O tamanho do futebol brasileiro pode ser medido pela falta de grandes patrocinadores nos clubes. Por um bom período a Caixa Econômica esteve presente nas camisas, mas resolveu abandona-las por questões econômicas.
Na verdade, ao analisarmos esse assunto verificamos que as grandes empresas que são potenciais patrocinadoras existentes no mercado, vêm dando preferência na utilização de suas marcas às emissoras de televisão que transmitem os eventos esportivos, e com a Seleção do Circo.
Um fato interessante no mercado patrocinador, e que vislumbramos, é que esse não deseja colocar marcas de empresas por demais valiosas em agremiações que não tratam o setor com seriedade, e vivem envolvidas nos mais diversos problemas.
No dia de hoje, camisa de clube de futebol virou macacão de piloto de Fórmula 1, com um número exagerado de marcas estampadas, e que não permitem muitas vezes as suas visualizações. Tais camisas ficam parecendo com as vendas do interior, onde colocam os seus produtos e preços em cartolinas para orientação dos consumidores.
Hoje o investimento em patrocínio no futebol brasileiro se resume ao BMG que não está entre os maiores do Brasil, da Crefisa, com o Palmeiras, e o Banco Intermedium no São Paulo.
Obvio que isso demonstra que algo está errado no gerenciamento do futebol nacional, desde que vivemos um longo período com marcas estampadas em seus materiais esportivos e que tinham a empatia dos consumidores.
Sabemos que algumas empresas por medidas institucionais, não desejam atrelar a sua marca em um único clube em detrimento dos demais, que seria prejudicial para a sua imagem por conta da rivalidade entre as torcidas.
Na verdade existe uma grande acomodação nas entidades esportivas do Brasil que poderiam buscar patrocinadores internacionais que tenham interesses no país.
A FIAT já patrocinou clubes brasileiros, mas abandonou por conta da desorganização do esporte. O Boca Juniors, da Argentina tem na sua camisa a marca da Qatar Airways, uma das maiores empresas de aviação do mundo. Um exemplo para o Brasil.
Necessitamos que os clubes brasileiros trabalhem com projetos a longo prazo, demonstrando a seriedade ao mercado de patrocinador, cada vez mais seletivo e que não deseja fixar as suas marcas em agremiações que todos os dias estão mostrando fatos desagradáveis, e que obviamente não interessa ao mercado investidor.
Esse é mais um ponto que atesta a desordem total de nosso futebol.
Temos que mudar e lava-lo devidamente.
Comentários
0#3RE: A FALTA DE GRANDES PATROCINADORES NO FUTEBOL BRASILEIRO —
RUBRO-NEGRO03-06-2019 14:53
JJ: O amigo todos os dias dá uma aula. O blog é diferenciado, ao tratar de assuntos importantes na seriedade. Se eu fosse dono de uma grande empresa, jamais colocaria a minha marca nesse futebol sem transparência e seriedade.
0#2RE: A FALTA DE GRANDES PATROCINADORES NO FUTEBOL BRASILEIRO —
CARLOS ALFREDO03-06-2019 14:44
JJ: O comentário de Guilardo é brilhante e retratou a realidade do nosso futebol. Qual a empresa que irá colocar a sua marca em um esporte tão avacalhado?
0#1RE: A FALTA DE GRANDES PATROCINADORES NO FUTEBOL BRASILEIRO —
guilardo03-06-2019 12:16
PATROCINADORES - Caro amigo. É só fazer uma comparação dos clubes com o Brasil. Quem quer investir no patrocínio de clubes desorganizados, devedores e insolventes ? Que estamparia as suas marcas nessas camisas ? Antes era a Petrobrás para encobrir a sua silenciosa falência imposta pelos governos Petistas. Mesma forma a Caixa Econômica, que servia àquele governo para as suas pedaladas. Descobertas as falcatruas os times ficaram órfãos. Aí perguntamos de novo. Qual empresa multinacional que quer investir no Brasil, neste momento ? Nenhuma, respondo. O Brasil está enlouquecido, o futebol é um arremedo do que éramos no contexto mundial. Já não temos ídolos, e por conta da imprensa do sul nos agarramos a um jogador de nível B no cenário internacional, que está mais para estrela de circo do que atleta de futebol. E agora, para completar, vive envolvido com a polícia do Brasil e justiça espanhola, respectivamente, enrolado com denúncia de estupro ( que eu não acredito) e sonegação de impostos. Grande exemplo para as nossas crianças. O que sobra no futebol deste país pode ser medido na relação dos grandes devedores. Todos insolventes que ainda operam graças à leniência das leis brasileiras. Tal qual o país, deveríamos começar do zero. Tudo de novo. Sem isso não teremos mais solução, nem empregando o indefectível " jeitinho brasileiro" .
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