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Escrito por José Joaquim

No ano de 1986 participamos como convidado do CND de algumas reuniões da Comissão Nacional dos Esportes, por pertencermos à Comissão Estadual que discutia propostas para os esportes brasileiros.

No final dos trabalhos, foi entregue um relatório ao presidente da República na época José Sarney, que ficou engavetado, e sequer foi lido por aqueles que dirigiam o setor em nosso país.

Toda a comunidade esportiva brasileira foi ouvida em audiências realizadas do Amazonas ao Rio Grande do Sul, o futebol foi o tema mais abordado com sugestões pertinentes para modificações de alguns pontos, que até hoje continuam persistindo.

Há 31 anos atrás já havia a preocupação com a falta de tecnologia com a lei do impedimento, que depois sofreu uma pequena alteração formulada pela FIFA.

Há 31 anos atrás, o segmento esportivo já criticava o processo eleitoral das Confederação, Federações e pedia eleições diretas para os clubes.

Há 31 anos atrás, a comissão anotou algumas queixas contra regimentos, dirigentes mal intencionados, jogos deficitários impostos pelas Federações.

Há 31 anos atrás, já se debatia a ausência de público nos estádios, e pedia-se melhoria nos campos de jogos, competições nacionais envolvendo um número excessivo de clubes, que tratasse o Brasil como um todo, e não apenas uma ou duas regiões.

Passaram-se 31 anos, e quando relemos o relatório emitido pela Comissão, ficamos convictos que pouco foi feito para mudar a concepção de gestão do futebol brasileiro, que conseguiu nesse tempo maiores recursos, alguma profissionalização, ganhou novos estádios, alguns elefantes brancos, mas continua com os mesmos problemas de outrora, com a necessidade de uma modificação radical, que no final o joio seja separado do trigo, e assim esse esporte possa caminhar por caminhos livres dos espinhos.

Na realidade, há 31 anos atrás, encontramos nessas audiências alguns dirigentes de Federações que continuam no poder, que servem para exemplificar a razão de que as mudanças não foram procedidas.

O Brasil nesse período cresceu, de forma desordenada, com a corrupção sendo a sua maior bandeira, mas o futebol continua com os mesmos problemas de 31 anos atrás.

A responsabilidade de mudanças está nas mãos da sociedade, que até agora permanece inerte.

Comentários   

0 #1 Santa Loretta já sabiaBeto Castro 30-01-2017 17:40
O relatório da magistrada Loretta Lynch, mais completo, limpou 30 anos da peste negra higienizando 40 buracos da Argentina até o Canadá, mas os ratos chefes gabirus da Ratolândia ficaram impunes com os seus torneios monopolistas engessados a serviço dos pixulecos de Zé das Placas e do Pinto do Camelódromo que saiu do galinheiro do Camelo. Zé das Vacas e seus centuriões lagartixas reinam soberanos do Amapá ao Rio Grande com suas sinecuras e verbas extras federativas. Hollywood do Esquecimento Global é aqui. Quando leram o relatório do Projeto de Modernização da FGV em 2000, o Vice-Rei Interino do Piauí esta dormindo na sala.
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