquisas realizadas sobre o tema, recorremos aos  bons livros do falecido jornalista Michel Laurence, que mostra-nos o antigo futebol brasileiro.

Nesses encontramos exemplos, como o de Kafunga, do Atlético-MG, que jogou com uma única camisa por 20 anos, de 1935 a 1955. Depois tornou-se comentarista famoso em seu estado.

Castilho que foi treinador do Sport, jogou no Fluminense de 1946 a 1964. Era a cara do clube. Pelé, atleta do  Santos, jogou de 1966 a 1974. Até hoje é o seu maior símbolo. Carlitos do Inter jogou de 1938 a 1951. O maior de todos e recordista foi Nilton Santos, que usou a camisa do Botafogo por 24 anos, de 1940 a 1964.

Existem os longevos que atuaram com outras camisas, mas as suas identidades ficaram gravadas em um, como é o caso de Garrincha (Botafogo), Barbosa (Vasco) Ademir da Guia (Palmeiras), Magrão (Sport), esse ainda em atividade, que são retratados como as verdadeiras caras dessas agremiações.

O interessante é que os mais antigos continuaram a trabalhar, posto que o profissionalismo da época não oferecia maiores oportunidades de grandes salários, como acontece nos dias de hoje.

Atualmente quando se fala em ¨Manto sagrado¨, com a bandeira do clube, é uma frase que soa falso, a qual poderia ser aplicada a esses jogadores, que fizeram das camisas de seus times uma continuidade de suas vidas, e deram tudo de si por essas, mas no futebol atual, o atleta dorme uma noite no seu time, e no outro dia já está beijando uma outra bandeira.

Não somos saudosistas, mas o futebol antigo era melhor, tinha mais craques, todos sabiam das escalações dos seus times, e o jogo tinha mais paixão. Hoje é tudo artificial, inclusive os dirigentes.

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